Capítulo 16

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O médico surgiu na sala assim que foi informado sobre seu paciente baleado. Mas, quando chegou encontrou seu paciente imerso ao sono. Checou o pulso do garoto para certificar que ainda estava vivo.

Jungkook por outro lado, ficou a todo momento apreensivo, em alerta para qualquer noticia que o médico lhe daria sobre o seu amado. Tinha tantas perguntas para fazer, uma delas era o por que Taehyung acordou e mal dera tempo de chamar o médico para que voltasse a adormecer. Roeu a unha do polegar arrancando um pedaço da mesma e cuspiu fora em pura ansiedade e frustração por não poder fazer nada e somente assistir seu babá naquela situação.

— Os batimentos estão estáveis, pulsação normalizou e as Orbis... — doutor puxou a pálpebra direta do Tae dando visão a íris castanha, nisso fez o azulado piscar forte os olhos e piscar ambos freneticamente.

— J-jun... — chamou quase num sussurro mudo. Soltou uma ligada de ar, como se tivesse cansado e fraco.

Mas este era o seu estado atual depois de levar um tiro por causa de si. Por alimentar os sentimentos de alguém tão baixo como Aurora. Uma pessoa tão sem caráter e sem amor ao próximo.

Jungkook aproximou-se do azulado apreensivo pegando sua mão com ambas suas afastando seus pensamentos para longe, precisava cuidar de alguém mais importante. Sua mão estava gelida e isso preocupou ainda mais o moreno começando a ter pensamentos negativos invadindo-o.

— ... kook... — terminou completando o nome do mais velho.

— Estou aqui, Tae.

— K-kookie...

— Para de falar, Tae. — suplicou angustiado ao ver o moreno forçar para conversar, ou ao menos tentar. — Você precisa descansar.

— Seu amigo tem razão, não faça esforço por agora, você saiu de uma situação delicada, poupe suas energias. — o doutor recomendou e Tae assentiu com a cabeça confirmando que iria seguir suas ordens.

O azulado tentou se mexer para procurar uma posição melhor, mas se arrependeu de fazer força para levantar a cabeça sentindo o músculo do peito contrair e machucar os pontos recentes.

— Dói. — resmungou ele fechando os olhos com força na tentativa da dor amenizar, o que foi falho.

— Ei. Sem força física. — uma enfermeira entrou na sala com uma bandeja de alumínio em mãos com alguns gases e soro para cuidar do ferimento do paciente. — se continuar teimando terei que amarrar você na cama! — adverteu ela seria, mas sabiam que era brincadeira para descontrair o clima.

— Que eu saiba... Só o doutor pode fazer isso. — a voz do Tae saiu baixa, mas sem deixar o sarcasmo de fora. Sorriu.

— Dou total permissão, enfermeira, Lee. — doutor disse, tocando o ombro da enfermeira com um sorriso cúmplice.

Jungkook vendo aquela cena, sorriu. Toda aquela tensão no ambiente se foi com o simples sorriso fraco do mais novo. Levou uma mão até a franja com pigmentação azulada tirando-a um pouco dos seus olhos. Tae encarou Jungkook com um olhar doce e terno e sem esquecer, agradecido. Se não fosse por Jungkook, ele não estaria aqui agora, tendo a visão de seu belo sorriso novamente.

Passaram praticamente o dia todo de mãos dadas, até mesmo na hora que a enfermeira veio limpar seu ferimento. O medo de perder o azulado foi deverás assustador e não queria passar por isso. Nunca mais. Mal o encontrou, se o destino o levasse assim, de repente, de sua vida, poderia considerar o fim.

A noite, depois do Tae tomar uma sopa leve, de arroz com algas, a enfermeira veio para lhe dar banho de pano.

— Eu faço isso! — prontificou-se rapidamente em cuidar do banho de Tae, pegando a bacia pequena de sua mão e o pano.

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