Capítulo dois

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Andar pelo jardim da mansão com uma cobra não era de todo mal, mas pensar que essa cobra era a minha mãe...

Era estranho, mas pelo menos tinha uma mãe e ela parecia gostar muito de mim. Eu acho, já que não entendia o que ela falava.

E acho que não sou hipócrita, claro que sinto saudades da minha mãe, mas... Ela já se foi e não posso ficar remoendo o passado.

Bom, até mesmo pedi ao Lorde para fazer um enterro para ela e ele aceitou. Seu corpo está descansando em um cemitério trouxa e posso visitá-la quando bater saudade.

_ Mei. - Paro de tocar em uma rosa e olho para o lado. _ Encontrei. - Disse sorrindo, ele não tirava o sorriso do rosto nem por um segundo.

_ O quê? - Ele se vestia formal demais, tinha até mesmo um relógio no pulso.

_ Um feitiço para fazer a Nagini virar humana novamente. - Quase pulo de alegria, se não fosse a Nagini subindo no meu corpo.

Seu corpo frio não me fez tremer, mas a sua língua em minha bochecha fez e isso poderia ser considerado um beijo, não é?

_ Então o que estamos esperando? Vamos logo... - Colocou um dedo nos meus lábios e sorriu de lado. _ O que houve?

_ Não será tão fácil assim. - Já deveria imaginar. _ Posso fazer o feitiço na hora que eu bem-quiser, mas para isso você deve jurar fidelidade a mim.

_ Você está brincando, não é? - Deslizou os dedos pelos meus lábios e contornava-os.

_ Nunca brinco nessas horas, então, o que você vai fazer? Vai jurar fidelidade ou quer que sua mãe fique para sempre uma cobra? - Parecia zombar dos meus sentimentos.

_ Ora seu... - Ele me calou com um beijo e isso não era mais novidade. _ O que deu em você? - Sussurrei rente aos seus lábios, observando seus olhos vermelhos.

_ Nada, apenas tive vontade em te beijar, não posso?

_ Claro que não! - Mudei de assunto. _ Tenho mesmo que jurar?

_ Sim. - Cutucou minha bochecha.

_ Não vou te contar nada, nem mesmo a cor da cueca do Harry. - Deu de ombros.

_ Não preciso de sua ajuda, apenas de sua fidelidade. - Pegou minha mão e me levou para a mansão.

Mamãe parecia feliz se arrastando ao meu lado, não sabia como podia entender seus sentimentos, mas era a única coisa que entendia.

Entramos em seu escritório e agora posso observar o espaço amplo, antes não tinha visto as prateleiras, a mesa lotada de livros ou a mesa com objetos e papéis.

Largou a minha mão e tento não sentir falta de sua mão calejada e quente... Devo ter enlouquecido.

Pegou sua varinha branca e apontou para minha mãe, me fazendo dar um passo para trás.

_ A coloque no sofá. - Apontou para o sofá de couro e não penso muito, apenas a retiro do meu corpo e a coloco no sofá.

_ Maldison Solebre. - Uma luz ofuscante se fez presente na sala, me fazendo sentar na poltrona.

Voldemort se sentou no braço da minha poltrona e encarou a luz, como se fosse uma criança que iria receber um doce.

Alguns minutos se passaram e ele colocou um braço envolta do meu pescoço, me fazendo ficar brava com toda essa aproximação.

_ Tem um sofá ali. - Tiro seu braço do meu pescoço.

_ Mas o dono dessa poltrona... - Apontou. _ Quer se sentar e colocar meu braço aqui. - Sorriu e pegou uma mecha do meu cabelo, fazendo uma pequena trança.

Salva por Voldemort ~Tom Riddle~Onde histórias criam vida. Descubra agora