장 2

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O anjo de sorriso quadrado.

Kim Taehyung devia saber que não era uma boa ideia ter colocado música na última altura e atravessado a rua no meio de um fogo-cruzado.

[Alguns segundos antes]

O Kim tinha acabado de se despedir de sua prima e agora estava andando pela rua com um fone de ouvido na última altura e com uma música aleatória tocando. O Kim não tinha percebido que estava tendo um fogo-cruzado, até sentir algo queimar um pouco abaixo do tórax direito e sangue manchar sua camiseta azul bebê.

O Kim olhou para baixo em choque e em poucos segundos já tombara para o lado começando a perdendo a consciência.

Por uma mera coincidência, um dos policiais era como um pai para o Kim. Kim Namjoon olha na direção do mais novo assustado e corre até o menor que estava deitado em uma pequena poça de sangue. O Kim mais velho estava tentando ao máximo fazer o mais novo continuar acordado, já tinha chamado uma ambulância e tentava não chorar para conseguir dar forças para o mais novo continuar acordado.

- TaeTae, olha para mim. Não feche os olhos, está me ouvindo? Não feche os olhos. - o Kim mais velho fala passando a mão no cabelo do menor.

O Kim mais novo, sem forças, pega a mão do maior e dá um sorriso fraco e meio falho. Logo fechando os olhos perdendo sua consciência.

O Kim mais velho, desesperado, olha para os seus colegas que tinham prendido os bandidos e começa a dar ordens que logo foram obedecidas.

[No hospital]

Jungkook estava de novo naquele hospital. Tinha acabado de chegar quando viu alguns médicos correrem com uma maca em direção à um rapaz que segurava um garoto muito bonito em seus braços. O rapaz, que logo foi identificado como policial pelo seu uniforme, parecia desesperado. Os médicos levaram o garoto para a maca que estava lá perto.

Passaram ao lado de Jeon que logo percebeu alguns detalhes alheio. Como a camiseta azul bebê que estava manchada de sangue do lado direito e que tinha minúsculos quadradinhos de cor branca, a calça jeans preta com alguns rasgos no joelho e um tênis também preto. O cabelo loiro claro sobre seu rosto angelical, os lábios rosados e convidativos, os olhinhos fechados como se estivesse dormindo calmamente, suas mãos grandes, mas delicadas de certo modo, colocadas ao seu lado, a feição e a respiração calma e delicada como a de um anjo, o que fazia Jeon pensar que o rapaz além de parecer um anjo, ele era um pecado muito bonito por sinal.

- Vamos levá-lo para a sala de cirurgia, agora. Urgente, avise ao cirurgião para ir na sala de cirurgia 1 o mais rápido possível. - disse um médico de cabelo acastanhado e outro médico assentiu saindo.

Jeon como se estivesse hipnotizado no loiro seguia os médicos até a porta da sala de cirurgia. Ninguém percebera Jeon lá, até chegarem na porta onde Jeon foi barrado pela sua psicóloga.

- Jeon, já está na hora da sua consulta. Venha, você já está atrasado.

Jungkook assentiu e seguiu sua psicóloga até sua sala.

*Quebra de Tempo*

Jeon tinha acabado de sair da sala de sua psicóloga, ele se sentia pior do que quando entrou. Seguiu para a recepção, encontrando o policial de mais cedo sentado, com o rosto escondido pelas mãos. Se aproximou e se sentou ao lado do mais alto.

- Licença, desculpa o incômodo, mas, o que aconteceu? - perguntou doce e sincero olhando para o Kim que limpou rapidamente o rosto e olhou para o mais baixo que estava ao seu lado.

- Não é incômodo nenhum da sua parte. É que eu estava em um fogo-cruzando com alguns bandidos, e meu amigo, que eu considero um filho, passou bem na hora, e acabou sendo baleado. Eu estou esperando notícias até agora - o mais alto soluça e o mais baixo o abraça, como se a dor que o outro estava sentindo passara para ele e acordara um sentimento que ele ignorava a muito tempo.

- Ele vai ficar bem. Eu sinto isso. - Jeon fez cafuné no cabelo alheio, lembrando da promessa que fizera para o loiro que morava ao lado da sua antiga casa. - Quando vc tiver notícias dele, me avisa. Tome aqui meu número.

Jeon entregou uma folha com o número de seu celular para o mais alto e sorriu.

- Me chamo Jungkook, Jeon Jungkook, e foi um prazer conhecê-lo. - fez uma reverência que foi retribuida pelo mais velho que logo se apressou em apresentar-se.

Depois das apresentações, Jeon se despediu do Kim e saiu do hospital, seguindo para sua antiga casa, para encontrar o pequeno Park.

Namjoon entrou no quarto onde seu pequeno Tae descansava de sua cirurgia.

O loirinho era tão frágil, Namjoon pensava em como daria a notícia para seu namorado, Kim Seokjin, que considerava o loirinho como seu filho.

O moreno não tardou em ligar para o namorado, que atendeu a chamada no mesmo instante. Seokjin estranhou, pois normalmente o moreno a essa hora estaria no trabalho, resolvendo um de seus casos de furto, roubo, sequestro e até assassinato.

- Oi amor, tudo bem? - o acobreado perguntou sem esconder sua preocupação. Ele estava com um mal pressentimento, mas não sabia o porquê.

- Oi Jinnie... - o mais novo respondeu com a voz começando a embargar - Então, amor... você poderia vir para o hospital Central? Aconteceu algo grave.

- O que aconteceu? Você está bem? Está machucado? - Seokjin se desesperou, saindo de sua cozinha e subiu correndo para seu quarto. Colocou a chamada no viva-voz, logo se apressando a pegar uma muda de roupa.

- Eu estou bem... mas o problema não é comigo. O Taehy foi baleado. - O Kim mais velho dos três ficou em choque. Ele não acreditava que seu bebê, seu Taehy tinha sido baleado. A ficha ainda não tinha caído. - Jinnie? Amor? Seokjin, está tudo bem?

- C-chego e-em quinze m-minutos. - Seokjin desligou a chamada ainda em choque e seguiu para o banheiro tomar banho e ir para o hospital.

Enquanto Namjoon mandava mensagem para Jungkook, avisando sobre o estado de saúde do mais novo.

Depois de cinco minutos exatos, Namjoon se encontrava na recepção, abraçado com um Seokjin que chorava desesperadamente em seu peito. Depois de acalmar o mais baixo, Namjoon o levou até o quarto onde Kim Taehyung estava. Seokjin foi até o mais novo dos três e o abraçou, ver seu pequeno naquele estado doía muito.

- Ele vai ficar bem, Joonie? - perguntou olhando para Namjoon que estava encostado no batente da porta.

- Irá sim, meu anjo. Ele está apenas descansando agora. - o moreno abraçou o namorado, fazendo carinho em seus fios acobreados.

- Queria ter terminado minha faculdade de medicina já, mas eu resolvi fazer gastronomia antes da de medicina. Assim eu poderia ajudar o nosso pequeno. - Seokjin retribui o abraço do namorado, sentindo-se culpado de não ter como ajudar seu pequeno filhote.

- Jinnie, não se culpe por algo que você nem sabia que estava acontecendo - o mais novo tentava fazer o mais velho olhar para si, que estava vidrado em Taehyung.

- Tá bom, amor - Jin abraça o pescoço do mais alto, apertando o mesmo.

Jin esperava que o seu pequeno ficasse bem... Taehyung tinha que ficar bem... Seokjin queria que seu bebê ficasse bem...

Mas o que ele não sabia, era que seu filhote, o pequeno Kim, tinha uma missão, e que nessa missão era ajudar um garoto depressivo de 17 anos de idade.

My Black Angel [HIATUS TEMPORÁRIO]Onde histórias criam vida. Descubra agora