As manhãs de segunda sempre me deixavam cansada, porém agora, pareciam muito mais cansativa do que qualquer outra. Minhas costas doíam, e eu me sentia estraçalhada. Ter dormido tarde havia sido apenas um daqueles bônus que só sabem foder com a vida.
Por isso, eu só iria para a Gabriel á tarde. Conseguiria um atestado para está manhã, e tudo ficaria bem. Não queria pensar nisso, apenas queria ficar agarrada ao meu cobertor e meu travesseiro, entretanto, querer não é poder.
A campainha soou, e eu bufei. Quem e por que estava tendo a bendita audácia de encher meu saco em uma segunda as sete da manhã, sabendo que eu estaria no trabalho? Rolei os olhos, com tédio, enquanto me levantava. Ajeitei a camisola que eu usava, e passei a mão sobre os fios de cabelo que cismavam em ficar para cima. Cruzei o apartamento descalça até a porta.
— Bom dia!
O tom animado de Alya me fez franzir o cenho. Ela não ligou para minha expressão curiosa e nem um pouco contente por sua espécie de invasão tão cedo. Adentrou meu apartamento com um sorriso.
— O que foi?
— Vai me cumprimentar assim?
— Ok, ok. — Suspirei, fechando a porta e caminhando até ela. — Bom dia, flor do dia! A que devo a honra da sua presença no meu humilde apartamento?
Alya revirou os olhos, e me estendeu uma sacola plástica.
— Vim te trazer isso!
Novamente, encarei-a com curiosidade. Hm.
Fez um gesto para que eu abrisse logo, e eu dei de ombros. Olhei dentro da sacola, onde havia uma pequena caixinha. Assim que peguei na mão, percebi que era um daqueles testes de farmácia para descobrir o sexo do bebê. Olhei para Alya, que sorriu.
— Eu sei que você pode estar querendo esperar, mas não estou me aguentando mais de curiosidade!
Acabei rindo com seu jeito ansioso.
— Tenho que concordar... — Acariciei minha barriga. — Também estou morrendo de curiosidade sobre isso.
— Então vamos! Faz logo!
— Calma. Preciso ler as instruções e...
Alya suspirou, e me puxou até o quarto, me enfiando no banheiro em seguida.
Lemos juntas as instruções dadas pela caixinha. Precisava fazer xixi em um recipiente, coletar com a seringa e colocar no copinho, depois chacoalhar e esperar por dez minutos. Pelo visto, precisava ser com a primeira urina do dia, o que não era problema, não havia ido ao banheiro ainda, porém...
— Não posso fazer.
— Por que?
— Eu e Adrien... transamos no sábado. Menos de quarenta e oito horas.
Alya suspirou.
— Mas... ainda posso fazer a sexagem fetal.
— É... acho que tem um laboratório aqui perto...
— Acho que podemos ir lá, não vou trabalhar essa manhã.
Alya e eu trocamos um sorriso animado.
*****
Podia afirmar, com uma certa firmeza, que Alya seria uma ótima madrinha para o meu bebê, por mais doida que fosse.
Havia feito o exame, cujo resultado somente sairia no próximo dia, mas antes, Alya me fizera fazer o exame de farmácia que havia comprado. Não fiquei tão surpresa como ela quando a solução acabou com uma mistura esverdeada, que segundo a embalagem, significava que um menino estava a caminho. Mýlene havia me dito sobre a possibilidade de ser um menino na consulta, e eu já havia considerado tal possibilidade como uma possível certeza. Se o exame da sexagem confirmasse, era capaz que pudéssemos adotar como uma verdade.
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Can't Keep My Hands To Myself.
FanfictionUma noite de bebedeira poderia resultar em muitas coisas. Para Marinette, aquela havia resultado em uma ótima noite em um motel com um desconhecido bonito e deveras atraente, denominado "Chat Noir". Ela só não imaginava que, de uma noite casual, qu...