Tudo é Tempo

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Modo Narrador

Desde aquela noite meses se passaram, Regina e Emma ficaram cada vez mais próximas apesar das desavenças. Elas sempre superavam todas. Primeiro se tornaram amigas, para em seguida confidentes e tudo se fortaleceu cada dia mais. Não havia nada o qual não conversavam ou contavam uma a outra. Ambas acabaram unindo suas empresas, Emma com a Swan airlines sendo uma das maiores companhias de viagem e Regina, uma das mais procuradas para o desenvolvimento de aeronaves... e assim permanecem.

POV - Regina

Eu não consigo descrever a alegria que sinto quando estou perto de Emma; Nos entendemos tão bem, eu posso falar sobre tudo com ela sem sensuras. Fazia muito tempo que não me sentia solitária e é verdade que sempre me senti em certos momentos. Ela era como uma luz. Hoje temos um jantar e será na minha casa, não sei bem o que preparar, acho que o de sempre que ela ama comer, fastfood. Eu não aprecio esse tipo de refeição, mas ela ama. Liguei rapidamente para entregarem em casa, tomei uma dose de whisky puro para aliviar minha ansiedade. Era sempre assim quando ela vinha até meu apartamento. Fico angustiada para que chegue logo, algo em mim não me deixava querer perder um minuto com ela por atrasos. Vesti uma calça jeans colada e uma camisa de seda confortável, mas estava descalça. Eu realmente não precisava mais de formalidades com ela e Zelena já tinha voltado a tempos para seu próprio apartamento. Assim que escutei a campainha tocar dei um salto do sofá e fui abrir a porta. Recebi ela com um enorme sorriso que eu nunca conseguia conter.

- Regina! - Ela disse tão sorridente quanto eu, e partiu para um caloroso abraço.

- Emma. - respondi me sentindo querida com o abraço. - calma, se não vamos cair no chão.

Ela me soltou e foi entrando como de costume, tirando seus sapatos para ficar como eu. 

- Que dia cansativo! - se jogou no sofá - Estou exausta, o que tem pra comer? Também estou morta de fome.

- Adivinha. Vamos ver se é boa de palpite. - Respondi erguendo uma das sombrancelhas.

Ela levou um dos seus dedos sobre os lábios fazendo um bico e olhando para cima.

- A cola da resposta não está no teto, sinto muito. - sentei ao seu lado.

- Na verdade eu estava pensando no que eu iria querer de prêmio. - Falou ainda pensativa com um tom de divertimento.

- Está tão certa assim que vai acertar a resposta?

- Sim. Com certeza é fastfood.

- Como pode saber com tanta certeza?! - Franzi o cenho.

- Bom. Sua cozinha está limpa, não estou sentindo cheiro de comida, você está sem avental e você sempre cozinha de avental... Então... Fastfood. - Disse de forma divertida.

- Você está muito espertinha para o meu gosto Emma Swan. Acertou. - Confirmei sem tirar meus olhos dela.

- Então, justamente preciso pensar no que eu quero... Posso responder depois?

- Sim, pode. - Permiti, para logo em seguida anunciarem que a comida chegou.

Comemos e conversamos por algum tempo. Emma quis tomar um gole de whisky, e outro e mais um e assim fui notando que ela estava quase chegando ao seu limite.

- Regiiinnaa. - Ela disse com a voz mole se esticando. - Senta mais perto.

Por alguma razão aquilo me deixava com uma sensação estranha, mas me sentei. Eu sentia frio na barriga. 

- Calma Emma, pronto, estou bem perto. - Ela apoiou a cabeça em mim.

- Eu já estava com saudades. - Resmungou.

É verdade que eu e Emma não nos víamos a alguns dias, ela teve que administrar algumas reuniões com outras empresas concorrentes que ela queria comprar e eu, cuidando de novos projetos. Discutimos a pouco tempo sobre eu apenas fornecer desenvolver aeronaves para ela, seria algo pouco amplo, eu diria até arriscado, caso algo desse errado para ela, iríamos juntas entrar em uma crise. Era um caso a se analisar.

- Também senti sua falta Emms. - Falei serenamente.

- Emms... Eu gosto quando me chama assim. - Disse erguendo a cabeça para me fitar nos olhos, ficando assim por quase um longo um minuto de silêncio - Eu quero te dizer algo. -  Conclui sem tirar os olhos do meu.

- Oque foi? - Perguntei receosa; ela me fitou como se estivesse procurando as palavras.

- Nós somos grandes amigas não somos? Nós somos como unha e carne. 

- Sim! Claro! Eu estou aqui para tudo o que precisar! - Disse firmemente.

- Eu também. - Ela disse lentamente por que estava embreagada - Mas... Ultimamente tenho notado algo diferente... -  Parou de falar.

- Oque Emms? - Perguntei preocupada.

- Emms... Ela disse entre um sorriso - É que... Eu acho que estou apaixonada por você.

Aquelas palavras me pegaram completamente desprevenida. O mundo ao meu redor girou e eu fiquei sem reação. Parecia que meu estômago estava repleto de borboletas e por alguma razão eu tive uma imensa vontade de sorrir. O mundo estava desmontando.

- Emma... Eu falei, dessa vez sendo eu quem procurava as palavras com a garganta engasgada - Emma... Você está com outra pessoa, você namora. - Ela permaneceu me olhando sem dizer uma palavra - Emma?

- Mas estou apaixonada por você. - reafirmou.

Minha vontade era de dizer eu também! Por que era verdade, um sentimento explodiu dentro de mim, mas Emma estava bêbada e poderia ser apenas o álcool, talvez amanhã a conversa seja completamente diferente e ela se arrependa. Além disso, ela estava namorando uma garota e eu estava prestes a ficar dois anos fora do país.

- Emma. - Comecei a dizer - Vou ser honesta com você, eu sinto o mesmo mas... Você está embriagada e além disso namora e eu gosto da amizade que temos; não quero perder ela. 

- Regina... Por favor... - Disse com dificuldade 

- Não Emma, amanh.. 

- Regina. - Ela me interrompeu - Eu preciso vomitar.

Dei um salto rapidamente e a levei ao banheiro. Passei metade da noite segurando Emma no toilette e a outra metade tomando conta do seu sono. Será que era verdade o que ela disse, mesmo estando embriagada? Eu não posso me apegar a isso, não posso me apegar nessas palavras, apesar de sentir algo diferenciado por ela; não posso, vou ficar longe e ela também não pode. Refleti durante toda noite, até ela despertar quase no início da tarde.

Ilusões Mortas - SwanQueenOnde histórias criam vida. Descubra agora