Parte 13 - Viagem à Paris II

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Apesar de ter virado rotina, acordar ao lado de Klaus, com seus cabelos, agora longos, formando ondas no travesseiro, sua mania de dar breves sorrisos enquanto dormia, ou até mesmo o fato de ele ocupar a cama inteira, quase me jogando pra fora dela, parecia ser, para mim, uma surpresa a cada dia que passava.

Estar com o homem que eu amava, e que eu tinha a certeza que possuía um sentimento verdadeiramente recíproco, era um tanto quanto mágico para mim. Naquele dia, em especial, era quase impossível de acreditar: eu estava apaixonada, ali, no lugar mais apaixonante do mundo. Eu não poderia ser mais sortuda.

- Sabe que, olhando assim tão fixamente para mim enquanto eu durmo, você parece aqueles psicopatas de filme de terror que invadem a casa da mocinha e ficam observando cada passo dela - disse Klaus, enquanto espreguiçava.

Seus olhos, que ficavam de um azul mais forte pela manhã, refletia a luz do sol que entrava pela fresta da janela.

- Bom dia pra você também, Sr. Romântico. Gosto de observar você dormindo, pois nem assim você deixa de ser tão lindo.

Klaus se curvou para dar um beijo em meus lábios, e nesse instante, fomos interrompidos pelo barulho de alguém batendo na porta.

- Que horas vocês pensam que são? Levantem, atrasadinhos! Eu já estou pronta, e aposto que vocês nem sequer levantaram da cama. Vou pro meu quarto e daqui há 20 minutos quero vocês dois vestidos.

- Sim, senhora - nós gritamos, quase ao mesmo tempo - Klaus, eu esqueci que havíamos prometido a Maddie que iríamos leva- lá no Museu do Louvre hoje, e ela odeia ficar esperando, então, ou levantamos agora ou teremos que aguentá-la de mau humor o resto do dia, e acredite: é um evento catastrófico que você não quer presenciar.

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No trajeto do hotel até o Museu do Louvre, passamos por ruas e construções que me soavam familiar, até eu me lembrar já ter visto elas em algum documentário com o meu pai. Imaginar que aquelas cenas de televisão estavam se materializando diante dos meus olhos era tão fascinante que, por um instante, uma lágrima se formou no canto dos meus olhos.

Já há alguns metros do Museu era possível distinguir a pirâmide do Louvre, a famosa construção de vidro datada de 1984, que havia se tornado um ponto de referência na cidade. Além dela, o Museu abrigava mais cinco torres ao longo de sua construção.

Após visitarmos algumas alas em que ficavam obras e esculturas variadas, fomos visitar a mais famosa e controversa do mundo, a Monalisa.

Localizada no primeiro andar da Ala Denon, no fundo de um salão e protegida por uma espécie de vidro de segurança, lá estava ela, posando para incontáveis fotos tiradas a cada segundo por milhares de turistas empolgados.

O meio-sorriso esboçada por ela, tão enigmático e que vinha sendo objeto de discussão ao redor do mundo, sempre parecia pra mim, acima de tudo, um deboche, como se ela pensasse "Idiotas, vocês nunca conseguirão me decifrar, nem que passe 1 milhão de anos".

Imersa em meus pensamentos, não pude evitar que uma lágrima rolasse em meu rosto. A emoção de estar ali, realizando um sonho de criança, tomou conta de mim de forma avassaladora, e, enquanto Klaus se entretia com Maddie e suas selfies ininterruptas, eu me peguei chorando, enquanto agradecia silenciosamente à Deus por tudo o que estava acontecendo em minha vida.

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Era nossa última noite em Paris, e nós
havíamos decidido jantar em um restaurante que Klaus dizia ser o seu preferido na cidade. Enquanto nos aprontávamos para sair, percebi a demora de Madison para se arrumar, o que era estranho, já que ela costumava estar pronta quase uma hora antes de sairmos, permanecendo o restante do tempo nos apressando.

Mr. Lovely JonesOnde histórias criam vida. Descubra agora