garota conhece uma coisinha maluca chamada amor

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– Bom dia, Peaches!

– Riles, é sábado! Me deixa dormir! – Resmunguei colocando o cobertor sobre a minha cabeça. Riley havia aberto as cortinas e  se deitado ao meu lado na cama.

– Está um dia lindíssimo lá fora, Maya! Precisamos fazer alguma coisa.

– Eu estou fazendo alguma coisa, Riley. Se chama dormir. – Senti um corpo se jogar no colchão do meu outro lado. Eu estava encurralada, não havia alternativa a não ser me levantar.

– Levanta, Maya.

– Farkle... – Sussurrei ameaçadoramente. O mesmo puxou o cobertor me revelando toda descabelada.

– Tão linda! – Disse suspirando exageradamente, obviamente me zoando. Riles riu.

– Vamos fazer um piquenique no Central Park! – Anunciou começando a pular na minha cama.

– Que programa de turista... – Resmunguei mau humorada.

– Vamos, Maya! – E continuou a pular.

– Você vai quebrar a minha cama, Riley Matthews! – Me sentei perdendo a paciência. Não estava brava de verdade, era só o bom e velho mau humor matinal. – Pronto, já levantei.

– Vou te preparar café da manhã. – Farkle me deu um beijo no topo da cabeça e começou a se retirar. Gritei um "te amo" e ele respondeu com um "eu sei". Levantei da cama e fui para o closet procurar alguma coisa para vestir. Riley se deitou para esperar.

– Então... Peaches... – Aquela era a sua voz de quando ela tinha algo a dizer que provavelmente não iria me agradar.

– O que foi, Riley? – Respondi de dentro do closet ainda separando as peças do roupa. Estava um dia quente então escolhi um vestido soltinho de mangas longas vermelho escuro e botas pretas. Peguei a roupa e minha toalha e saí do closet.

– Você acha que tem alguma coisa rolando entre você e o tio Josh?

– O que? Não! – Me sentei ao seu lado na cama com minhas coisas em meu colo. Riley olhou para mim com aquele seu olhar que dizia "eu não acredito em você".

– Vocês quase se beijaram bem na nossa frente naquele dia na cafeteria! – Exclamou.

– E daí? Isso aconteceu há três dias atrás! – Respondi dando de ombros. – Você sempre teve problemas em seguir em frente, Riles.

– Maya, sem piadinhas agora! Você acha que eu não sei que vocês ficaram trocando mensagens nesses três dias? – Cruzou os braços. Minha boca se abriu num perfeito "o". Como ela sabia disso? Sim, havíamos trocado mensagens, mas eram coisas bobas como memes ou coisas sobre a faculdade, não havíamos falado nada sobre o momento na cafeteria.

– Como você sabe, Riley?

– O que você não me conta, Josh conta. Eu o peguei rindo de uma mensagem que você mandou e o fiz me contar tudo! – Novamente o meu queixo caiu.

– O que ele disse?

– Que era só coisa da faculdade e etc. Mas eu sei que é mentira! – Riley quase gritou.

– Riley...

– Se você não quer me contar tudo bem, mas eu vou descobrir o que tá acontecendo hoje mesmo, pois eu o convidei para o piquenique.

***

Sendo um ponto turístico de Nova York o Central Park sempre está cheio, não importa o dia, mas aos fins de semana sempre é pior. Sendo assim, aqui estou eu tendo que desviar de carrinhos de bebê, grupos de corrida da terceira idade, carrinhos de pretzels, vendedores de bijuteria, e uma imensidão de turistas, apenas para me sentar no mato e comer um sanduíche. O que não fazemos pelos amigos, certo? Mesmo mal humorada uma parte de mim não podia evitar de ver a beleza da paisagem. O céu não tinha uma nuvem sequer e o azul forte contrastava com o verde das plantas e as cores fortes nas roupas das crianças. Definitivamente, uma paisagem que valeria a pena ser pintada.

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