8 - what if...

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Narração

2 meses depois (fevereiro)

Havia uma semana que Sadie estava diferente. Nem mesmo Millie o que ela tinha - mesmo já sendo possível de se imaginar -, e já estava ficando preocupante. Sempre que ligavam para ela, a ligação apenas ia direto para a caixa postal, e quando iam à casa de Sadie, ela apenas dizia que não queria receber visitas, e nunca era ela mesma quem dizia, sempre algum de seus irmãos ou sua mãe davam o recado.

Millie e Finn sabiam que era completamente claro qual era o motivo disso, e eu, acredito, que você, leitor, também saiba. É bem óbvio, não?

Fazem quase 4 meses que Sadie espera por Noah. Espera pelo momento em que ele acordará, e estará bem, são e salvo. 4 meses que suas noites sem dormir são frequentes, e que várias teorias do que poderá acontecer quando ele acordar - se ele acordar - rondam sua cabeça, tomando seu sono.

Sadie sempre foi uma garota dedicada e estudiosa, mas desde o mês de outubro do ano anterior, o mês que Noah sofreu o acidente, as notas escolares de Sadie decaíram de A+ para D-. Bem, já era de se esperar, já que quando era para ela estar dormindo, estava acordada, não conseguindo desligar seus pensamentos; e quando ela devia estar acordada, estudando, estava dormindo porque não conseguia prestar atenção nas aulas, pois o sono estava sendo seu maior inimigo naqueles dias. Felizmente, Sadie passara de ano e agora, estava no terceiro ano do colegial, e se repetisse esse ano, não se formaria ainda, o que definitivamente não podia acontecer. Sadie não parecia se importar muito, mas ainda, tentava ao máximo se esforçar para conseguis assistir às aulas e saber as matérias. Seu esforço, infelizmente, não era suficiente. Sua atenção era voltada para somente uma coisa.

(¨)

Pela quarta vez na semana, Finn e Millie estavam indo visitar Sadie, e dessa vez não pretendiam ter sua viagem perdida. Foram à casa dos Sink, determinados a dessa vez conseguir ver como Sadie estava, e quando chegaram, foi sua mãe quem atendeu à porta.

— Oi, meninos. — ela disse, com um sorriso vivo, porém visivelmente cansado.

— Oi, senhora Sink — Finn retribuiu o sorriso. —, eu sei que nós dois já viemos aqui muitas vezes pra isso, mas nós não vamos desistir. — disse.

— Vocês vieram ver a Sadie. — os dois assentiram. — Olha... eu apoio muito vocês, porque ela realmente tem estado muito mal, mas eu acho que depois de tantas vezes, vocês deviam só... deixar ela, sabem?

— É exatamente o que não vamos fazer — disse Millie. —, Sadie é minha melhor amiga desde que tínhamos 7 anos, e eu sei quando ela não está bem, e nesses últimos dias, sei que ela deve estar mais do que mal. — explicou. — Noah significou muito pra ela mesmo nos poucos dias que os dois conseguiram conversar, e isso a deixou mal, pois eles não tiveram tempo nem para se conhecerem melhor. — lágrimas cristalinas brotaram em seus olhos. — Então, por favor, nos deixe pelo menos tentar ajudá-la. — Finn abraçou-a de lado e acariciou seu braço com delicadeza. 

Quando se tratava de Sadie, Millie sempre fora muito sentimental.

A mãe de Sadie apenas moveu-se e liberou o espaço para que os dois passassem. De todos os dias que os dois foram visitar Sadie, essa fora a primeira vez que sua mãe não perguntou à ela se os dois podiam entrar.

— Boa sorte. — ela disse, sorrindo, e os dois entraram. Finn sussurrou um obrigado, bem baixinho, e continuou andando com Millie, seguindo para o quarto de Sadie.

A porta do quarto de Sadie fora aberta e fechada novamente.

— Mãe, por favor, me deixa sozinha. — a voz abafada de Sadie soou baixo.

Millie andou até ela, e sentou-se ao seu lado, na beirada da cama.

— Sou eu, Sadie. Sou eu... a Millie. — Sadie virou-se, olhando-a.

— Millie? — ela perguntou, confusa, e Millie deu um sorriso.

— Que saudade desse rostinho. — a morena disse, tentando ser forte e não chorar ao ver a melhor amiga naquele estado.

Sadie claramente havia passado os últimos dias apenas chorando, provavelmente não havia dormido, comido ou sequer saído do quarto.

— Nós ficamos preocupados, Sadie — dessa vez, foi Finn quem disse, sentando-se ao pé da cama. —, você não pode simplesmente sumir assim.

Sadie virou-se para o lado da parede novamente.

— Na verdade, eu posso — ela disse. —, e prefiro. — fungou uma vez e sua voz já ficara embargada. Ela claramente já estava chorando, mais uma vez.

— Sadie, nós sabemos que é difícil pra você, mas o Finn tem razão. — Millie disse, tirando os cabelos ruivos de Sadie de seu rosto, e o deixando mais a mostra.

— Você precisa estar lá com ele, pra quando ele acordar, saber que você esteve lá, com ele, e dando apoio à ele. — disse o cacheado.

— Se isolar assim não vai adiantar nada, Sads. — Millie disse e deitou-se ao lado da ruivinha.

— Vocês não entendem — Sadie disse e num milésimo de segundo, ela estava sentada na cama. — Eu só consigo pensar nas tantas possibilidades do que pode acontecer com ele. — apoiou sua cabeça nas mãos, e os cotovelos nas pernas. — E se ele ficar em coma por anos? E se ele acordar e não se lembrar de nada? E se ele... simplesmente não acordar? — perguntou, chorando. — Eu não consigo ao menos imaginar.

— Sadie, ficar pensando em "e se" não vai melhorar nada. Você tem que estar forte, e acreditar que ele vai ficar bem, vai acordar e vai ficar bem, e de preferência, bem ao seu lado! — Millie dizia ao ouvido de Sadie.

— Você não imagina o quanto eu já tive que ouvir o Noah dizendo como você estava linda, como ele só queria ser os garotos que você já ficou, e como ele se gabava por gostar de alguém tão incrível como você. — Finn disse, rindo, mas seus olhos haviam lacrimejado. — Ele é louco por você, Sadie.

Millie olhou Finn com um sorriso e voltou a olhar para Sadie, que continuava com a cabeça baixa.

— Nós temos que lembrar dele nesses momentos, e acreditar que teremos eles de novo. Noah é um garoto muito bem humorado, e lembranças boas dele não é o que nos falta. — sorriu.

Sadie levantou a cabeça e secou seu olhos com os polegares. Respirou fundo e prendeu os cabelos atrás das orelhas.

— Tudo bem. — a ruiva disse, e olhou Millie. — Muito obrigada pela ajuda, vocês são os melhores amigos que eu poderia ter. — os três sorriram. Tinham fé que em breve, seriam eles e Noah, juntos.

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OLÁ AMORESSSSSSSSSSSSS, HA QUANTO TEMPO KKKKKKK

perdão eu nao sei oque aconteceu comigo, sei que foi o pior bloqueio criativo que eu tive na vida mano meu deus

mas enfim, agora passou, td bem e os capítulos sairão com mais frequência

eu espero que estejam gostando, e até o próximo, prometo não demorar💗

um beijo,

- grxzrschnwpp


untouchable angel | soahOnde histórias criam vida. Descubra agora