02.Blood

29 3 2
                                    


[Eu preciso de um amor sangrento
Você precisa de um amor sangrento
Eu sou extremamente sangrento, gosto de brincadeiras
Eu preciso de um amor sangrento
Você precisa de um amor sangrento...]

― DEATHGAZE - Blood

~Suzuki's POV~

Encontrar aquele baixinho na rua só contribuiu para aumentar minha vontade de matar, minhas veias estavam secas e eu precisava de sangue novamente. Que merda era aquela? Eu teria que me alimentar de cinco em cinco minutos?!

Comecei a caminhar sem rumo até que o número de pessoas na rua fosse zero e resolvi invadir uma casa com a fachada muito bonita por sinal e parecia estar vazia. Meus passos silenciosos me guiaram pelo corredor até que me enganei ao ouvir uma voz cantando na cozinha.

Caminhei mais silenciosamente ainda, quem quer que fosse não ouviria meus passos e eu me encostei no batente da porta, o observando. Ele possuía a mesma altura que eu, os cabelos eram escuros e desciam levemente ondulados até os ombros. Seu sorriso era bonito, principalmente as covinhas.

Ele estava preparando algo e o cheiro não me agradava de forma alguma.

― Devia aprender a cozinhar, cara... ― O moreno pulou de susto e soltou um grito, finalmente virando-se para mim e desligando o fogão. Comecei a rir, mas fechei a cara em seguida.

― Quem é você? O que faz em minha casa?!

― Sua casa? A partir de hoje você não precisará mais dela pois será minha e para onde vai não precisará de uma...

Ele pareceu não entender pois franziu o cenho e continuou a me encarar enquanto esperava mais respostas.

― Se não sumir da minha casa agora eu juro que chamo a polícia e você vai se ferrar!

― Como se a polícia fosse dar conta de mim... ― Ri outra vez e ele se tencionou ao saber que eu não estava brincando. Muito bem.

― Olha... Tem uma maleta com pingentes e todo tipo de jóia lá no meu quarto, pegue tudo e vá embora daqui por favor... Me deixe em paz, eu só peço isso...

― Oh, isso me parece bom, mas eu não quero as suas jóias ou objetos pessoais.

― N-não... Quer? ― Eu quis rir da cara de confuso daquele idiota, observando os olhos atentos procurando algo que o ajudasse a escapar. Neguei, sorrindo.

― Não, eu quero a sua vida.

Ele largou o avental após pensar muito e veio correndo com tudo em minha direção na intenção de passar. Cedi espaço e ele saiu correndo e gritando pela casa sem parar. Eu, claro, lhe dei um tempinho para que tentasse escapar, mas não demorei a correr atrás dele e o ultrapassei parando em sua frente. O mesmo paralisou e continuei a seguir em sua direção. Era legal testar os humanos...

― Aconselho a voltar para a cozinha, calado e sem nenhuma gracinha.

Voltamos para o cômodo e o mandei ficar sentado em cima do balcão, abri uma gaveta e encontrei diversas facas de cortes diferentes. Ele estava paralisado, ou melhor, apavorado.

― Como é o seu nome? ― Perguntei ainda olhando com fascinação os objetos feitos para cortar.

― Y-Yutaka... Vá embora!

― Não. ― Sorri de novo. ― Gostei daqui, você tem uma bela casa.

― Pelo amor de Deus, larga essa faca! O que quer fazer?!

― O que acha que alguém como eu faria com um objeto como esse aqui em minha posse? Vou cortar você em pedaços e usá-lo na sua comida ruim para mostrar quem cozinha de verdade. ― Os olhos redondos aumentaram de tamanho e ele começou a chorar.

Kuro DevilOnde histórias criam vida. Descubra agora