Capítulo 64 - Especial

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Mais um ano passou... Mais um ano sem o Luke...

Sophia: Mamã! Quando eu posso abrir os presentes? - agarrou na minha mão. Peguei-a ao colo.

Eu: Quando for 00:00. Você sabe muito bem disso, querida. - ela cruza os braços. Sempre que chega à época natalícia, é sempre assim.

Sophia: E que horas são? - olhei para o meu relógio de pulso.

Eu: 22:18.

Sophia: Ainda falta tanto tempo. - fez uma careta.

Eu: Porque você não vai brincar com a sua primo?

Sophia: Ele é muito chato. Só quer brincar de carrinho, e eu quero brincar de boneca.

Eu: Porque não tentam arranjar uma brincadeira que ambos gostam? - ela sorriu. Coloquei-a no chão e a mesma correu para fora da sala.

Ela é tão parecida com o Luke... Herdou o jeito de Luke. Sempre quer tudo à sua maneira e se não conseguir, fica amuada.
Ela não lembra do pai... Ela tinha apenas 1 ano e já faz 6 anos desde que aquele acidente aconteceu... Queria que Luke estivesse aqui...

Sinto alguém colocar a mão no meu ombro. Me viro para trás.

Pai: Ainda não conseguiu superar a perda? - me olhou preocupado. Sinto os meus olhos arderem.

Eu: É tão difícil. - abraço-o, deixando as lágrimas caírem - Custa-me ver a Sophia passar todos os dias festivos e todos os outros dias sem o pai... Ele faz tanta falta...

Sophia: Mamã! - correu até mim. Limpei as lágrimas.

Eu: Fala, querida.

Sophia: O Tiago rasgou o meu desenho! - mostrou a folha rasgada. No mesmo instante, Tiago aparece na sala.

Tiago: Foi sem querer, tia!

Sophia: É mentira!

Eu: Pelo amor de deus! Sophia, é apenas um desenho, depois você faz outro! E, por favor, não briguem, pelo menos hoje que é Natal! Façam as pazes.

Sophia: Nunca! - saiu da sala irritada.

Tiago: Avô, vamos brincar! - o meu pai soltou uma pequena gargalhada.

Pai: Vamos, meu brincalhão. - pegou na sua pequena mão e saíram da sala. Também saí da sala. A minha mãe continuava olhando para as decorações de Natal, mas que vício é esse? O meu irmão e a Filipa estavam " in love " perto da cozinha. A minha filha apenas estava encostada à parede, ainda amuada por causa do desenho rasgado. Os meus tios conversavam alegremente e o meu primo apenas mexia no seu telemóvel. Apenas falta o meu Luke...

Ouço alguém tocar à campainha. Vou até à porta e abro a mesma.

Mas que... O que é isto!? Mas... Isto é impossível... Não... Eu só posso estar sonhando...
Sinto os meus olhos arderem.

Eu: Não é possível... - falei já deixando algumas lágrimas caírem.
Ele pega na mimha mão, mas logo me solto.

Luke: Bea...

Eu: Não... Não pode ser você...

Luke: Sim, Bea, sou eu.

Eu: Não! Você morreu! - ele colocou a mão na minha boca, me calando.

Luke: Fala baixo, por favor. - puxou-me para fora de casa e fechou a porta - Por favor, deixa-me explicar.

Eu: Explicar o quê!? Não tem nada para explicar! Você morreu!

Luke: Não, eu não morri!

Eu: Eu vi você dentro do carro, sangrando!

Luke: Não era eu! - olhei nos seus olhos.

Eu: Era você! Eu tenho a certeza!

Luke: Deixa eu explicar o que realmente aconteceu. - não falei nada - Quando eu liguei para você, eu estava mesmo voltando para casa. Só que fui por um atalho, foi aí que apareceram uns caras do gangue rival. Eles me levaram para o seu esconderijo.

Eu: E porque eles fizeram isso!?

Luke: Você sabe como é. Vingança e diversão. Eles queriam ver você sofrer, colocaram um cara qualquer, que passou por várias cirurgias para ficar igual a mim, num carro e esse cara causou o acidente. - ele pegou no seu celular e mostrou uma foto do a acidente - E se você reparar, esse carro é um Volkswagen e o meu é um BMW.

Ele tem razão...

Eu: Então porque você só voltou agora? - deixei mais algumas lágrimas caírem.

Luke: Tive que arranjar uma maneira de conseguir fugir e fazer com que eles não me seguissem. - pegou na minha mão - Você não sabe o quanto me custou ficar longe de você e da Sophia. Todos os dias eu pensava em vocês... Eu ainda te amo... - olhou nos meus olhos. Aproximou-se. Roçou os seus lábios nos meus e celei os nossos lábios.
Mas que beijo tão bom. Eu sinto tanta falta disto. Que saudades destes momentos...

Eu: Tive tantas saudades tuas, Luke. - o abracei - Você quer entrar?

Luke: Gostaria imenso. - abri a porta, entrei e logo depois ele entrou.

Eu: Espera aqui. - vou até à sala e reparo que todos estão lá. Voltei para junto do Luke - Vem. - voltei para a sala, mas desta vez Luke me seguiu, mas não apareceu na sala - Peço a vossa atenção, por favor. - olharam para mim.

Mãe: Aconteceu alguma coisa, querida? - olhei para Luke e o mesmo só se limitou a sorrir.

Eu: Hoje reapareceu uma pessoa muito especial. - soltei um grande sorriso.

Sophia: O papai Noel? - abriu um grande sorriso e os seus olhos brilharam. Soltei uma pequena risada.

Eu: Não, querida. - a peguei ao colo. Apontei para fora da sala, onde estava Luke. O mesmo sorri ao ver a filha e Sophia olha para ele confusa.

Sophia: Mamã, quem é este homem? - Luke aproximou-se. Ele a pegou ao colo. Neste momento, já todos olhavam surpresos e confusos.

Luke: Seu pai, querida. - Sophia olha para mim.

Eu: É verdade.

Sophia: Papá? - perguntou ainda um pouco confusa - Papá! - sorriu e envolveu os seus braços no pescoço de Luke, que já estava com os olhos marejados.

Ainda não acredito... Pai e filha, finalmente juntos.

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Olá, olá meus amores! Yeeeeah, o Luke não morreu, ele sempre esteve vivo!! 👐👐 Sou tão boazinha ao fazer este final!! ❤️U

O irmão da minha melhor amiga 2Onde histórias criam vida. Descubra agora