Prólogo

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30 de junho de 1996:

Em menos de 24 horas minha vida iria mudar, mas o céu continuaria azul e tudo ao meu redor seriam iguais. Menos eu, eu iria mudar, mas ainda não sei se era para melhor ou pior.

O trem estava barulhento, talvez porque todos estavam animados para voltar para suas residências.

_ Você está no mundo da lua de novo? - Mesmo estando com um livro em mãos, ela conseguia me observar com uma precisão alarmante.

E o vagão que estava em silêncio foi tomado por vozes dos meus amigos.

_ Meirit sempre está no mundo da lua, até parece a Luna. - Rony quebrou o sapo de chocolate em mãos.

Mas apenas sorri para seu comentário, gostava de ficar no mundo da lua, era a coisa mais interessante da minha vida e cotidiano.

Minha cabeça inventava e reinventava cada coisa estranha que apenas ela entendia.

_ Estava pensando no tempo, está fresco e bonito, não acham? - Tirei um fio amarelo da costura da minha capa e as palavras do Rony me fizeram continuar sorrindo.

_ Lufanos são sempre estranhos? - Talvez.

Mas não consegui responder, já que o Harry me perguntou algo que eu já tinha a resposta. Apenas não queria acabar com todos os planos que eles deveriam ter feito.

_ Vai para a Toca? - Discordei.

_ Tenho que voltar para casa, mamãe está preocupada com os ataques que estão ocorrendo no mundo trouxa. - Harry revirou os olhos e Mione concordou comigo.

_ Tudo devido ao você-sabe-quem.

O trem apitou, fazendo que nossa conversa acabasse rápido demais e mesmo não querendo me separar dos meus amigos, tínhamos que sair.

Precisávamos de um pouco de paz nesses meses que iríamos ficar longe uns dos outros.

Levantei-me do meu lugar e retiro minha mala da prateleira, saindo da cabine logo atrás da Mione.

Mesmo trombando com certas pessoas e até mesmo nos despedindo de outros, não fizeram que chegássemos antes de alguns na estação.

Antes que eu pudesse sair do trem para respirar um pouco de ar, minha mão foi puxada e um abraço quentinho cobriu meu corpo.

_ Quanto tempo, querida. - A voz era de quase qualquer mãe que já vi nessa estação, mas nenhuma seria igual a dela, da Molly.

Continuei a abraçando, tentando me lembrar deu seu cheiro e de sua pele macia. Já tinha algum tempo que não a via e continuaria assim por um bom tempo.

_ Deixa-me te ajudar a carregar a mala. - Desgrudou do meu corpo e tentou pegar minha mala. _ Você vai conosco, não é? - Neguei e a expliquei.

_ Mamãe está preocupada com os ataques que você-sabe-quem está fazendo. - Seu olhar ficou compreensivo. _ Tenho que ir para casa para ficar com ela.

_ Mas você indo para minha casa... - Tentou me convencer, mas já estava decidida a ficar em casa, no mundo trouxa.

_ Mamãe é caseira, ela prefere a própria casa ao invés de abusar da hospitalidade dos outros. - Alisou meu rosto e sua mão estava quentinha.

_ Sua mãe é muito boba, iria adorar ter ela em minha casa. - Apertou minha bochecha e tive que sair de suas garras, ou acabaria ficando por aqui.

_ Até, e mandarei cartas. - Dou alguns passos para trás, tentando não esbarrar em ninguém.

Salva por Voldemort ~Tom Riddle~Onde histórias criam vida. Descubra agora