XVII

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Katelyn acordou sem acreditar que a noite passada havia sido real, mas sorriu ao olhar pro lado e ver Pietra dormindo, a morena tinha um semblante leve e Katy ficou admirando a moça por longos minutos, até ver um sorriso brotar em seus lábios.

- Bom dia bebê.
- Bom dia moça bonita. Dormiu bem?
- Maravilhosamente.
- Eu digo o mesmo.
- Obrigada por tudo isso, foi a melhor noite da minha vida, o show, o bar, sua cama.
- Pretendo fazer muito mais do que isso por você.
- Como o que?
- Se eu disser, não tem graça.
- Mas promessas não são para terem graça.
- Por isso que eu não tô prometendo, só quero fazer e ponto, não sei como isso vai funcionar, não sei como vai ser daqui pra frente, mas quero fazer dar certo.
- Já está dando, se depender de mim, nunca mais eu te perco de vista.
- Então você nunca mais vai me perder.
- Eu esperei muito pra ouvir isso.
- E eu pra falar.
- E o que você disse ontem, era de verdade ou da boca pra fora?
- Eu disse muitas coisas ontem, então seja específica.
- Quando você disse que me ama.
- Claro que foi de verdade, não duvide disso.
- Eu perguntei porque precisava ter certeza.
- Agora você tem.

As duas se levantaram e tomaram um banho bem demorado, Pietra prometeu fazer o almoço e então Katelyn preparou o café da manhã, a conversa era agradável e vez ou outra as duas trocavam uns beijos e abraços bem fortes, era o momento delas e elas não queriam perder nenhum segundo se quer.
Elas deixaram o celular no mudo para não serem incomodadas, Pietra havia mandado uma mensagem para o pai avisando que havia passado a noite no apartamento da Katelyn e que não tinha hora para ir embora, como resposta, ele apena disse que ela ligasse para ele que ele a levaria embora para casa.

***

- Quer ir comer alguma coisa fora hoje a noite?
- Você que decide.
- Ou podemos pedir uma pizza.
- Tanto faz.
- Sua indecisão não está me ajudando Pietra.
- Não estou indecisa, você que está, eu estou apenas concordando com o que quer que você decida escolher.
- Então me ajuda a escolher.
- Hum... Tem salsicha? Podemos fazer um cachorro quente.
- Acho que não, eu sempre lembro de ir no mercado quando não tenho mais nada em casa.
- Então vamos no mercado.
- Você vai fazer?
- Faço.
- Então tá bom.

Depois de se arrumarem na maior bagunça, e claro, Katy teve que emprestar uma roupa para Pietra, elas saíram sem muita pressa e só perceberam muitos minutos depois, que estavam de mãos dadas, mas não se importaram, Pietra ainda tentou largar a mão da menina, que segurou mais forte.

- Você não se importa de te verem de mãos dadas comigo?
- E por que eu me importaria?
- Sei lá, minha mãe que liga muito pra o que os outros dizem, nunca te perguntei se você se importa também.
- Eu não dependo deles, eles não pagam minhas contas, então não tem o direito de se meterem na minha vida, nem opinarem sobre.
- Que bom ouvir isso.
- Você se importa? Se fosse no seu bairro por exemplo, você estaria de mãos dadas comigo?
- Claro que sim, afinal ninguém paga as minhas contas.
- Perfeitamente.

Elas continuam aos risos até chegarem ao mercado, começam a escolher o que precisam e em um dos corredores encontram Júlio de mãos dadas com uma menina.

- Que surpresa vocês por aqui.
- Eu que estou surpresa em te ver aqui, tá um pouco longe de casa né Júlio?
- Assim como você Pietra, e pelo visto, pelo mesmo motivo.
- A galera tá preocupa com você.
- Sei.
- Sério, você sumiu, eles não tem nada haver com o que aconteceu com a gente, então eu acho que você deve uma satisfação ao grupo.
- Até onde eu sei, vocês arrumaram um substituto bem rápido, então, eu não tenho que dar satisfação a ninguém.
- Sua ignorância me contagia sabia?
- Não estou sendo ignorante Pietra, só não sou obrigado a aceitar tudo o que vem de você.
- Não é só de mim, você não precisa aceitar nada de mim, eu falo pelo grupo, você abandonou a gente.
- Você me traiu.
- Eu não trai você Júlio.

A Garota Dos Meus SonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora