Capítulo 11

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¨Tenho me convivido muito ultimamente e descobri com surpresa que sou suportável, às vezes até agradável de ser. Bem. Nem sempre.¨

                        Clarice Lispector 


 Atena Swan

Abri os olhos, mas logo os fechei novamente, a claridade os fazia arder. Aos poucos fui me lembrando do que tinha acontecido, da viagem até Nova Orleans, da balada, do traficante, do beco escuro e do sangue, de todo aquele sangue.

Lembro de um homem se aproximando de mim, o rosto dele não era humano, e não estavamos nem perto do Hallowen para aquilo ser uma fantasia. Aquelas presas eram reais, aqueles olhos não eram lentes, eram dele mesmo. Será que ele me matou e agora estou no céu? Isso explicaria toda essa claridade. Mas eu nunca pensei que no fim de tudo eu fosse ir para o céu, sempre achei que o inferno seria onde passaria o meu pós vida.

Nunca fui aquela pessoa que acredita veementemente em Deus, nem ir a igreja eu ia. A ultima vez que pisei em uma igreja foi em um casamento, - casamento esse que eu nem queria ir - mas acreditava que no fim de tudo, dependendo dos seus atos, você iria para um lugar bom ou ruim. 

Abri os olhos mais uma vez, e agora a ardência foi menor. Pisquei alguma vezes, até os meus olhos começarem a focar. Estava deitada em uma cama de casal, - muito confortável aliais parecia que estava em um quarto, mais não aqueles quartos de gente como a gente, era um daqueles quartos de gente rica, que tem até frigobar perto da cama. Acho que aquele quarto daria dois do meu antigo. Não sei oque fiz de bom para ter todo esse conforto, mas obrigada Deus!

Levantei devagar, e vi que não estava mais com as mesmas roupas de ontem. Agora estava vestindo um vestido vermelho soltinho, que ficava um pouco acima dos joelhos. Comecei a andar pelo quarto, que estava muito bem arrumado. Tinha até um closet! Mas que estava cheio com roupas masculinas?

Sai do quarto e segui por um corredor, dando de cara para a sala, que tinha uma enorme porta de vidro, que dava entrada para uma varanda. Caminhei até lá e vi que estava em um hotel, embaixo via pessoas andando de um lado para o outro. Eu ainda estava em Nova Orleans? O que está acontecendo?! Me virei para voltar para a sala, mas estanquei pelo susto.

O homem que do beco estava ali, sentado no sofá e bebendo pelo que parecia, um Whisky. Em quanto observava cada passo que eu dava. Será que ele estava ali o tempo todo e eu não tinha o visto? Agora que eu podia ver com clareza o seu rosto , até que ele era bonito. Os olhos verdes até que o deixava um pouco charmoso. Deixando de lado que ele era um louco assassino e que eu estava em suas mãos agora.

- Vai falar alguma coisa ou vai ficar só me encarando mesmo? Eu sei que sou bonita, mas pelo menos tente disfarçar né? - Falei ironicamente, se fosse para morrer, que não seja calada.

Ele deu um sorriso de lado e continuou me olhando, como se estivesse zombando de mim. Ele era um tremendo filho da puta, eu diria.

- Por que tanta pressa amor? Nós nem começamos ainda. 

Mais é quaro que ele tinha que ser britânico, ele tinha que ter esse sotaque. Tinha que ter aquele toque final. Ter a beleza da porra de um anjo não bastava?!

-  O que é que eu estou fazendo aqui? Por que é que você me trouxe para cá? Se isso for um joguinho sádico seu, pode ir parando, não to com paciência nem saco para toda essa merda. Se você for me matar, não fica enrolando, se for para morrer que seja logo.

Parecia que eu era uma piada para ele, porque aquele olhar divertido e o sorriso de lado. Sorriso esse que eu queria tirar da cara dele aos tapas.

Ele deixou o copo em cima da mesa de centro e levantou. Em um segundo ele estava de frente para o sofá, no outro estava parado a poucos centímetros de mim. 

Mais que porra é essa? Pelo susto, sei um passo para trás, oque fez o sorriso dele aumentar. 

- Não precisa se assustar querida, não vou te machucar. Se eu quisesse você morta, nós nem estaríamos tendo essa conversa.

- Mais que conversa?! Você não falou nem três frases direito. Não sei qual é a sua definição de conversa, mas é totalmente diferente da minha, querido. - O homem acabou de vir até mim com sua super velocidade e eu vou continuar enfrentado ele? Que merda você tem na cabeça Atena, seu orgulho é mais importante do que sua vida?

- Todas as suas duvidas serão respondidas, mas não agora. Temos que ir a um lugar antes.

Sem mais nem menos ele foi até uma porta, que deve ser a saída do apartamento. Diferente de antes, ele foi andando normalmente, como se nada tivesse acontecido. Como se ele não tivesse matado aquele cara ontem. 

Ou eu ia com ele seja lá para onde, ou eu me jogava da varanda e morria de uma vez. Oque seria menos pior? O apartamento que estávamos era muito alto, eu iria ficar toda regaçada me jogando daqui de cima, no velório o cachão teria que ser fechado. Não vendo outra opção plausível, andei até ele, que me aguardava do lado da porta, com uma sobrancelha arqueada. como se me desafiasse a não fazer o que ele disse. 

Revirei os olhos e passei por ele, que soltou uma risadinha, debochando da minha cara. No elevador ninguém falou nada, e no caminho todo, seja lá para onde, também foi em completo silêncio. Passamos por todo aquele movimento de pessoas, e andamos até uma área praticamente sem movimento. Se ele iria me matar, por que não fez ontem?

Andamos até chegar em um lugar totalmente abandonado, paramos em frente de uma espécie de galpão. Onde tinha dois homens guardando a entrada. Pelo jeito que eles olharam para o homem que estava comigo, parecia que tinham muito medo. A entrada para o galpão foi liberada, ele entrou primeiro e esperou que eu o seguisse.

Olhei para os dois homens do lado da porta e entrei, se eu tentasse correr um deles iria me pegar antes mesmo que eu desce um passo.

- Mais que falta de educação a minha, nem me apresentei. - disse em quanto andávamos - Me chamo Klaus Mikaelson.

Ele parou em frente a uma porta meio enferrujada e começou a abrir, dentro tinha uma menina deitada no chão, não conseguia ver o seu rosto direito, porque seus cabelos loiros estavam me impedindo de conseguir enxergar com clareza.

- E você vai matar ela para mim.

Mais em que porra eu fui me meter?  



Oque será que o Klaus quer com a Atena?Comentem oque acharam e suas teorias sobre oque está por vir

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𝑨𝒍𝒎𝒐𝒔𝒕 𝑷𝒆𝒓𝒇𝒆𝒄𝒕 𝑹𝒆𝒗𝒆𝒏𝒈𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora