Elise?!

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Assim que o relógio marcou 21:00 horas, eu me certifiquei de que estava tudo certo, meus pais achavam que eu tinha ido dormir mais cedo.
Tranquei a porta, pulei a janela e sai correndo com um louco.
Cheguei na escola, e em frente a enorme entrada da Beacon Hills hight School fiquei pensando por onde poderia entrar. Provavelmente tudo estaria bem trancado
- Que merda - Falei comigo mesmo
- Eu sei, as janelas estão fechadas - Disse uma voz atrás de mim, e com o susto acabei pulando pra trás. Era Elise, estava no segundo ano, fazia química comigo e literatura com Ally. Nunca falei muito com ela, na verdade, acho que a unica coisa que já disse à ela foi "Que horas são?". Também nunca vi ela e Ally conversando. Seria possível Elise ter recebido a carta também?
- Sim - Ela respondeu do nada e eu me assustei ainda mais. Caralho será que ela pode ler mentes?
- Não, eu não leio mentes - Disse rindo de mim - A tua expressão te entrega, leitura corporal - Falou dando ombros.
- Você também recebeu a carta?
- Sim.
- Por que? Nunca te vi falando com Ally.
- Quando eu souber eu te respondo, mas enquanto isso, por que não achamos um jeito de entrar?
- Se ao menos a porta estivesse aberta - Falei me apoiando e a mesma abriu me fazendo cair.
- Nossa, foi fácil né? - Elise falou entrando e me deixando no chão - O espírito da Ally deve ter aberto porta pra gente - ela disse ironicamente.
Nós fomos até o corredor de armários e chegamos em frente ao de Ally, e no momento em que tirei o pé de cabra da mochila, Elise colocou a combinação no cadeado do armário
- Como caralhos você sabia a combinação do armário?
- Estava na carta - Falou como se fosse óbvio enquanto balaçava a carta.
- Não na minha, sabe o que isso quer dizer?
- Que a Ally queria que você virasse um delinquente que invade escolas e arromba armários?
- Não sua imbecil, ela queria que nos encontrassemos aqui, o quer dizer que as cartas não estão vindo pelo correio, tem alguém as entregando se não elas chegariam em datas diferentes.
- Vai tomar no olho do seu cú, eu não sou imbecil, não sou obrigada a adivinhar o que você está pensando.
- Garota você escutou o que eu acabei de falar? - Falei gritando - E vem cá e aquele negócio de leitura corporal? - Falei sarcástico.
- Como eu disse, não sou obrigada.
- Tá, tanto faz - Falei abrindo o armário o armário que estava completamente vazio, exceto por um papel grudado na parede de ambo.
"Tyler e Elise

Espero que tenham feito o que pedi, pois vão precisar um do outro para descobrirem tudo, bom ela sabe a senha e você exatamente onde fica o próximo local.
Bom, quem não se lembra da floresta dos carvalhos? Foi lá que fiz meu aniversário de 15 anos onde tudo deu errado, lembra Tyler? O bolo ficou cheio de terra por causa do vento e começou a chover no meio dos parabéns, a chuva foi tão forte que um galho caiu em cima do bolo com terra, fazer aniversário ao ar livre dá nisso.
Eu me perdi e você me achou Tyler. Eu estava assustada e quando você me achou falou que estava me procurando por horas, me abraçou e disse que ia ficar tudo bem. Acho que sabe onde está a próxima carta, tenho certeza que sabe e é lá onde tudo começa
Xoxo シ"

- Floresta dos carvalhos? Eu não fui convidada pra essa festa - Elise falou em tom melancólico.
- Você não morava aqui ainda inteligência suprema
- Olha você não me arrasa não, eu tenho problema de memória sabia? - Ela disse brava.
- Sério?
- Não, mas poderia ta.
- Vai se foder.
- Vai você.
- Desde quando piranha vive fora d'gua? - Disse irritado.
- Quando foi que os jumentos evoluiram e começaram a falar?
- Não sabia que fetos abortados conseguiam sobreviver, mas você é a prova viva hein - E nesse momento algo inesperado aconteceu, Elise se alterou um pouco - muito - E me atacou.
- Sai garota, me solta me larga, me solta me largaaaa - comecei a gritar.
- Eu vou te mataaar - Ela disse com tanta seriedade que eu acreditei e senti um frio me perceber.
- Puta que pariu, socorro, alguém, sai de mim sua louca - Então ela parou subitamente.
- Você ouviu isso? - Ela perguntou.
- Isso o que? - Então ouvi o som de sirenes.
- É a polícia - Falei.
- Fodeu, fodeu - Elise falou se levantando
- Corre viado,corre - Ela gritou saindo correndo em disparada com as mãos pra cima
- Ei me espera - Sai correndo também.
- Corre pela tua vida.
Então vi o armário do zelador e a puxei pra dentro de ambo. Estava escuro e o armário era pequeno .
- Tyler..
- Cala a boca eles estão se aproximando. Disse olhando pelo pequeno buraco na porta.
- Tyleeer...- Ela sussurava um pouco nervosa.
- Cala a porra da boca, vão nos achar, fica quieta.
- T..Tyler eu tenho.... Claustrofobia - Falou com a voz falha caindo no chão
- Que droga Elise - Falei tentando achar a porta
- Elise...
- Oi - Ela respondeu sem ar e tremendo
- Não tem maçaneta.
- Eu vou morreeeer - Ela disse quase sem voz - Diga a minha mãe que eu...eu à amo.
- Elise, respira, caralho - Entrei em desespero
- Socorro - Comecei a bater na porta - Socorroo, alguém.
Então fez-se a luz e dois policiais apareceram.
- Ajudem ela, ela ta morrendo - Eles pegaram Elise e a tiraram da pequena sala, e devagar ela começou a abrir os olhos.
- Eu....Eu morri? Eu tô no céu? Jesus é você? - Ela falou tocando em meu rosto
- Ufa, ela ta bem.
- Bem? Ela acha que você é Jesus - Falou um policial.
- seu policial, ela é doidinha assim mesmo
- Sendo assim, mãos para o alto - Falou o policial enquanto o outro algemava Elise - Você tem o direito de permanecer calado, caso contrário, tudo o que você falar pode ser usado contra você no tribunal.
- Tribunal? Caralho a gente só invadiu a escola, e a porta ainda tava aberta - Falei.
- Ele ta brincando seu polícia, a gente não invadiu nada não.
- Calados.
- Santa Balbina, tu me salva da morte, pra eu morrer de um jeito pior? - Elise falou olhando pro alto
- Santa do quê?
- É a santinha da minha religião, eu que criei, se chama elisianismo - Ela respondeu sorrindo. Eu dei de ombros, os policiais nos levaram "Gentilmente" para o carro, seguindo rumo a delegacia.
- Eu não posso morrer, tenho prova de fisica amanhã.
- Mas a gente só ta indo pra delegacia, eles não vão nos matar.
- os meus pais vão, os seus não se importam?
- O que? Puf, claro que não - Falei tentando parecer convincente, mas não pareceu dar certo.
- Chegamos - Falou um dos policiais, que nos tirou muito "Gentilmente" do carro
- Ai cuidado, ta achando que eu sou um saco de batatas? - Elise falou.
- Bem que você podia fazer uma dieta, ta gordinha - Falei e mal tive tempo de reagir, só vi Elise se soltando do policial e correndo em minha direção
- Sai malucaaa, eu vou morrer, socorro policial, me ajuda - Falei enquanto Elise distribuía socos e os policiais riam.
- Ta achando que aqui é bagunça? - ela falou gritando - Eu vou chamar os mano da minha quebrada tu vai ver, eu sou doida
- Eu seeeii, socorrooo.
Dois minutos depois os policiais tiraram Elise de cima de mim
[....]
- Invasão, vandalismo e furto, vocês sabem o que isso significa? - Perguntou o delegado.
- Pera lá, ninguém roubou nada, a porta estava aberta e eu só fui pegar alguns livros no meu armário - Falou Elise, me deixando surpreso com sua habilidade de mentir.
- Os policiais viram o pé de cabra - Retrucou o Delegado.
- Eles estavam drogados, devem ter fumado muito pó de tang, eles estão loucões de DelVale.
- Como se fuma pó?
- Garota posso te prender por desacato.
- Fala sério, não fizemos nada de errado - Me pronunciei.
- Tudo bem - Ele falou um pouco mais calmo - Vou ligar para os pais de vocês.
- Então Elise me cutucou mostrando que não havia nenhum policial do lado de fora e entendi o que ela quis dizer.
- Okay senhor delegado, o número é 8254..... - Então ela pegou um amontoado de papéis que estava em cima da mesa e jogou contra o delegado, porém os papéis não se separaram, continuaram. amontoados, acertando em cheio. o rosto do delegado que caiu desacordado.
- Caralho - Falei olhando o delegado - Elise tu matou o policial puta que pariu
- Foi sem quereerr - Ela falou entrando em desespero e correndo em direção ao homem caído no chão.
- E... Eli... Elise.
- Shh, não fala nada morre caladinho se não eu vou lembrar de você morrendo e chamado meu nome e eu vou ficar com peso na consciência e não vou conseguir dormir a noite, então morre caladinho sssh - Ela falou tudo muito rápido e ele se levantou subitamente, fazendo Elise se assustar
- Vocês estão pres....- Antes que ele terminasse a frase Elise jogou novamente os papeis no delegado.
- Qual a porra do teu problema - Falei gritando em desespero.
- Corre corre.
- Você é louca meu Deus.
- Obrigada - Por mais tensa que fosse a situação, estávamos realmente achando tudo aquilo engraçado.
Depois de um longo tempo correndo paramos ofegantes.
- Meus Deus, se você tivesse visto sua cara quando achou que tinha matado ele - Falei rindo, de nervoso? Provavelmente.
- Cala a boca Tyler - Ela falou fingindo chateação e rindo logo em seguida.
- Temos que ir a floresta dos carvalhos, na carta Ally disse que você sabia onde é o lugar.
- E eu sei, mas está muito tarde, iremos amanhã após a aula.
- Tudo bem, até mais Tyler - Elise falou calmamente sorrindo enquanto ia embora, não parecia a garota alterada que momentos antes quase matou um delegado, estava meiga.
- Até Elise

letters - StydiaOnde histórias criam vida. Descubra agora