Capítulo 1

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"O que fizeram comigo, me criou. É um princípio básico do universo. Que toda ação cria uma reação igual e oposta."            V de Vingança


Atena Swan

Depois de pegar minhas malas na esteira, fui em direção ao desembarque. Procurei algum rosto conhecido no meio daquela multidão, mas tudo que encontrei foram rostos estranhos.

-Ótimo... como vou chegar naquela maldita cidade se nem meu pai se deu o trabalho de lembrar de mim e vir me buscar- resmunguei irritada.

Peguei a minha mala e fui em direção a saída. Sentei na calçada, busquei na minha bolsa o cigarro e acendi um. Logo a sensação de calmaria me invadiu. Inspirei fundo a fumaça e soltei devagar entre os lábios, em quanto observava as pessoas que passavam por mim.

Em um tempo de dez minutos já tinha fumado mais dois cigarros, foi quando em Porsche prata parou a poucos metros de mim. Da porta do motorista saiu um homem alto, de cabelos cor de cobre, olhos dourados, magro e muito branco, parecia quem nunca havia visto sol na vida. Para minha surpresa- leia infelicidade- logo depois da porta do passageiro saiu minha doce irmã. Ela olhou pra mim com desprezo disfarçado de felicidade, provavelmente pra manter a pose de santa com homem que estava com ela.

Ela veio caminhando em minha direção, com uns trapos horríveis que ela chamava de roupa, ela estava parecendo uma mendiga que não toma banho a um certo período de tempo, porque esse cabelo mais parece um ninho de passarinho.

-Desculpe pelo atraso Atena, tinha combinado com o Charlie de te buscar, mas eu esqueci que era hoje- falou rindo no final, como se eu não soubesse que essa ¨atraso¨ não foi de propósito.

Só me dei o trabalho de revirar os olhos em sua direção. Levantei do chão, coloquei meu cigarro ainda aceso entre meus lábios, peguei minha mala e passei direto por ela, indo em direção ao carro e ao homem pálido que me olhava curioso. Estendi a mala pro homem que me olhava como se tentasse ver algo dentro de mim, levantei uma sobrancelha em sua direção e ele pareceu acordar do transe e perceber minha mão estendendo a mala em sua direção. Prontamente ele a pegou e pôs no porta mala do carro. Abri a porta de trás do carro e entrei. De fora do carro o homem me olhava surpreso em quanto Bella tentava inutilmente disfarçar sua raiva direcionada em minha doce pessoa.

Quando todos estavam dentro do carro, Bella virou pra mim e seu olhar passou pelo cigarro que eu ainda fumava e por meus olhos, me olhando indignada.

- Oque foi? Você tá achando mesmo que eu vou jogar meu cigarro fora por sua causa?- perguntei rindo e debochando da sua cara incrédula- Pois saiba que eu só jogo essa belezinha aqui quando ele acabar, eu comprei pra usar ele todo e não pela metade. Se comecei eu vou terminar, você gostando ou não.

Ela virou em direção ao homem, insinuando pra ele fazer alguma coisa. Mas ele só deu de ombros e riu. O que só piorou a cara dela.

Enquanto terminava meu cigarro, observava a paisagem se passando em flashes pela velocidade do carro. Coloquei apaguei oque restou do cigarro e coloquei em um potinho junto com os outros, para depois jogar em um local apropriado e não na meio da estrada.

Me virei em direção ao cara pálido que me observava ¨disfarçadamente¨. Fui para o meio do banco de trás, me inclinei para frente e apoiei meus braços nos dois bancos da frente. Me virei na direção dele, que também me olhou.

- Mas então, quem é você? Já que não fomos apresentados ainda.- Indaguei em sua direção.

-Meu nome é Edward, sou namorado da sua irmã. É um prazer finalmente te conhecer, Bella não parava de falar sobre você.- disse simpático em quanto sorria. Observei que seus dentes alem de bem alinhados eram bem brancos.

- Tenho certeza que foram só coisas boas que ela disse obre mim - ironizei, enquanto olhava pra ela.- Não acredite em tudo que ela diz Edward, não sou essa pessoa que ela pintou pra você. Não sou de todo o ruim- disse formando um biquinho no final da frase, mas não me aguentei e acabei rindo da minha piada.

- Você não mudou nada Bella, continua do jeitinho que eu me lembrava. Nunca te vi mais.... você.- Sorri irônica.

- Você também não mudou nada Atena, mamãe vai ficar triste ao saber disso.

- Por favor né? Eu poderia entrar pra um convento, virar freira e ser a pessoa mais santa que já pisou nessa Terra, mas pra ela nunca vai ser o bastante. Até porque, toda família tem que ter a sua ovelha negra, e se esse tem que ser o meu papel, tudo bem pra mim. Além do mais eu gosto de ser assim, e eu não vou mudar por sua causa, pela mamãe e por ninguém nesse mundo.

Dito isso o resto da viagem foi um completo silêncio, até pararmos em frente da minha antiga/nova casa. Edward desceu do carro e pelou minha mala, me entregando logo em seguida. Agradeci pela carona e entrei em casa.

Tudo estava do jeitinho que eu me lembrava. Fui para o andar de cima, em direção ao meu antigo quarto. Só que ele não tinha mais aquela decoração de criança, no lugar estava uma cama de casal, com uma colcha preta e branca, a parede estava em um tom claro, tinha um armário para as roupas e uma pequena suíte com chuveiro, vaso e pia.

Fui em direção a cama e me joguei entre os travesseiros. Vou descansar um pouco da viagem, porque tenho muito oque fazer ao acordar. A partir de hoje o purgatório foi aberto irmãzinha, e eu vou ser o demônio particular, que fará você pagar por tudo de ruim que me fez. A festa está começando e eu vou ser a anfitriã.



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𝑨𝒍𝒎𝒐𝒔𝒕 𝑷𝒆𝒓𝒇𝒆𝒄𝒕 𝑹𝒆𝒗𝒆𝒏𝒈𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora