Na casa do Taehyung, Kang Yong corria com a toalha do ruivo pela casa toda o provocando, o fazendo correr até ele para pegar o tecido.
— Devolve!
— Não. — Yong riu.
O Taehyung tinha acabado de sair do banho para ir à maldita balada que o próprio Yong inventou de última hora. Já cansado de correr, a destra que encobria sua região íntima a deixou. Naquela altura, ele já não se importava com a nudez, afinal Kang tinha o visto várias vezes pelado e em posições constrangedoras. Não tinha porque ter vergonha.
Yong analisou bem o belo corpo de seu amigo até vê-lo sumir ao entrar no quarto. E, claro, o de cabelos tingidos conseguia sentir a sensação ardente de seus olhares.
"Bem feito. Se queimou no próprio fogo."
Pensou.Na mesma noite, horas mais tarde, eles estavam na balada desconhecida por 'Tae. O mesmo bebia uma bebida azulada com um sabor indescritível, contendo uma quantidade absurda de álcool.
Ela não era ruim, mas também não era sua favorita.
O "legal" da balada eram as pulseiras néon coloridas no pulso de todos. Era algo meio irrelevante de se notar, embora fosse o ponto inicial de sua pequena observação. Do lado do amigo no sofá, deixava de olhar para as pessoas e começava a ler o panfleto que havia recebido na entrada, contendo informações sobre a casa noturna e algo em relação a cor de cada pulseira.
A casa noturna era para a classe LGBT+, onde todos estavam livres para pegar quem quisessem sem moderação. Homens com homens, mulheres com mulheres, entre outros. Taehyung descobriu apenas ao ler e achou interessante, mas logo pulou para a parte em que dizia os significados de cada cor das pulseiras.
Brancas: Ambos os sexos, que não querem se relacionar com nenhuma pessoa. Ou seja, apenas querem curtir a balada sem acompanhantes.
Verdes: Héteros.
Roxas: Bissexuais.
O de cabelos tingidos olhou para o pulso com a pulseira arroxeada e sorriu. Sim, ele era bissexual. Lembrou-se com isso que tinha dito, a responsável pelas pulseiras, ao entrar na casa noturna.
Rosas: Homossexuais.
Laranjas: Transsexuais.
Amarelas: Lésbicas.
— Bem interessante, não é? — Yong o chamou atenção ao comentar.O olhou um pouco confuso inicialmente, logo revelando. — Sendo a minha primeira vez aqui, confesso que não está sendo tão ruim assim.
— Vamos dançar, ainda quero saber mais sobre você e seu chefe. — O puxou pelas mãos, o arrastando até o mar de pessoas agitadas dançando.
A melodia alta e agitada até que não era ruim, digamos que era bastante envolvente. Yong se virou com as costas para o amigo, e passou a remexer o quadril rente ao corpo alheio. Diante da provocação, Taehyung riu com a astúcia do outro.
— Conte! — Yong aumentou seu tom de voz por causa da música alta.
Ele agarrou a nuca alheia aproximando seus corpos, e o outro seguiu seu movimento. Suas mãos grandes, de dedos elegantes e finos, repousaram-se na cintura do ruivo de tom vinho peculiar.
— Como eu disse: ele chegou bêbado na casa dele, quando fui sair de seu quarto para beber água, ele já estava lá. Como explicar? Parecia que ele estava consciente e não estava ao mesmo tempo. — Relembrou do olhar obscuro, e distante, do chefe ao vê-lo antes de toda a cena constrangedora acontecer. Taehyung olhou na direção do bar e comentou. — Levei ele ao quarto e… ele me beijou!-
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O Babá
RomanceAs dificuldades do dia a dia nunca foram para todos. E o Kim Taehyung não teve o grande benefício de ser excluído dessa lista. Tudo o que ele mais queria era ver a irmã mais nova se formar na faculdade, sem ter qualquer preocupação com dúvidas ou...