Capítulo 9

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"Você só conhece uma pessoa depois de uma briga. Só, então, é possível julgar o seu caráter."

                 - Anne Frank


 Atena Swan


Depois que Edward saiu da sala, Bella olhou para mim, não demorei para perceber que ela estava com muita raiva. Usaria sua raiva contra ela mesma.

- O que foi Bella? Não queria que ele descobrisse quem é você de verdade? - soltei uma gargalhada - Não queria que seu namorado visse a vagabunda mais filha da puta que você é? NÃO! Acho que agora ele é o seu ex...

A sala estava completamente silenciosa, era possível ouvir a respiração pesada de Isabella. Em um movimento rápido, ela pegou o caderno do menino que senta na primeira carteira e tacou em mim, ou melhor, tentou tacar em mim, a mira dela era tão ruim que o caderno passou longe.

- VOCÊ NÃO TINHA ESSE DIREITO ATENA! VOCÊ NÃO PODIA TER FEITO ISSO! - era perceptível o quanto ela estava fora de controle, ela iria falar qualquer coisa sem nem pensar - VOCÊ SEMPRE FOI UMA PUTA DESGRAÇADA! DESDE CRIANÇA ME INFERNIZAVA, EU TE ODEIO! ODEIO!- ela gritou se aproximado de mim.

- Eu que te infernizava desde criança? Tem certeza disso? Porque eu me lembro que você fazia te tudo, DE TUDO, para me fuder! Você sempre fazia merda e colocava a culpa em mim! PORRA, VOCÊ SEMPRE FOI UMA PESSOA PODRE E DESPREZÍVEL. SEMPRE USA TODOS QUE ESTÃO EM VOLTA DE VOCÊ! - cheguei ainda mais perto dela.

Chegou em um ponto que nós só estávamos a um passo de distancia, então ela me deu um tapa. Não vou mentir, o tapa doeu pra caralho, mas essa vai ser a ultima vez que Isabella Swan rela um dedo em mim. 

Puxei o cabelo dela em direção ao chão e no meio do caminho desferi um soco no seu rosto. Montei em cima do seu corpo e comecei a socar e dar tapas, ela tentando se defender, acertava alguns tapas e arranhões no meu braço. Quanto mais eu acertava seu rosto, mais minhas mãos doíam, mas mandei a dor pro inferno e continuei batendo, até que senti alguém me puxando de cima dela. Me debatia, mas o aperto me segurando era forte.

Olhei para Isabella e vi como tinha ficado minha obra de arte. Seu olho esquerdo estava meio enxado, a boca estava cheia de cortes de de sangue, e uma de suas sobrancelhas tinha um corte pequeno, que saia sangue. Sem contar que sua pele estava toda vermelha. Ela estava deplorável.

Comei a rir da sua cara de dor, ignorando o incomodo que eu sentia nas mãos e em uma das bochechas. Quando ela conseguiu levantar, olhou pra mim com ódio nos olhos.

- Eu botava a culpa em você mesmo! Mas oque eu posso fazer se ninguém gosta de você, o ÚNICO que te suporta é o Charlie, e eu acho que é por dó. Todos preferem a mim ao invés de você. - então ela começou a rir que nem uma louca e me olhou com um olhar superior - Nem mesmo o seu amiguinho que morreu naquele acidente de carro deveria gostar de você.

Por um momento fiquei sem reação. Como é que ela sabia sobre o William? Como ela sabia sobre o acidente?! Eu não contei pra ninguém! Os únicos que sabiam dessa historia era o pessoal de Nova Iorque. Como ela sabia e porque parecia que ela sabe mais da história do que eu mesma?

Então me veio uma ideia louca, que só podia ser coisa da minha cabeça, ela não iria ter feito aquilo só para me atingir. Ela não seria capaz.

Olhei para ela com duvida, mas quando o seu sorriso aumentou ainda mais tive a certeza. Foi ela a culpada. Ela é a responsável pela morte do Will! Ela matou ele para por minha causa! Isabella matou o meu melhor amigo! 

- Foi você...- sussurrei.

- Fala mais auto querida, não consegui entender oque disse.- ironizou, ela tinha escultado, mas queria brincar comigo.

- COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO ISABELLA? VOCÊ PASSOU DE TODOS OS LIMITES! ELE NÃO TINHA NADA HAVER COM A NOSSA BRIGA! ELE ERA INOCENTE! VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUE FEZ?!

Rindo, ela assentiu com a cabeça. Ela era a imagem da loucura. 

A raiva me consumiu. Tirei forças do além e consegui me soltar. 

Corri e me joguei em cima dela. Ela parou de rir na hora. Comecei a socar e socar e socar. Segurei a cabeça dela pelas laterais e comecei a bater no chão. Me puxaram de novo, mas antes de ir eu chutei o rosto e as pernas daquele projeto de puta defeituoso. 

Depois disso eu parei de prestar atenção no que estava acontecendo em minha volta, só conseguia ouvir os gritos das pessoas, mas as palavras estavam todas desconexas. Aos poucos o barulho foi diminuindo, até só sobrar o maldito silêncio. 

Então imagens surgiam na minha mente, todas muito rápidas, todas sendo pequenos fragmentos das minhas lembranças. Até que parou em uma. No sorriso do Will. 

Eu estava presa no acidente de meses atras. No acidente que matou meu melhor amigo. Estava presa no dia que a vida deixou o seu corpo, tudo por culpa de Isabella. Foi ela que matou ele! Ele não morreu em um acidente, ele foi assassinado! Assassinado pela minha própria irmã...

Irmãs não deveriam sempre querer a felicidade da outra? O que você fez com a gente Isabella? Olha no que nos tornamos. Olha a que ponto você chegou para me atingir, porque você fez isso? Porquê?

Mesmo não admitindo para mim mesma, lá no fundo eu ainda tinha esperança que você mudasse. Que depois de acertarmos nossas diferenças, cada uma seguiria para um lado. Sem vingança, sem planos para prejudicar a outra, sem intrigas. Tudo começou tão errado e eu com a minha teimosia ainda acreditei que poderia consertar e ajustar cada detalhe. 

Mas você foi longe de mais, você teve coragem de matar ele para me atingir. Eu nunca vou te perdoar, eu nunca vou me esquecer do que você fez, nunca!

Sai do meu transe com meu pai me sacudindo, ele estava gritando e com olhos arregalados. A boca dele se mexia, mas eu não estava escutando nada. Até que em um estralo comecei a escutar tudo, era muito barulho. Onde eu estava? Que lugar é esse?

- ATENA! ATENA! ESTA ME ESCUTANDO?!

Meio confusa, sem ainda conseguir falar nada, assenti com a cabeça.

- O que aconteceu minha filha? Por que você bateu na sua irmã Atena?

Quando percebi o seu tom acusador, a raiva tomou conta de mim. Percebi que estávamos em um hospital.

- Até você agora vai ficar do lado dela pai?! - perguntei indignada. 

- Eu só quero entender oque aconteceu Atena! Quero saber por que sua irmã está levando ponto no rosto e na cabeça, enquanto você esta aí, sem nenhum arranhão e com as mãos todas machucadas. - seu olhar e tom de voz mostravam que nada do que eu dissesse ele iria acreditar, porque ele já tem uma historia montada na sua cabeça. História que ELA deve ter contado, se fazendo de vítima.

- Quer saber pai! Você não é diferente dos outros! Isabella a santa, Isabella a boazinha, Isabella isso, Isabella aquilo! EU TO CANSADA DESSA PORRA TODA! ESTOU CANSADA DE TENTAR FAZER AS PESSOAS ABRIREM OS OLHOS! CANSEI DESSA MERDA TODA! CANSEI! Se você prefere acreditar nela do que em mim, tudo bem, mas depois não venha correr atras quando perceber o quão idiota você esta sendo.

Sem deixar ele responder, lhe dei as costas e sai da merda daquele hospital. Não sei como, mas meu carro estava parado em frente da entrada, peguei a chave no meu bolso e entrei .

Adeus Forks. Adeus problemas. Adeus Isabella.





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Para onde sera que Atena está indo? Será que ela vai conhecer alguém?.....

𝑨𝒍𝒎𝒐𝒔𝒕 𝑷𝒆𝒓𝒇𝒆𝒄𝒕 𝑹𝒆𝒗𝒆𝒏𝒈𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora