11 - why all this worry, if all it's already lost?

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passando aqui só pra dizer

CAPITULO ELEVEN POOORRAAAAAAAAAAAA

é isso galera um beijao

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Sadie

Millie me consolou por um bom tempo, e eu agradecia imensamente a ela por isso. Bem, internamente eu agradecia, porque eu não precisava nem tentar falar naquele momento, pois sabia que não conseguiria. Aquela era a situação mais triste que eu já tinha passado e eu dava graças a Deus por não ter quase ninguém naquele corredor, pois teria dó da pessoa que visse aquela cena.

Eu chorei, chorei, e parecia que nada mais importava pra mim. Na verdade não importava mesmo. Não tinha mais com o quê se preocupar, tudo já havia ido por água abaixo, e todos sabíamos disso.

Senti Millie tentar empurrar o meu corpo para olhar-me, mas eu não conseguia me mover, eu estava paralisada, e só queria continuar no ombro da minha amiga, deixando-a com a blusa molhada pelas minhas lágrimas, pois ali, ao menos, eu estava verdadeiramente protegida. Millie era uma das únicas pessoas que faziam eu me sentir assim... bem, agora era a única.

Depois de ela tanto tentar, finalmente conseguiu tirar a minha cabeça de seu ombro e me encostar na parede, vendo aquela figura totalmente sem vida.

— Vamos sair daqui, você precisa sair, tomar um ar. — ela disse, se levantou e me ajudou a levantar. Passou o braço pelo meu pescoço e fez o mesmo com o meu braço, no pescoço dela, e assim começamos a andar.

Minha visão estava embaçada, meu cabelo, grudado no rosto por conta dos litros de lágrimas que chorei, e também por isso, meus olhos estavam inchados. Se tinha uma coisa que eu preferia não fazer agora era "sair para tomar um ar".

— Não. — falei, com a voz rouca e nasalada. Ela me olhou, confusa. — Eu quero a minha casa. — eu disse e levei o olhar do chão para ela, minha visão voltava ao normal aos poucos. — Por favor. — acrescentei, mais baixo.

Millie me olhou tristemente, mas concordou, e eu agradeci internamente. Eu já havia chorado muito, minha cabeça estava explodindo, e eu só queria o meu quarto, onde me jogarei na minha cama, e nela ficarei até eu decidir que quero sair - se isso acontecer um dia.

— Eu vou ficar com você. — ela disse decididamente e eu não disse nada contra. 

Não tinha como eu fazer isso, já que ela era quem estava me apoiando ao máximo, desde o começo, e se ela quisesse ficar comigo, ela ficaria. Millie era a melhor amiga que alguém poida ter, e eu tive a sorte de ela cair em minha vida. Quanto à isso, eu só tinha que agradecer. Eu nunca conseguiria pagar à ela, tudo o que ela já me fez.

Saímos do hospital e eu me assustei, quando percebi que já era noite lá fora. Um vento frio chocou contra a minha pele e eu tremi. Ao meu lado, Millie retirou seu casaco e o colocou em mim. Eu ainda não conseguia falar muito, então dei apenas um sorriso forçado como agradecimento.

— Eu vou chamar um Uber pra sua casa, okay? Espera, só um pouco. — ela disse e eu assenti com a cabeça.

Alguns minutos depois, o carro chegou e eu e Millie entramos. A minha casa não era tão longe do hospital, então eu sabia que não ia demorar muito para chegarmos.

Dentro do carro, Millie me abraçou e deitou minha cabeça em seu peito, ela passou o caminho inteiro passando as mãos pelos meus cabelos, e ali, ouvindo seu coração bater, eu me senti tão bem, ao ponto de que nem lembrava muito bem o que havia acontecido a uma hora. Eu disse "não lembrava muito bem", não que tinha esquecido por inteiro.

untouchable angel | soahOnde histórias criam vida. Descubra agora