Capítulo 10

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    Era 17:00 da tarde quando enfim, depois de muita busca, encontrei a casa de Taeyang. A casa era grande e bonita, ela chamava atenção logo de cara e mostrava que a pessoa que morava ali tinha bastante dinheiro.
    Me aproximo do portão e toco o interfone. Não demora muito para que uma voz feminina fale.
    -Eu vim visitar o Taeyang.
    O portão se abre, me asustando. Passo por ele e vou até a porta.
    -Você deve ser Hyerin - a moça me dá um sorriso gentil -Me siga, vou te levar até Taeyang.
    -Você é a Nari? - questiono enquanto a sigo para dentro da casa.
    -Isso - ela sorri.
    Ela me acompanha por uma grande sala com vários quadros e vasos espalhados pelo ambiente. Olho impressionada para cada cômodo que passamos, aquela casa era incrível e muito encantadora. Subimos uma escada muito chique, não demora para pararmos na frente de uma das muitas portas do enorme corredor que se entende pela frente.
    -Tae, sua amiga chegou - Nari empurra porta.
     Entramos num quarto grande e bonito. Havia um par de portas de vidro que levava para uma larga varanda e havia mais duas janelas no quarto. Taeyang estava sentado em uma cama de casal grande e refinada.
    -Wow! Você não estava de brincadeira quando disse que era rico - me aproximo da cama dele e ele sorri.
    -Hyerin, que bom que você veio.
    Sorrio e me sento numa cadeira, aí está do lado de sua cama.
    -Você está se sentindo melhor?
    Ele me encara com um sorriso.
    -Sim, um pouco.
    -Entendo... - olho para ele séria -Tae, eu tenho algo para te perguntar.
    -Pode falar.
    -Você... - começo -Você... estava no local do sexto assassinato? O assassinato do serial killer que está a solta.
    Taeyang me encara sério e então ele dá uma risada estranha.
    -Do que você está falando? Por que eu estaria lá?
    -Eu sei que o que eu vou falar pode parecer bobo mas... - pego a foto do meu celular -Tae esse é o suco que você toma não é?
    Ele olha para meu celular por um tempo.
    -Sim, mas o que isso tem a ver?
    -Eu encontrei essa caixinha na cena do crime e bom essa marca não é muito comum...
    Tae segura minhas mãos, me surpreendendo.
    -Hyerin, eu juro que eu não tenho nada ver com isso.
    Encaro ele por um tempo.
    -Eu... - engulo seco - acredito em você... Você não ia ter motivo para estar lá - sorrio nervosa.
    -Você tem que confiar em mim! Eu não nada a ver com isso! - ele aperta minhas mãos.
    -T-tudo bem - puxo minhas mãos das dele.
    -Mas... Por que você quer saber? Você está investigando esse caso? - ele me pergunta parecendo nervoso.
     -Sim, sozinha - olho para a porta de vidro -Meu pai não quer que eu investigue, mas isso só faz com que eu fique mais curiosa ainda.
    Taeyang fica me encarando por um tempo.
    -Hyerin, você precisa me prometer uma coisa.
    Volto minha atenção para ele.
    -Me prometa que você não vai mais investigar esse caso.
    -O quê?! - me afasto dele -Por que eu iria fazer isso?
    -Apenas me prometa, por favor!
    Confusa, eu caminho pelo quarto.
    -Tae, eu não posso...
    Escuto a porta do quarto se abrir, Nari entra com uma expressão de desespero no rosto.
    -Senhorita, você precisa sair daqui! - ela pega minha mão -Você precisa sair agora!
    -O-o que houve? O que está acontecendo? - pergunto enquanto sou puxada.
    -Ela está aqui?! - Taeyang pergunta também desesperado.
    -Sim, mas esse não é nosso maior problema. Youngkyun está aqui e ele... - Nari engole em seco -Ela fez aquilo com ele de novo.
     -Nari, tire Hyerin daqui! Não deixe que ninguém a veja! - Tae fala nervoso -Use a porta dos fundos!
    Nari começa a me arrastar para fora do quarto sem que eu possa fazer nada.
   -Quem é Youngkyun? - pergunto para ela -Por que tenho que fugir dele?
    -Senhorita - Nari faz um sinal para que eu fique quieta.
    Sigo ela pelo corredor. Ela me manda esperar enquanto verifica as escadas e então faz um sinal para que eu desça. Sigo escadas abaixo atrás de Nari, e então vejo uma mulher no telefone quando passamos pela sala de jantar.
    Tenho o vislumbre de um rosto fino e bonito. Longos cabelos castanhos caem em seus ombros, um vestido preto e colado mostra um corpo cheio de curvas. Aquela devia ser Minna, a madrasta de Taeyang.
   Passamos rapidamente, sem que ela nos visse e fomos para a cozinha. Nari me leva até a porta dos fundos e me empurra pro lado de fora.
   -Desculpa, senhorita! Apenas saía daqui, o mais rápido possível! - ela fala me encarando e fecha a porta.
    Fico parada no lugar completamente desamparada.
    -O que foi isso? - pisco -Por que eu tenho que ir embora?
   De repente a porta se abre, me assusto. Um garoto está parado na minha frente com um sorriso maligno no rosto.
    Ele se aproxima de mim. Arregalo os olhos quando o reconheço.
    -Hwi-Hwiyoung? - fico parada completamente em choque.
    -Hyerin - ele se aproxima -Acho que você não devia estar aqui...
    -Hwiyoung por que você está aqui?
    -Por que você está  aqui? - ele se aproxima -Você não devia ter se metido onde não é chamada - ele dá um sorriso assustador.
    Me afasto assustada.
   -Você é o Youngkyun? - engulo em seco.
   -Estou surpreso por você não saber meu nome - ele se aproxima de mim -Você não devia ter se metido com Taeyang.
    -S-seu nome? - dou um passo para atrás para me afastar dele -Hwiyoung eu...
    O olhar dele faz minhas pernas tremerem, aquele não era o Hwiyoung que eu conhecia.
    -Hyerin, você nunca devia ter falado com Yoo Taeyang - ele me encara com ódio -Você nunca devia ter se apaixonado por ele!
    -Eu... Como você sabe? - começo a gaguejar, ele estava me dando muito medo.
    -Você não devia! - ele grita.
    -P-por favor! - começo a implorar sem que eu perceba -Eu posso te ajudar! Você não parece muito bem, eu posso te ajud...
    -Me ajudar?! - ele dá uma risada sarcástica -Eu pareço precisar de ajuda?!
   Assustada eu me afasto mais, ele estava irritado. Hwiyoung se aproxima me prendendo contra a parede.
    -P-por favor... - sussurro.
    Por que ele está fazendo isso?
    -Você está com medo? - ele sorri -Seu rosto assustado é absurdamente mais bonito.
   -Hwiyoung, por quê? 
   -Hyerin, se você tivesse se apaixonado por mim em vez dele... - ele puxa algo prateado do bolso -Mas agora é tarde demais!
   O gelado metal da faca encosta no meu rosto. Estremeço, eu nunca tinha visto aquele olhar assassino dele.
    -Acabou para você!
    Fecho os olhos com força, esperando sentir a dor da faca me perfurando. No entanto, eu não sinto nada e apenas escuto um grito de dor.
   Abro os olhos confusa e vejo Hwiyoung no chão, na parte lateral da testa dele um pouco de sangue escorre. Taeyang está de pé do meu lado, ele tem uma pedra na mão.
   -Tae! - corro até ele, sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
   Eu nunca tinha sentido tanto medo em minha vida.
   -Você está bem? Ele te machucou? - ele me abraça.
   -Estou - seco minhas lágrimas -V-você não devia estar fora da cama!
    -E você devia ter ido embora.
    Escuto uma risada e olho para Hwiyoung se levantando. Ele caminha rapidamente até Nari e a segura com a faca no pescoço dela.
     -Hyerin, você  precisa ir embora! - Taeyang me empurra e franze o rosto de dor, suas costelas iam demorar semanas para curar, elas ainda deviam doer.
    -Mas... - olho para Nari e Hwiyoung aterrorizada.
     -Vai! Eu cuido das coisas por aqui - ele me faz um sinal -E não chame a polícia.
    Sem opções, eu saio correndo em lágrimas tentando entender tudo o que havia acabado de acontecer.

(...)

   Deitada na minha cama eu tento colocar tudo o que eu passei em ordem, mas dúvidas enchiam minha cabeça. Por que Hwiyoung estava lá? Por que ele estava agindo daquele jeito? O que Taeyang tinha a ver com os assassinatos? Por que eu não deveria me envolver?
    Suspiro e rolo na minha cama. Meu telefone vibra com uma mensagem de Juho falando para ligar à TV. Me levanto e desço as escadas apressadamente, ligo a TV assim que chego no andar de baixo.
    -E mais uma vez por causa da incompetência da policial de pegar o assassino em série, uma pessoa perdeu sua vida. Kang Eunjoo, morreu nessa noite de domingo...
    -Até quando isso vai continuar - minha mãe pergunta.
    Me levanto e sigo o caminho para meu quarto. Enquanto passo pelo corredor, eu percebo que a porta do escritório do meu pai está entreaberta. Olho em volta e vou até ela, talvez eu pudesse achar alguma anotação dele com pessoas que ele talvez suspeitasse de ser o assassino.
   Entro no escritório e caminho até sua mesa. Mantenho a luz desligada e pego meu celular para usar como lanterna. Abro uma das gavetas, percebo um amontoado de folhas. Pego uma delas.
   -Seguro de vida? - pisco surpresa -Beneficiário Park Joonha?
   Tiro as outras folhas da gaveta, havia mais de dez. Pego elas e levo para meu quarto.
    -Que estranho, por que meu pai é beneficiário de tantas pessoas?
   Olho os nomes com cuidado e então percebo uma coisa em um dos contratos.
   -Kang Eunjoo... - tento me lembrar do lugar em que eu havia visto aquele nome e então me lembro -Ah! Essa é a vítima do último assassinato!
    Rapidamente abro a porta do meu armário e afasto as roupas. Comparo os nomes dos seguros com os da vítimas e então encontro um padrão.
    -Você só pode estar de brincadeira! Por que raios esses seguros tem meu pai como beneficiário?
    Não fazia o mínimo sentido, nada n
daquilo fazia.
   
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Se tiver algum erro me avisem!
 
 

   
   

Blood Rose | Yoo TaeyangOnde histórias criam vida. Descubra agora