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Brad C

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Brad C. James

Uma vez eu havia pensado no fato de que até as festas tinham suas rotinas, faz apenas dias que eu tivesse esse pensamento para ser honesto.

Mas aquela mesma rotina estava impregnada naquela fraternidade agora. Como sempre.

Vozes altas, música alta, risos, pessoas se pegando a cada esquina dos corredores da casa grande, a galera bebendo, dançando e se divertindo cada um da sua maneira.

Já estávamos todos de banho tomado, todos arrumados e todos dentro da casa. Todos passavam por nós nos dando os parabéns pela vitória.

E eu sorria, porque mais um jogo ganho, mais um passo para campeonatos mais avançados.

Os caras se deliciavam com a vantagem que era vencer, jogar e ser popular. As garotas em cima, muitos parabéns, e muito sentimento de vitória.

Eu sei o que eles sentem agora, porque eu costumava sentir.

Agora eu sinto ainda, mais de maneira diferente. Não com várias garotas, só com uma.

E eu estava mais que satisfeito.

Amber chegou quase no mesmo instante que eu em frente à festa. Entramos juntos e ficamos lá.

Suas amigas não quiseram participar porque foram arrumar as malas para um viagem que fariam na segunda-feira. Não perguntei muito, eu só quero ficar na companhia de Amber. Depois de prometer para Stacy que a deixaria viva no dormitório ela foi embora.

- Bom saber que quando eu não estiver por perto outro alguém pode te proteger - Eu disse em relação a Stacy. Estávamos encostados na parede da sala de estar, conversando.

Eu gosto disso. Conversar.
Claro que eu gosto de estar sob o corpo dela, dentro dela, beijando ela. Mas o diálogo é importante, e eu nunca tinha reparado nisso.

- Gostou do carro do Travis? - perguntou ela, sorrindo com divertimento

- Pra caramba. Aquele capô amaçado é moda?

- Claro que é meu amor. Você está muito desconectado das coisas que acontece no mundo - disse ela fingindo drama

- Como aquilo aconteceu? - perguntei curioso - Tem a ver com vocês chegarem nervosos no jogo?

- Você notou?

- Eu noto tudo em você, Boneca.

- Bom... - suspirou - Travis não sabia chegar até o jogo, sabia só ir até a entrada da cidade. Eu fiquei aborrecida morrendo de medo de acontecer o mesmo do jogo passado e gritei com ele, ele acabou batendo o carro na lateral de uma árvore.

- Caraca - eu disse. Ela assentiu - Ainda bem que não aconteceu nada grave.

- Sim, ainda bem mesmo. Mas fiquei nervosa Brad, não queria que acontecesse o que houve no jogo passado e...

- No jogo passado tinha o David - eu disse - Agora só tem eu e você.

Ela ia falar alguma mas Mirela e Kit chegaram perto de nós.

- Vocês formam um belo casal - Mirela disse encostando com Kit na parede ao nosso lado. Éramos os únicos afastados na festa que acontecia ao nosso redor.

- Quem diria que eu veria meu amigo e capitão da maneira que estou vendo agora - Disse Kit negando com a cabeça

- Maravilhosa. Essa é a palavra que te define Amber. Pra entrar nesse coração de gelo.

- O coração dele não é de gelo, só tem que entrar com jeitinho - ela disse

- Garotos - ouvimos umas vozes. Era os caras do Vôlei, inclusive, David.

Amber sentiu meu desconforto no segundo que o notei, eu podia sentir o olhar dela em cima de mim. Tobby Walker se aproximou de nós e seus colegas atrás.

- Parabéns pela vitória - ele disse, é um dos principais do time de vôlei. Assim como David Taylor.

- Obrigado - Kit disse

- Vamos levar a UFH para a melhor universidade em questão de jogos - Outro alguém disse - Afinal, já somos melhores em todo o resto.

- Festas principalmente - David abriu a boca olhando ao redor - Essa aqui é um exemplo. Bebidas. Drogas. Pegação.

Os amigos sorriram ao concordar

- Parabéns, Brad - David apertou minha mão - Você consegue tudo o que quer.

Eu senti o toque de provocação. Quando eu estava prestes a responder Amber colocou a mão no meu braço.

Eu calei a boca. Por ela.

Não quero ter que falar com ela sobre Tessa Taylor. Não agora que estamos bem.

- Beleza, vamos nos divertir. Nos vemos por aí - Os colegas dele disseram e se espalharam pela festa. David foi atrás sem olhar para nós. Mas eu sabia que esse filho da puta estava aprontando algo.

Desde que eu comecei a desconfiar que ele só começou a dar aquela atenção toda a Amber por causa da pequena intriga que houve entre nós no semestre passado.

- Ei, que tal a gente ir beber algo? - Amber perguntou pra mim. Eu assenti olhando pra ela.

- Eu vou buscar, vem comigo Amber? - Mirela se desgrudou de Kit e foi junto de Amber para a cozinha. Eu estava tenso e aquilo é óbvio.

Minha vontade é de tirar David dessa festa, porque eu senti um toque diversão em seu olhar, a provocação em sua voz.

Grande filho de uma puta.

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QUERIDO, BRAD.Onde histórias criam vida. Descubra agora