Capítulo 15 - A Volta de Chloe.

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. Chloe.

O frio tomava conta da cidade, assim como a neve que a rodeava.

Eu estava ansiosa para voltar pra casa.

Estava louca para ver de novo os meus filhos e ainda mais depois de tudo que tinha acontecido na minha ausência.

Meu pai me atualizou de algumas coisas e por um lado eu me culpava. Pois, eu sabia que isso estava relacionado ao demônio que me assombrava.

Será que esse era o modo dele chamar a minha atenção por ter me afastado? Pelo menos era isso que se passava na minha cabeça.

Desci apreensiva do Táxi, com a minha mala.

Parei diante a minha casa e a olhei coberta por neve.

O vento frio cruzava meu corpo e balançava meu sobretudo.

Já senti novamente aquele aperto no peito e aquela angústia que existia em mim quando deixei a casa para ir cuidar do meu tio.

Então caminhei em direção a casa, carregando a minha mala.

Já era noite.

Entrei na casa e senti um cheirinho bom de comida exalando por todo o lugar.

Coloquei a mala no chão e fechei a porta para que o calor que existia ali dentro não saísse para o frio cortante que estava do lado de fora.

Tirei meu sobretudo e coloquei no armário de casacos e comecei a andar pela sala, que estava em perfeito silêncio.

A luz estava desligada, então a lareira iluminava o local.

Olhei tudo a minha volta e escutei os risos de crianças vindo da cozinha e pra lá me dirigi.

Quando cheguei lá, esbanjei um sorriso de felicidade e saudade ao ver todos os meus filhos sentados comendo, enquanto meu pai estava de costas para o fogão.

Quando ele se virou rapidamente, ele deu um enorme  sorriso ao me ver.

- Olha quem chegou! - Ele disse apontando a colher suja de molho pra mim.

Os meninos se viraram e gritaram.

- MAMÃE.

Eles se levantaram e vieram me abraçar.

Como era bom sentir aquilo de novamente e o melhor ainda era ver que todos eles estavam bem.

Ricky e Noah faziam várias perguntas, enquanto Thommy foi até a sua cadeirinha e voltou com um papel em mãos.

- Que isso meu filho? Um desenho, que lindo. - Eu disse dando um beijo sua bochecha e voltando a olhar o desenho.

- Aqui é o papai, a mamãe, os seus irmãos e o vovô? - perguntei a ele me referindo ao desenho.

- Não! Esse não é o vovô. É o Dave, meu amigo. - Ele disse pegando o desenho de minhas mãos e indo para a sua cadeirinha sorrindo.

Desviei os olhos para o meu pai e me levantei.

- Ricky e Noah, já terminaram de comer? - Perguntou meu pai.

- Sim! - Eles responderam.

- Então, subam com o Thommy e se aprontem pra dormir. - Disse meu pai.

- Ah! Não. Vovô, a mamãe acabou de chegar, queremos passar mais tempo com ela. - Resmungou Ricky.

- Seu avô está certo, isso não é hora de criança estar acordada. Amanhã a gente conversa e mata essa saudade pode ser? - Eu disse a Ricky.

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