Capítulo 15

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''Sabemos muito pouco o que somos e menos ainda o que podemos ser''

                                                                                                - Lord Byron


Atena Swan

Já fazem dois dias que acordei e desde então estou trancada dentro desse quarto. A unica pessoa que andei vendo esses dias foi um homem de cara fechada, que só entra para entregar e pegar a comida.

Durante a noite ando tendo sonhos estranhos, como se fossem lembranças que não me pertencessem mas que não me são indiferentes. É como se eu vivesse em outra época, lugar e alma. Em grandes partes desses sonhos Klaus está presente, mas ele está diferente, era como se fossemos íntimos, como um casal. Por conta disso venho evitando dormir.

Já estava anoitecendo e a fome já estava dando sinal, mas o estranho aparentemente estava atrasado com o meu jantar, se assim podemos dizer.

Perdida em meus pensamentos percebi tarde de mais a porta se abrindo e um homem de terno alinhado entrar. Ele possuía um ar elegante e misterioso, mas algo dentro de mim sentia que não era a primeira vez que nos encontrávamos. 

Ele foi andando com passos calmos até a poltrona que ficava do lado da janela, e se sentou. Ficamos nos encarando sem falar nada por alguns segundos. Mas esse não era um daqueles silêncios que nos sentimos confortáveis. 

- Ouvi dizer que se você tirar foto dura mais, porque você não tenta e apara de me encarar?

Ele deu um sorriso de lado e levantou uma das sobrancelhas, o que me irritou, era como se ele estivesse debochando de mim.

- Mesmo com o passar de anos a sua essência continua a mesma, o que de certa forma não me surpreende. Sua personalidade sempre foi forte, não seria agora que mudaria, certo?

Ele falava como se já me conhecesse, mas eu nunca vi esse homem na minha vida inteira. Bom... pelo menos não acordada, já que nesses últimos dias que estive presa dentro desse quarto, ele apareceu em algumas partes dos meus sonhos.

- De onde você me conhece? 

- De muito tempo atrás, mas receio que você não se lembrará, já que na época você em si não era nascida.

Estou rodeada de loucos. De loucos assassinos que não querem mais sujar as mãos e obrigam os outros a fazer seus serviços sujos.

Ele se levantou, ajeitou o terno e foi em direção a porta. Foi só para isso que ele veio aqui? 

Como se lê-se a minha mente, parou com a mão na maçaneta e virou pra mim sorrindo.

- Vim te buscar para o jantar, vamos?

Vendo que isso não era um convite, mas sim uma intimação levantei e sai do quarto sem muitas escolhas. Ele fechou a porta, me indicou a direção e esperou eu ir primeiro. Depois de uns passos senti sua mão nas minhas costas me guiando.

- Tira a mão de mim, eu tenho senso de direção! Se você encostar em mim mais uma vez sem meu consentimento, vai ser a ultima vez que terá suas duas mãos presas no corpo.

- Não vejo como você pode estar em posição em fazer ameaças, senhorita Swan.

- Mil desculpas, acho que você me entendeu errado, não estou te ameaçando querido, estou te avisando.

Respondi sorrindo.

Ele me olhou com uma sobrancelha arqueada, como se estivesse duvidando de mim. Se depois de matar um mulher inocente, fazer qualquer coisa com qualquer um deles não me traria nenhum peso na consciência.

Voltamos a caminhar, mas ele não voltou a tocar em mim. Homem inteligente ele.

Descemos alguns lances de escada, e la embaixo uma mesa repleta de comida nos aguardava, com Klaus sentado na ponta nos observando. Esperei o homem de terno se sentar e escolhi o lugar que ficasse mais afastado dos dois.

- Como tem passado querida?

Como esperado, mal sentei e Klaus já abriu a boca para falar. Ignorei e comecei comer, minha fome é prioridade para mim.

- Sério? Vai agir como uma criança me ignorando?

Não respondi e continuei a comer.

- Atena, acho que já passamos dessa fase não?

- Oque você quer de mim?! Poque me fez matar aquela mulher? Oque você quer comigo?

Respondi irritada.

Como se achasse graça da situação, ele levantou e veio na minha direção sorrindo. Ver todos rindo de tudo que eu falo estava me irritando profundamente, eu não estou brincando e não não um brinquedo que faz e desfaz oque mandam!

- Não quero de fazer nenhum mal amor. Só estou te ajudando. Agora você não entende, mas futuramente irá compreender tudo.

- Eu não quero saber de mais pra frente! Quero saber AGORA! Se você não me disser eu juro por tudo, por TUDO, que você ira se arrepender!

- Amor, quem faz as ameaças aqui sou eu.

Ele estava debochando de mim... Esse filho de uma puta estava debochando de mim!

Eu só queria que ele sai-se da minha frente, não estava mais aguentando olhar para aquele olhar superior, como se ele soubesse de tudo e eu fosse uma palhaça.       

De repente a mesa começou a tremer, algumas taças quebraram caindo no chão. Não estava entendendo o porque disso, mas minha raiva era tanta que estava me cegando. As facas que estavam na mesa começaram a levitar e apontar para Klaus, que agora depois de tudo isso estava sorrindo ainda mais, oque me deixou mais irritada.

- Mas que caixinha de surpresas você é amor, achei que demoraria mais tempo para isso acontecer, mas como sempre você mostrou que eu estava errado.   

- Nik? Mas que barulheira toda é essa?

Ouvi uma voz feminina dizer de longe, mas pelo barulho dos saltos estava se aproximando. De um corredor surgiu a mulher loira, a mulher que eu matei... Mas diferente daquele dia ela estava linda, parecia uma modelo. O que está acontecendo aqui?

- Rebekah você não chegou no melhor momento irmã.

Disse o homem de terno, que estava ali o tempo todo, mas acabei me esquecendo da sua presença.

- MAS QUE MERDA É ESSA?! 

De um segundo para o outro a irritação se ampliou, se antes era só a mesa que tremia, agora ventos fortes ocorriam em minha volta. Só escutava o barulho de coisas se partindo e de Klaus me chamando. Mas aos poucos não escutava mais nada, estava perdida dentro da minha mente, não estou entendo o que está acontecendo aqui.

Comecei a sentir uma nova presença na sala, mas diferente das outras era uma conhecida. Com lágrimas nos olhos e com a visão um pouco embaçada vi que era um homem se aproximando de mim. Piscando consegui enxergar melhor, mas oque vi só podia ser alucinação, não era possivel ele estar ali, não depois de tudo que aconteceu. Ele está morto, como ele pode estar ali me olhando com aquele mesmo olhar? Antes de tudo escurecer, a ultima coisa que vi foi ele sorrindo para mim. Will.                                                 



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⏰ Última atualização: Jan 20, 2020 ⏰

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𝑨𝒍𝒎𝒐𝒔𝒕 𝑷𝒆𝒓𝒇𝒆𝒄𝒕 𝑹𝒆𝒗𝒆𝒏𝒈𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora