O museu ainda não me retornou sobre o formulário que preenchi me candidatando à vaga. Tento não perder a esperança mas é difícil. Passo o dia com a minha mãe em minha casa, pois ambos estamos com medo de meu pai aparecer novamente e fazer mais algum escândalo.
Eu e minha mãe passamos o dia assistindo o filme "A culpa é das estrelas" juntos, afinal, ela nunca teve esse luxo em sua vida. Se meu pai chegasse em casa e a visse sentada, ele ficava furioso. Quando o longa chega ao fim, minha mãe chora como criança e tenho até de pegar lenço de papel para ela.
Quando o fim da tarde chega, resolvo ir para meu quarto ler um livro. Contudo, tudo que consigo pensar é no fato que Ana não me ligou e nem mandou mensagem. Eu teria ligado para ela se meu pai não tivesse aparecido aqui e depois que o mandei embora, resolvi que os problemas de minha mãe eram mais importantes que minha vida amorosa.
Entretanto, agora não consigo evitar a vontade louca de ouvir a voz de Ana. Pego meu celular e, finalmente, disco seu número. Meu coração bate forte enquanto espero a ligação completar. Depois de o que parece uma eternidade, uma voz masculina atende:
- Alô?
- Hã...Quem fala? - pergunto após um silencio constrangedor
- É o Vitor
Sinto como se eu tivesse levado um soco no estômago.
- A...A Ana está?
- Ela está dormindo, João mas quando ela acordar eu aviso que você ligou. Tudo bem?
- Tudo bem...Obrigada- e desligo.
Então, Ana e Vitor estão mesmo juntos. Eu fui um idiota de pensar que eu poderia competir com Vitor. Acho
que nossa história, realmente, acabou.
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Com amor, Ana
RomanceAna, uma sucedida jornalista tem tudo que sonhou quando adolescente: seu próprio apartamento, seu diploma, um trabalho que gosta e um namorado. Contudo, tudo muda quando esse mesmo namorado termina o relacionamento por meio de uma carta. Sendo assim...