¨Estou cansada. Vazia. Desgastada, o coração desgasta de sofrer, sei disso¨
Lya Luft
Atena Swan
Estava paralisada com suas ultimas palavras. Ele realmente disse para eu matar aquela mulher? Eu não sou uma assassina! Não posso fazer isso, eu não posso...
- O quê? Oquê? você disse? - perguntei com a voz falha.
- Eu quero que você mate ela. - ele disse, indicando com a cabeça a mulher que me olhava assustada. Ele dizia para eu matar aquela mulher com a maior naturalidade, como se estivesse falando sobre o tempo.
Assustada, dei alguns passos para longe da porta, dei alguns passos para longe dele. Eu queria fugir, eu queria sair correndo, queria nunca ter vindo para Nova Orleans. Eu estava com medo e ele achava graça, ele estava gostando de ver minha expressão de assustada, ele estava gostando de me ver com medo.
- Eu... eu não posso fazer isso! Eu não posso matar ela!
Revirando os olhos, ele fechou a porta da cela, oque me fez soltar um ar de alivio. Mas quando ele se virou para mim, soube que ele não tinha mudado de ideia. Ele ainda queria que eu matasse aquela moça. Caminhando lentamente ele chegou até mim, ele estava tão perto que conseguia sentir sua respiração batendo em meu rosto.
- Eu acho que você não entendeu oque está acontecendo aqui, querida. - Ele sussurrou em meu ouvido esquerdo - Eu não estou pedindo para você fazer, eu estou mandando você fazer! Não estou de dando escolhas, estou te dando uma tarefa. - A cada palavra seu tom de voz aumentava, no final da frase ele já estava gritando.
- Não sei que jogo doentio é esse, mas eu não quero participar. Você não manda em mim! - falei com lagrimas nos olhos.
Se eu sair viva daqui, acho que vou trabalhar de palhaça em algum circo, já que ele não para de rir da minha cara.
- Eu mando em você sim, amor. Só que você ainda não sabe.
Não tive tempo para tentar entender o significado da frase dita por ele. Klaus praticamente colou seu rosto com o meu, conseguia sentir o aroma de Whisky que emanava da sua boca. Ele olhou fixamente nos meu olhos e me mandou matar aquela mulher.
Eu não queria! Eu não quero mata-la! Eu não quero!
Como se eu não tivesse controle sob o meu próprio corpo, comecei a caminhar em direção à porta de ferro enferrujada. Pelo conto do olha vi Klaus sorrindo. Parecia que eu era um robô que está cumprindo ordens, sem ter o total controle das minhas ações. Eu tinha consciência do que estava prestes a acontecer, mas eu não tinha controle para evitar.
Com as minhas mãos puxei a tranca que fechava a porta. Arrastei a porta pesada para o lado. Klaus me estendeu uma faca. Eu não queria pegar, mas quando vi já estava nas minhas mãos. Segurando o objeto pontiagudo com firmeza, dei passos lentos em direção a mulher, que começou a chorar.
- Por favor, por favor não me mate, por favor não me mate! - ele pedia chorando, em quanto ia se arrastando para longe de mim, ela estava tremendo de medo e eu sabia que se não fosse por seja lá oque ele fez comigo, eu estaria chorando e tremendo tanto quanto ela.
Eu queria me afastar, queria largar aquela faca. Mas não conseguia.
Quando estava perto o suficiente dela, me abaixei e prendi suas pernas sentando em cima dela. A loira estava fraca, então não conseguia ter força o suficiente para me tirar de cima dela.
Por favor. Por favor. Por favor...
Segurei seus dois braços a cima da sua cabeça, com uma de minhas mãos. Olhei em seus olhos assustados mais uma vez, e me vi ali. Conseguia ver o meu reflexo em suas iris dilatadas pelo medo. Com minha outra mão, a mão que segurava a faca. Desferi com golpe com força em sua barriga.
Por favor. Por favor. Por favor...
Tirei a faca e desferi outra facada perto da ultima. E mais uma, e mais uma, e mais uma. Aos poucos ela foi parando de se debater, aos poucos ela foi parando de se mexer, aos poucos ela foi perdendo o brilho dos olhos, aos poucos ela foi parando de suplicar, aos poucos ela foi parando de respirar. Aos poucos ela foi morrendo.
Aos poucos eu fui à matando. Aos poucos tudo em minha volta estava sujo de sangue. Aos poucos eu me tornei uma assassina.
Quando vi que ela não estava mais respirando, me joguei para o lado, largando a faca ensanguentada no chão. Minhas mãos estavam sujas de sangue, estava toda suja de sangue. Olhei para o corpo sem vida da mulher e fiquei paralisada. Eu queria chorar, eu queria gritar, eu queria morrer, mas não conseguia fazer nada. Fiquei ali, jogada ao lado do corpo que eu tirei a vida. O sangue não parava de escorrer de sua barriga. Seu rosto estava virado em minha direção, seus olhos opacos estavam me encarando.
Ouvi passos se aproximando, até que Klaus parou do meu lado. Ele se agachou e ficou alguns segundos me olhando. Quando ele tocou em meu ombro, foi como um gatilho para conseguir voltar para a realidade.
Comecei a chorar, chorava que até soluçava.
- Por que você me fez fazer isso? Por quê? - perguntei para ele em meio aos soluços - Eu não queria mata-la, eu juro que não queria mata-la.
Klaus se aproximou mais de mim, passou um de seus braços por de baixo das minhas pernas e o outro usou para apoiar as minhas costas. Ele me pegou no colo. Não queria ficar perto dele, não queria ter contado algum com ele, mas tudo que eu conseguia fazer era chorar e olhar o corpo ensanguentado, em quanto ele nos levava para fora daquele quarto que cheirava a mofo e morte.
- Foi preciso, você tinha que fazer isso amor. Você tinha que fazer... - ele sussurrou - Agora você não entende e deve estar me odiando e si odiando, mas juro que em um futuro bem próximo, você vai entender. Você tem que entender que era preciso você mata-la.
Todos são capazes de dominar uma dor, exceto quem a sente.
Espero que tenham gostado do capitulo!
Por favor, votem e comentem!
A história ainda está no inicio, então quem não votou desde o primeiro capítulo, volta rapidinho e vota!
Para quem ainda não sabe, capítulo novo todo final de semana!
História também sendo postada no Spirit Fanfiction
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𝑨𝒍𝒎𝒐𝒔𝒕 𝑷𝒆𝒓𝒇𝒆𝒄𝒕 𝑹𝒆𝒗𝒆𝒏𝒈𝒆
Teen FictionAtena é a irmã gêmea de Bella Swan, que estava morando em Nova Iorque e se viu obrigada a deixar tudo para trás ao ter que ir morar com seu pai em Forks. Ela nunca teve uma boa relação com a irmã, pois Bella sempre buscou fazer de sua vida um infern...