04.Downer

32 2 2
                                    


[Eu vou matá-lo. "PORRA"!
Você pensa que pode me enganar?
Corta essa!
Não adianta fazer isso]

― DEATHGAZE - Downer

~Matsumoto's POV~

Eu não conseguia tirá-lo da minha cabeça.

― Argh, Kou... Eu não vou porque não estou afim! Será que pode respeitar isso?! Tá... Se quiser passar aqui em casa mais tarde beleza, agora me deixa em paz. Até mais.

Desliguei o telefone e fui para a cozinha tentar preparar algo para comer, abri o armário da dispensa e encontrei um lámen. Seria aquilo mesmo pois a preguiça estava me corroendo como nunca e eu não tinha grana o suficiente para pedir comida.

Enquanto o meu grude não ficava pronto, resolvi ir para a assistir TV. Liguei o aparelho e no primeiro canal que coloquei estava passando anime. Desliguei na hora.

Por acaso já disse o quanto eu odeio animes? Sim, eu odeio e muito. Só porque sou japonês não significa que eu deva gostar de coisas daqui, significa? Porra... Seria melhor se eu tivesse ouvido o Kou e ido para a escola já que ficaria nessa porcaria de tédio.

A campainha tocou e eu fui atender, ignorando a minha quase nudez naquela manhã. Assim que abri a mesma, corei dos pés a cabeça. Era ele...

― Bom dia, Ruki-san!

― Reita?

― Sim, sou eu mesmo. ― Era impressão minha ou o meu mais novo vizinho estava me comendo com os olhos? Calma Ruki...

― Hm... O que faz aqui? ― Cruzei os braços em frente ao peito, a fim de passar uma imagem mais intimidadora e esconder meus mamilos. Ele estava rindo?

― Estou sem açúcar em casa, você foi a primeira pessoa que pensei. ― O sorriso... Era mentira, eu sabia.

― Por que não procura no mercado? ― Seus olhos aumentaram de tamanho, mas logo ele sorria sem parar. Sorrisinho maldito aquele...

― Ah, então quer dizer que o baixinho é meio revoltadinho? Bom saber disso... ― Ele bagunçou meus cabelos eu o fuzilei com o olhar. ― Estou sendo um vizinho educado, portanto quero receber o mesmo de você... Ruki.

― Tá bom, tá bom... Eu tenho açúcar. Só espera eu me vestir, entra aí...

Abri mais a porta e ele entrou fechando-a em seguida. Subi as escadas e peguei um jeans e uma camiseta de banda e depois de vestir, desci. A calopsita enfaixada estava sentada no meu sofá observando a sala e eu aproveitei para ir na cozinha e peguei logo um saco com 5 quilos de açúcar para que ele não me atormentasse mais e entreguei.

― Isso tudo?

― Sim. Para o caso de faltar. Agora será que pode dar licença?

― ... Está me expulsando?

― Não. Só um aviso porque tenho muita coisa para fazer e...

― Então eu fico! ― O loiro sentou-se no sofá e atirou o saco de açúcar em um canto qualquer ligando a TV. Bufei e ele me encarou. ― Algum problema?

Cara, eu vou matar esse filho da puta...

― Nenhum. ― Comentei com um suspiro.

― Pode continuar o que estava fazendo. Finja que eu não estou aqui e será mais fácil.

O ignorei e subi as escadas, o que aquele cara tinha? Por que não ia para a casa dele ao invés de me perturbar?! Tudo bem que ele era gostosão e tudo mais, mas eu não merecia uma personalidade daquelas.
Desci cerca de três horas depois e reparei que Reita não estava mais na sala, provavelmente deveria ter se cansado e foi embora. Menos mal, agora eu teria privacidade.

Kuro DevilOnde histórias criam vida. Descubra agora