Capítulo 2 - Sangue Felino, Sangue Humano

507 195 799
                                    

Na floresta que rodeava aquele vilarejo em ruínas caminhava um guerreiro incomum, ele se portava como um humano, mas seu corpo era de um leão. Em suas mãos não havia nada além de uma espada longa que possuía riscos na lâmina, cada um daqueles era uma memória dos inimigos que já matou.

Enquanto caminhava de forma bípede, cortava os galhos e matos a sua frente para que nada atrapalhasse sua passagem. O mesmo estava à procura da fonte de tanto caos que havia feito com que todos os animais fugissem daquele lugar.

- Sente algo, Nakil? – O mesmo cortou um galho que estava a sua frente e disse aquilo como se falasse com alguém que estivesse ao lado dele, mas na verdade, ele estava se comunicando com o objeto em sua mão, a espada.

"Foi no vilarejo, Tursum! Sinto a presença de alguma energia maligna nesse lugar!"

"Pode ser que esteja atrás de nós?" Perguntou, enquanto observava o caminho a sua frente.

"Pode apostar que sim, meu caro. Afinal, quem é que não está atrás de nossas cabeças? Ou melhor dizendo, da sua, pois não vão conseguir arrancar nada dessa espada! Hahahaha!"

- As vezes me pergunto como é que eu te aguento, Nakil. – O mesmo dizia enquanto tentava farejar o cheiro de algum animal que pudesse estar ali próximo, mas aparentemente não havia nenhuma vida por ali. Até mesmo as plantas estavam morrendo.

"Todo gatinho precisa de um dono, Tursum. Agora vai logo pra aquele vilarejo!"

- Cala a boca e faz seu trabalho, elfo sujo.

"Já falei, seu gato imundo. Vai logo pro vilarejo! Não está vendo o caos que está acontecendo nessa floresta? Animais fugindo, plantas morrendo, e essa fumaça que só está aumentando."

Por mais que o leão escutasse a voz da espada em sua cabeça, fora dela nada podia ser escutado por ninguém. Apenas quem estivesse em contato com aquele objeto mágico conseguia escutar a voz de Nakil. E naquele momento, o único que conseguia escutá-lo era Tursum.

- Isso você já me disse... mas espere, estou ouvindo alguma coisa! – O mesmo guardou a espada na bainha que carregava em suas costas e então desceu com suas patas dianteiras para o chão, começando a correr como um verdadeiro felino. Ele saltava pelos obstáculos e arrancava qualquer outro com suas garras afiadas. Uma voz lhe chamou atenção, e ele não iria ignorar.

- Saiam daqui!!! – O garoto gritou com medo enquanto olhava para as duas criaturas que se aproximavam da cela em que estava preso

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Saiam daqui!!! – O garoto gritou com medo enquanto olhava para as duas criaturas que se aproximavam da cela em que estava preso. Com sangue escorrendo pela boca e várias feridas ao redor do corpo, aqueles dois seres antes humanos, agora só pareciam ter a vontade de matar.

Seu coração estava batendo de forma muito acelerada e ele mal tinha como se defender, não havia nada com ele exceto as roupas do corpo. -O que eu faço? O que eu faço!? – Disse deixando os pensamentos saírem novamente de sua cabeça.

ENOS - O Filho da Alvorada - O Despertar das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora