Blood Rose | Yoo Taeyang

Capítulo 4

   O primeiro dia de aula chegou voando, antes que eu percebesse já estava usando meu uniforme e acordando cedo para ir para o Colégio.
   Felizmente eu não ia ter que andar até o Colégio, que fica à bairros da minha casa, já que a irmã do Dawon ia nos levar.
   -Não sabia que você tinha uma irmã - olho para Dawon.
   -É eu tenho, só que ela é uma universitária chata.
   -Eu estou ouvindo Dawon! - uma garota se aproxima segurando a chave de um carro -Prazer em conhecê-la, Lee Ahra.
   -Park Hyerin.
   -Ah, então você é a baixinha que Dawon tanto fala! - ela me olha -Mas você não é baixinha.
   Dawon faz uma careta e belisca o braço da irmã, que lança um olhar assassino na direção dele. Entramos no carro e somos levados até o Colégio.
   Chegando lá me deparo com um prédio grande. Descemos do carro e encontramos Rowoon parado na frente das escadas que levam ao prédio do Colégio.
   -Bom dia Hyerin! - ele me cumprimenta com um sorriso.
   -Bom dia.
   -Que desagradável ver sua cara logo de manhã - Dawon fala.
   -Roubou as palavras da minha boca - Chani fala se aproximando -Bom dia, Hyerin.
   Rowoon revira os olhos.
   -Vamos entrar? - Dawon fala me puxando para dentro -Você sabe em que sala você ficou?
   -B.
   -Wow ficamos na mesma sala! - Rowoon começa a andar do meu lado.
   Dawon faz um bico.
   -Vou pedir para mudar de sala, não é justo!
   Começo a rir.
   -Você ficou na A?
   -É.
   -Oi Hyerin! - Jaeyoon se aproxima com os cabelos bagunçados.
   -Oi - sorrio.
   -Você já conhece o Colégio? - Rowoon passa a mão pelo cabelo.
   -Não.
   -Eu te mostro então - Dawon o interrompe -Vamos baixinha?
   -Vamos mostrar juntos - Chani fala -Antes que vocês comecem a brigar.
   -Por que eu brigaria com ele? - Rowoon aponta para Dawon.
   -Vamos Hyerin, deixa esses dois aí - Jaeyoon faz um sinal e eu sigo atrás dele.
   Enquanto ando pelos corredores da escola, seguida pelos meninos, sinto a sensação de estar sendo observada. Olho em volta e não vejo ninguém além de nós no corredor, nenhum dos meninos parece estar olhando para mim.
   -Está tudo bem? - Rowoon olha para mim.
   -Por que não estaria?
   -É que você estava fazendo uma cara esquisita.
   -Pensei que... - o sinal toca me interrompendo.
   Rowoon pega minha mão e começa a me levar em direção à sala de aula.
   -Vamos pegar um lugar perto um do outro!
   -Ok.
   A aula começa. Rowoon está sentado do meu lado.
   -Muito bem pessoal, eu sou a sua professora de Matemática. Sejam bem-vindos.
   A aula segue sem que nada de interessante aconteça, não demora muito para que o sinal do intervalo toque.
   -Vamos Hyerin! - Rowoon me chama.
   -Pode ir na frente, vou no banheiro primeiro.
   -Você consegue achar sozinha?
   -Sim.
   Um minuto depois, eu estou completamente perdida pelos corredores do Colégio.
   -Céus, daqui a pouco acaba o intervalo e eu to aqui perdida - suspiro.
   Olho em volta preocupada, mas não vejo nenhum ponto que eu reconheça.
   -Por que essa escola é tão grande!
   Sinto alguém cutucar meu ombro, me viro. Me deparo com um garoto um pouco mais alto do que eu.
   -Você está perdida? - ele pergunta com um leve sorriso no rosto -Quer ajuda?
   -Na verdade estou... - sorrio envergonhada -Se você puder ajudar...
   -Onde você quer ir? - ele pergunta me encarando.
   -Na lanchonete.
   -Ah, eu estava indo para lá - ele dá um sorriso -É só me seguir.
   -Ah, ok.
   Ele olha para mim enquanto caminhamos para o corredor, envergonhada eu mantenho meu olhar na parede.
   Céus, ele é muito bonito.
   -Você se mudou recentemente para cá?
   -Sim, por isso eu estava perdida - dou uma risada.
   -Então prazer em conhecê-la, Yoo Taeyang do Primeiro ano.
   O nome dele combina com ele, dou um leve sorriso com o pensamento.
   -Park Hyerin, segundo ano.
   -Então você é mais velha - ele dá outro sorriso encantador -Chegamos.
   Levanto o olhar e vejo que à lanchonete da escola, não muito longe dali vejo os garotos. Dawon acena para mim.
   -Obrigada pela ajuda - dou um sorriso -A gente se vê por aí.
   Ele dá uma piscadela e se afasta.
   Vou até a mesa dos garotos.
   -Por que demorou tanto? - Rowoon pergunta.
   -Eu me perdi... - passo a mão em meus cabelos envergonhada.
   -Eu devia ter ido com você - Rowoon fala com um suspiro.
   -Não precisa ficar envergonhada Hyerin, ainda é seu primeiro dia aqui - Jaeyoon fala com um sorriso.
   Inseong me oferece comida, eu aceito e me sento do lado dele e de Hwiyoung, apesar dos protestos de Dawon.
   -Por que você não sentou aqui - ele fala com um bico.
   -Por que eu estou com a comida - Inseong fala piscando, me fazendo rir.
   -Hyerin - Hwiyoung me chama baixinho.
   -Sim?
   -Por que você estava com aquele garoto? - ele me olha sério.
   -Ele me ajudou à chegar aqui, algum problema nisso? - pergunto confusa.
   -Nada demais... - ele olha pro lado.
   -Ei Hyerin, falei com a coordenadora e ela deixou eu mudar para sua sala -Dawon sorri animado.
   -Que saco - Rowoon revira os olhos.
   -Não deixa ele sentar perto de você Hyerin - Chani fala me olhando.
   -Por que?
   -Ele vai te atrapalhar na aula e vai fazer você ser expulsa da sala.
   -É mentira baixinha! - Dawon protesta.
   -Não é não - Hwiyoung fala me olhando.
   -Como vocês sabem disso? - Inseong pergunta.
   Olho curiosa para os dois mais novos.
   -Um dia ele estava numa palestra com a gente e ficou jogando bolinhas de papel na gente - Hwiyoung começa.
   -Aí a professora viu e nos expulsou da sala! - Chani completa.
    Dawon lança um olhar para eles.
   -Hyerin você não pode acreditar no que esses dois falam!
   -É sua cara fazer isso! - Jaeyoon fala rindo.
   Dawon se levanta e vai até Jaeyoon, que se levanta e saí correndo. Dawon o segue.
   -Esses dois não se cansam - Inseong fala -Eles fazem isso desde que éramos pequenos...
   Levanto o olhar para Inseong.
   -Vocês são amigos de infância? - pergunto mexendo no saquinho de salgadinhos em cima da mesa.
   -Sim - Inseong responde -Eu aturo eles desde criança.
   -Você tem algum amigo de infância Hyerin? - Rowoon pergunta com um sorriso.
   -Amigo não, é uma amiga - dou sorrio me lembrando de Minsoo -Mas não nos falamos mas depois que eu me mudei - Faço um bico.
   -Agora você tem a gente - Rowoon pisca para mim.
   Dou um sorriso fraco. O sinal toca.
  
(...)

   Depois da aula, enquanto eu andava pelo corredor, eu trombo com o garoto de mais cedo.
   -Hyerin - ele dá um sorriso galanteador.
   -Oi - sorrio desviando o olhar. Ele é realmente bonito.
   -Você consegue achar o caminho para a saída? - ele ri.
   Faço uma careta.
   -Isso eu consigo.
   Ele dá um sorriso que faz meu coração acelerar.
   -Você mora muito longe?
   -Sim, por que a curiosidade? - pergunto para ele.
   -Queria saber se eu poderia te acompanhar até sua casa, vai que você se perde.
   -Muito engraçado.
   -Hyerin! - Dawon me chama do outro lado do corredor -Vamos!
   Olho para Taeyang e depois para Dawon.
   -Até mais Taeyang - me despeço com um aceno e vou até Dawon.
   -Quem é aquele? - Dawon pergunta enquanto caminha do meu lado.
   -Eu conheci ele hoje, ele me ajudou quando eu me perdi na hora do intervalo.
   -Aah - Dawon fala com uma expressão não muito feliz.

(...)

   Na delegacia não tem muito o que fazer. Muitos casos arquivados não possuem provas suficientes para que eu possa resolve-los ou qualquer outro policial possa.
   -Não tem nada para mim resolver mesmo? - pergunto para Youngbin com um suspiro.
   -Eu não tenho culpa Hyerin - ele responde -Estamos no mesmo barco.
   -Não podemos lidar com esse caso recente?
   Youngbin me olha com um olhar sério.
   -Você sabe que seu pai te proibiu de se meter nesse caso né?
   Reviro os olhos e faço uma careta.
   -Isso não faz sentido!
   -As vezes ele está fazendo isso para te proteger - Juho fala.
   -Esse caso é pequeno comparado com os outros que eu já resolvi!
   Youngbin e Juho arqueiam as sobrancelhas. Suspiro e reviro os olhos, encosto na mesa.
   O telefone de um dos detetives toca, observo quando ele o atende e a expressão dele muda na hora. Ele se levanta.
   -Temos um assassinato pessoal!
   Me levanto imediatamente e começo a seguir o detetive do telefone, mas Youngbin segura meu braço.
   -Onde você está indo?
   -Dar reforço!
   -E você tem autorização? - ele pergunta me olhando.
   Suspiro.
   -Ei! Vocês três, andem logo! - um outro detetive fala.
   Dou um sorriso e me solto do Youngbin.
   -Agora eu tenho.
   Juho e eu deixamos a delegacia, Youngbin nos segue e pega o carro.
   -Você acha que é ele de novo? - Juho pergunta.
   -O serial killer? - falo animada -Pode ser, se a cena tiver a assinatura dele.
   -Se for o serial killer, não vamos poder nos envolver - Youngbin fala olhando o retrovisor -Não fomos colocados para investigar esse caso.
   -E nenhum outro - Falo decepcionada.
   Chegando no local nós descemos do carro, uma equipe já está na área que está isolada. Passamos pelas fitas da polícia e andamos até o corpo.
   Franzo as sobrancelhas, o corpo é de uma garota. Ela parece ter por volta de 18 anos e foi morta por estrangulamento. Percebo uma coisa, nas mãos da vítima há uma rosa vermelha, me aproximando um pouco consigo perceber que ela está molhada de sangue. Sinto um calafrio percorrer meu corpo, aquela rosa era muito parecida com as que eu estava recebendo.
   -Foi ele - um dos detetives fala -É mais um assassinato do nosso serial killer - ele fala com um suspiro.
   -Quantas pessoas ele precisa matar para a gente pegá-lo? - outro detetive pergunta -Já é a sexta vítima!
   -Youngbin aquela rosa, por que ela está ali? - pergunto ainda assustada.
   -Acho que é a assinatura dele...
   Engulo em seco e desvio o olhar do corpo.
   -Quer procurar por pistas? - Juho olha para mim, ele não parece ter olhado nenhuma vez para o corpo.
   -Pode ser.
   Andamos por volta do local atrás de pistas, não muito longe dali encontro uma caixinha de suco.
   -Hey Juho! - chamo por ele, que se aproxima - Você acha que pode ser uma pista?
   -Parece que sim, vou chamar alguém.
   Não demora para Juho voltar acompanhado de um homem mais velho.
   -Uma caixinha de suco?! - ele ri -Vocês só podem estar brincando! Alguma criança deve ter largado aqui! - ele volta a rir - Uma pista?!
   Olho irritada para ele.
   -Tenho certeza que pode ser uma pista! - suspiro.
   -Talvez não seja nada Hyerin - Juho fala me olhando.
   Suspiro mais uma vez e então decido tirar uma foto da caixinha de suco. Juho me encara confuso.
   -Só por garantia - guardo meu celular -Essa marca de suco não é muito comum por aqui, talvez esteja ligado.
   -Você não vai desistir dessa ideia né.
   -Não.
   Juho e eu voltamos para onde o corpo está, assim que chegamos lá encontramos Youngbin.
   -Achou alguma coisa? - pergunto ansiosa.
   -Nada - ele suspira.
   Escuto o barulho de um carro, me viro e me deparo com meu pai. Assim que ele me vê ele arqueia uma sobrancelha.
   -O que você está fazendo aqui? - ele pergunta num tom mais rude que o normal.
   -Pai - olho para ele.
   -Sr. Park, eu posso explicar - Youngbin começa -Não tinha muitos detetives na delegacia e precisavam de mais pessoas, por isso a gente venho.
   -Pensei que não queria Hyerin metida nesse caso - ele me lança um olhar -Você lembra do nosso combinado certo?
   -Tsc - olho irritada para ele e me viro pronta para ir embora -Qual o problema em eu me envolver nesse caso? - bufo e sigo para casa.