Pov's ???
Olho para o lado de fora da janela do carro. Observo cuidadosamente quando Taeyang começa a atravessar a rua. Ligo o carro e acelero.
Taeyang olha em minha direção e arregala os olhos. Sorrio e freio o carro. O garoto é acertado com tudo por meu carro e jogado não muito longe dali. Volto a ligar o carro e dou a volta para sair dali, no entanto um carro bate frontalmente com o meu.
Me preparo para o impacto que me deixa sem ar.
-Merda! - rapidamente puxo meu capuz e saio do carro.
Me afasto dali correndo, o que eu tinha para fazer já estava feito.(...)
Caminho de um lado para o outro nervosa. Taeyang havia sido enviado para a ala de emergência, uma parte do hospital que eu não podia entrar.
-Você vai fazer um buraco no chão desde jeito - Youngbin me entrega um copo com chá -É de camomila.
-Eu não preciso disso.
Youngbin me segura pelos ombros me fazendo parar de andar, ele me empurra para uma cadeira e me entrega o copo.
-Eu sei que ele é amigo seu, mas não vai adiantar nada andar de um lado para outro.
Encaro ele e tomo um pouco do chá.
-Eu só estou preocupada...
Escuto o barulho da porta da sala de emergência e vejo uma médica, me aproximo dela.
-Doutora, ele está bem?
Ela me encara.
-Você é irmã dele?
-Não, eu sou uma amiga...
-Ele está bem, no entanto quebrou duas costelas e vai ter que permanecer no hospital.
Sinto um alívio percorrer meu corpo, ele está vivo!
-Eu posso vê-lo?
A médica olha para seu celular e depois volta a olhar para mim.
-Sinto muito, mas nós temos que transferi-lo para um quarto e apenas familiares podem ter acesso. Mas creio que amanhã durante o horário de visita você vai poder vê-lo.
Olho para Youngbin e ele toca meu ombro.
-É melhor irmos, você pode voltar amanhã.
Olho para a porta da ala de emergência e solto um leve suspiro.
-Tudo bem...
No dia seguinte, assim que acordei fui direto para o hospital para visitar Taeyang. Pedi por informações na entrada do hospital e me dirigi para o quarto. Entro no elevador e aperto o botão para o 10˚, chegando no andar eu caminho até o quarto 76 e bato na porta.
Assim que escuto uma voz dando uma confirmação, eu entro no quarto e fico impressionada quando percebo o quão chique é o quarto. Taeyang abre um sorriso quando me vê.
-Hyerin, não esperava te ver por aqui! - meu coração acelera com seu sorriso.
-Não sabia que você é rico - faço uma careta enquanto me sento ao lado da cama dele -Acho que você não vai precisar disso então - mexo a sacola.
-O que é isso?
-Eu cozinhei isso para você - tiro o pote com comida da sacola -Mas acho que você não vai querer essa comida, afinal você é rico.
Taeyang faz uma careta.
-Não é só porque sou rico que não vou querer comer sua comida.
-Então você não vai nem me contrariar sobre ser rico? - entrego o pote para ele.
-Não tem como te fazer pensar o contrário, o meu quarto já diz tudo - ele dá de ombros -Mas eu não me importaria de ficar em um quarto menos luxuoso, isso aqui são caprichos da minha família.
Ele abre o pote e o cheiro de comida enche o quarto fazendo ele sorrir. Tae pega um pouco da comida e coloca na boca.
-Ficou bom, não sabia que você era tão boa cozinhando!
Encaro ele.
-Não precisa me agradar, eu sei que não ficou tão bom...
Ele sorri.
-Está realmente bom Hyerin, só acho que o arroz ficou sem sal...
Faço uma careta.
-Esses curativos na sua mão são resultado da comida? - ele olha para minha mão que está com três dedos cheios de curativos.
Sorrio enquanto coloco a mão na cabeça.
-A faca escapou - olho para as minhas mãos -Umas três vezes.
Ele pega uma das minhas mãos.
-Você não precisava cozinhar se fosse para se machucar.
-Isso não é nada - sinto minhas bochechas queimarem -Mudando de assunto, como você está?
-Com dor, mas bem - ele coloca mais comida na boca.
-Você lembra do que aconteceu?
-Mais ou menos... Eu só lembro de um carro acelerando em minha direção e de sentir muita dor.
-Então você acha que não foi um acidente?
-Não sei - ele dá de ombros.
Taeyang me entrega o pote vazio, assim que termina de comer.
-Obrigado pela comida - ele sorri.
Devolvo o pote para a minha sacola. Escuto uma batida na porta, me viro.
-Taeyang? - uma voz feminina o chama -Posso entrar?
Taeyang me encara com desespero.
-Hyerin você precisa se esconder! - ele sussurra para mim.
-P-por que? - me levanto.
-Rápido! Apenas se esconda! - ele me empurra e aponta para o armário.
Vou até ele e entro dentro, eu não fazia a mínima ideia do que estava acontecendo. Escuto o barulho da porta se abrir e logo em seguida o barulho de saltos batendo no chão.
-É claro que você está sozinho - a voz feminina fala com um riso -Quem ia querer ser amigo de alguém como você? Um imprestável.
Engulo em seco, quem raios era aquela mulher?
-Saí daqui Minna! - Taeyang fala com a voz alterada.
-Qual é Taeyang, sua mãe não te ensinou a ser educado com os mais velhos? - ela ri -Ah, ela morreu. Então seu pai não deve ter ensinado - ela dá uma risada mais alta -Ah, ele também morreu!
-Cala boca! Saí! - Taeyang grita mais uma vez.
-Sabe eu tive sorte por Youngkyun não ter te matado quando decidiu te atropelar - ouço um suspiro -Não sei o que se passou na cabeça daquele menino.
Youngkyun? Quem é esse?
-Então foi ele - Taeyang fala em voz baixa -Ele quase me matou!
-Ah, não se faça de desentendido meu amor. Você sabe que nós só te mantemos vivo por causa da herança que você vai receber.
Herança? Respiro fundo.
-Você não vai conseguir esse dinheiro! Nunca!
O mulher ri alto e então escuto um gemido de dor.
-Isso dói Taeyang? - escuto mais um gemido.
-Pare com isso-o...
Escuto os passos da mulher vindo na direção que eu estou.
-Você não tem opção Tae, o dinheiro é meu e ponto final.
-Não me chame de Tae!
Engulo em seco quando escuto o barulho do salto dela parar na frente do guarda-roupa. Meu coração acelera, ela havia me descoberto?
Mas então eu escuto o barulho de alguém batendo na porta.
-Com licença, está na hora do medicamento do Sr. Kim.
-Tsc, te vejo depois Taeyang. Temos muito do que tratar - o barulho do salto vai diminuindo até que enfim suma.
Espero a enfermeira deixar o quarto para sair do guarda-roupa.
-Tae! Você está bem? O que aconteceu? - corro até a cama dele.
Ele franze a cara.
-N-não precisa se preocupar.
Levanto a blusa dele e vejo um pequena mancha de sangue se formando em suas ataduras.
Ele me encara chocado e com as bochechas coradas.
-Taeyang, você tem muito o que me explicar - encaro ele -Mas antes vou chamar uma enfermeira.
Ele segura meu braço.
-Hyerin, você não precisa fazer isso... Você não devia se meter nisso...
-Apenas fique quieto - sorrio -Eu já estou metida até o pescoço nessa sua estória, eu ouvi o suficiente para estar.
Depois da enfermeira verificar os ferimentos de Tae e fazer um novo curativo, nós enfim estávamos sós para falar do que aconteceu.
-Faça as perguntas que você quiser - Tae fala -Eu responderei todas.
-Tudo bem então - respiro fundo -Quem era aquela pessoa?
-Aquela era Minna, minha madrasta.
-O que ela quis dizer com herança?
Taeyang me olha sério, mas antes que ele possa começar a contar a estória por trás daquilo, uma enfermeira entrou e disse que o horário para visitas tinha se esgotado.
-Taeyang - seguro a mão dele -Aguente firme, eu vou te ajudar.
Ele sorri.
-Espero que você possa fazer isso...
Chegando em casa, a primeira coisa que eu percebo é a ausência dos meus pais. Meu pai estava no trabalho e minha mãe saiu para jantar com amigas. Era minha chance.
Subo as escadas e imediatamente arrisco abrir a porta do escritório, um ato completamente sem sucesso. Me apresso até meu quarto, pego um grampo de cabelo e volto para a porta.
-Vamos lá!
Enfio o grampo na porta e começo o processo de arrombamento, me mantenho concentrada enquanto giro o grampo, até que escuto o click da porta se abrindo.
Sorrio e entro no escritório, caminho até a mesa do meu pai e abro as gavetas a procura da pasta do caso. Demoro apenas um minuto para encontrá-la. Caminho até a impressora e começo a tirar cópias.
-Nunca pensei que eu precisaria fazer algo desse tipo... - suspiro.
Enquanto uma das últimas cópias está sendo feita, meu telefone toca.
-Alô
-Hyerin, sou eu - escuto a voz de Juho.
-O que aconteceu? - pego umas folhas que saíram da impressora.
-Ele atacou de novo, o assassino que usa rosas...
-O quê?!
-Estou indo para o local e eu estive pensando no que você disse sobre investigar o caso de qualquer jeito, e eu decidi te ajudar.
Quando escuto o que ele fala quase deixo as folhas em minhas mãos caírem.
-Não sei, se vai ser preciso Juho - olho para as folhas em minha mão -Mas vou querer as informações do novo assassinato.
-Tudo bem então - escuto alguém o chamar -O dever me chama, ligo mais tarde para você - ele faz uma pausa -Dê uma olhada na televisão, parece que já tem jornalistas por aqui.
Desligo o telefone e pego as últimas folhas que foram copiadas. Me apresso para devolver a pasta original no lugar e tento fechar a porta com o grampo de novo, o que não deu certo.
-Tsc, depois eu arranjo um jeito - fecho a porta e desço as escadas apressadamente.
Ligo a televisão e me jogo no sofá.
-Nessa noite de sexta, mais uma pessoa foi vítima do assassino em série. A vítima é uma mulher de 40 anos. A polícia diz estar analisando pistas para encontrar o culpado, mas nada de relevante foi achado. Até quando teremos que ter medo de sair de nossas casas?
Suspiro e desligo a TV.
-Até eu resolver esse caso! - volto para meu quarto e começo a organizar as folhas que tirei cópias.
Abro meu guarda-roupa e afasto os cabides. Eu iria usar o fundo dele para organizar tudo. Ando até minha escrivaninha à procura de barbante e alfinetes, mas não encontro nada.
Escuto o barulho da porta no andar de baixo, me apresso para guarda tudo e desço as escadas.
-Oi filha - minha mãe me cumprimenta.
-Você já voltou mãe - sorrio.
-Eu trouxe para você - ela balança uma sacola -Comida japonesa.
-Obrigada mãe - pego a sacola -Você tem barbante e alfinetes?
Ela me encara enquanto tira os sapatos.
-Deve ter, eu já olho.
Depois de jantar e pegar o barbante e os alfinetes, voltei para meu quarto e tranquei a porta.
Sorrio.
-Está na hora de resolver esse caso.------------------------------
Desculpa a demora gente...
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Blood Rose | Yoo Taeyang
FanficHyerin teve que se mudar para uma nova cidade, o que ela não esperava era que nesse novo lugar sua vida iria virar de cabeça para baixo. Um assassino. Um mistério. Uma paixão. Qual será o desfexo dessa estória?