Capítulo 10

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Saio atordoado da casa de meus pais

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Saio atordoado da casa de meus pais. Eu não acredito que meu pai foi capaz de fazer isso comigo. Tudo que fiz nesta vida foi para deixa-lo orgulhoso e agradá-lo mas nada é o suficiente. Estou exausto de esperar aprovação dele. Basta. Pela primeira vez em 26 anos, tomarei as rédeas de meu futuro.

Dirijo até o único lugar que preciso no momento: nos braços de Ana. Vou até seu condomínio, contudo, meu coração para com o que eu vejo ao me aproximar da portaria do condomínio dela.

Ana e seu ex-namorado Vitor chegando juntos na portaria rindo, parece terem saído para almoçar, porém, é a fisionomia de felicidade que está estampada no rosto dela que me faz parar e não estacionar o carro para ir até seu encontro. Aparentemente a chegada de Vitor fez ressurgir seus sentimentos antigos e claramente não há espaço para mim na sua vida mais.

Eu fui um idiota de achar que eu poderia competir com alguém que está na vida de Ana há 10 anos, sendo que nos conhecemos há um mês atrás apenas. Eu a amo e esse é motivo suficiente para deixa-la com quem lhe faz feliz mesmo que não seja comigo.

Passo reto de seu condomínio, paro na rua seguinte e coloco as mãos no rosto. Perdi três pessoas importante para mim nesta manhã. Sinto como se tivessem colocado uma faca em brasa no meu peito.

Meu celular toca e penso que é Ana, meu coração se enche de esperança mas vejo que é Gabriel, meu melhor amigo, me convidando para almoçar. Ele é a única pessoa que me resta para desabafar, respondo a mensagem confirmando e saio com o carro em direção ao nosso restaurante que costumamos comer.

Chego antes de Gabriel no restaurante e me sento em uma mesa qualquer. De repente ouço alguém me chamando. Olho para trás e vejo um homem, provavelmente da minha idade, caminhando até mim. Ele é loiro, bem alto e me parece muito familiar.

- João? Não se lembra de mim? Sou o Túlio. Fomos amigos na adolescência.

Me lembro na hora. Nós fomos amigos todos os anos de escola mas perdemos contato ao acabar a escola. Me levanto para cumprimenta-lo.

- Túlio? Claro que me lembro de você. Quanto tempo, cara.

- Acho que uns 7 anos nós não nos vemos.

- Quase isso. Como você vai?

- Estou ótimo, trabalhando muito. Sou jornalista e estou noivo- ele mostra a aliança todo orgulhoso.

- Legal, cara. Fico feliz por você.

O celular dele toca.

- Preciso encontrar minha noiva. Vamos combinar de sair- ele pega um cartão na carteira- me mande uma mensagem para combinarmos, assim você conhece Margot, você vai adorá-la.

Pego o cartão e assinto.

- Claro, vamos sim.

- Até mais- ele bate nas minhas costas e vai embora.

Me sento de novo para esperar Gabriel e meu celular toca. Uma foto de Ana no parque posando com uma árvore aparece na minha tela. Ana estava me ligando.

Com amor, AnaOnde histórias criam vida. Descubra agora