IV.

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(Caroline Foster.)


Vou embora logo à noite. Estes dois dias foram aproveitados ao máximo. Estivemos sempre juntos, todos. E até criei laços com Mahogany, que agora apelido de Lox.

- Estás pronto, Carter? - falo enquanto bato na porta do seu quarto, vamos jantar fora e só falta ele.

- Vou já. - sento-me na escada que dá acesso à sala, decido espera-lo.

A porta é aberta, olho para trás sorrindo. O meu sorriso desfaz-se ao ver um Carter com os olhos raiados de sangue. Ele não pode ter bebido, concluindo, esteve a chorar. Levanto-me e abraço, pretendo consolar o meu amigo.

Carter esconde a cara na covinha do meu pescoço e consigo sentir a pele da mesma molhada, ele está mesmo a chorar.

- Carter. Carter, que se passa? - acaricio as suas costas.

- Ela acabou comigo. - ele murmura. Ele namorava?

- Hey, tem calma sim? - afasto-o, posso olha-lo, está vulnerável. - Vai para o quarto, já venho ter contigo. - acaricio o seu ombro. Ele apenas assente.

Desco as escadas.

- Malta? - chamo, mas eles estão na galhofa. - Malta. - berro, tenho a atenção deles. - Vamos adiar o jantar, okay?

- Porquê? - Matt protesta.

- O Carter não está muito bem.

- Ele anima. - atiro-lhe com a coisa mais perto de mim, um chinelo.

- Um dos teus melhores amigos está a passar mal e tu cagas te para isso. - Reclamo.

- Sim, estas certa. Desculpa. - apenas assinto.

- Vou falar com ele. - volto a subir.

Bato à porta antes de entrar. Carter está encolhido na cama. Sento-me a seu lado.

- Carter. - chamo, ele senta-se a meu lado.

O seu rosto está vermelho assim como os olhos.

- Explicas-me o que aconteceu? - ele assente.

- A Maggie. - murmura. - Ela era minha amiga desde de sempre. Falávamos todos os dias, como tu e o Matt. - ele da um pequeno e forçado sorriso. - Na minha ultima viagem a casa, eu, bem, pedia em namora mesmo sabendo as consequências disso. - ele volta a chorar compulsivamente. - E hoje ela disse que estava farta. Disse que precisava de um namorado de jeito. - gagueja.

Abraço-o novamente.

- Bom, então ela é mesmo parva. - sorri tentando acalma-lo. - És um rapaz incrível. Ela apenas desperdiçou-te. Ela não te perece Cartah. - Beijo a sua testa, ele limpa as suas lágrimas. - Eu falo com ela, queres? Vou abrir-lhe os olhos e fazê-la ver o rapaz que perdeu. - sorri.

- E se ela não gostar mesmo de mim? - ele pergunta receosa.

- Bem, é uma parva.- falo como se fosse óbvio.

- Obrigado Carol. - ele murmura abraçando-me fortemente.

- Sempre aqui. - sorri afagando as suas costas. - Agora vais lavar essa carinha, por um sorriso e descer para jantar. - levanto-me e puxo-o comigo.

Ele dá um sorriso preguiçoso. 

- Vamos.

Sorri. Estava decidida a falar com a rapariga. Tenho a certeza que aquilo de não gostar dele foi uma desculpa. Posso estar errada, mas, quem não arrisca não petisca, certo?

Desço. Nash, Cameron, Hayes e os Jacks estão na sala a ver TV.

- Os outros? - olho-os depois de me atirar para o colo de Jack J e Hayes que estavam um ao lado do outro.

- Estão a cozinhar. - Jack G. fala.

- Que medo. - ri.

- Já falas-te com a tua irmã? - Hayes pergunta.

- Vou falar com ela este fim-de-semana, vamos ficar com a minha mãe. - sorri de canto, estou preocupada.

- E avisas-me quando falares?

- Tenho a certeza que ela faz isso. - gozo. - Vamos tirar uma foto e mandar-lhe. - falo alto para todos, incluído os que estão na cozinha, ouvirem. Bato palmas tal como uma criança.

Estamos todos ao molho para pudermos caber, o 'click' faz-se ouvir.

- Já está, agora shô, cozinha, tenho fome. - Nash reclama, os Jacks assentindo.

- Oh, é assim? Então os três, cozinha! - Lox grita enquanto ri, puxa-os com ela.

Eu tento manter-me calada para não ir atrás.

Puxo Cameron para onde Jack J se encontrava antes para poder ficar confortável.

- Diz-me Cameron, como vão os teus romances? - eu ri.

- Eu não tenho nenhum romance. - ele reclama. - E tu Hayes?

O Hayes corou. Ah, que adorável, o meu cunhadinho.

- Ouvi dizer que eras cunhado aqui da nossa Carol. - Cameron retoma batendo com certa força na minha perna quando fala de mim, eu gemo de dor enquanto Hayes cora mais.

- Uh, cala-te. - o mais novo exige, não resisto, aperto as suas bochechas. - Carol! - resmunga.


Estamos no aeroporto. E merda estou triste para caraças. Apenas me falta despedir do Nash, Cameron, Hayes e.. Matt.

Abraço Nash e Cameron. 

- Obrigada por isto, adoro-vos. - agradeço em troco recebo um beijo na testa e um 'cuida-te' de cada um.

De seguida abraço Hayes. 

- Continua a tratar bem a minha irmã. - ri leve.

- Prometes que me fazem uma visita, as duas?

- Claro Hayes.-  abraço-o novamente.

Agora. Agora o Matt.

Matt abraça-me fortemente.

- Não vaz. - suplica.

- Eu tenho de ir. - suspiro. - Vá Matt, não chores. - peço, estou a fazer-me forte enquanto limpo as suas lágrimas.

- Eu amo-te Line. - ele admite.

- Eu também te amo, Matt, muito. - ele dá um pequeno e forçado sorriso. - Eu prometo voltar.

- Uhum, e vais ficar para sempre? - suspiro.

- Matt, não tornes as coisas mais difíceis.  Desta vez é Hayes que fala colocando os braços à volta dos ombros do amigo.

A chamada do meu voo é feita.

Abraço Matt fortemente, murmuramos varias 'amo-te's e 'amero-te's. Até o ultimo.

Dou um pequeno aceno geral, toda a gente nos observava, Carter parecia bastante abalado, coitado.

Beijo a testa de Matt e largo a sua mão.

Quando entro no avião, ai sim. Desato em lágrimas.

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Uh, tou lagrimosa.

Espero que gostem.

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Distance. › Matthew EspinosaOnde histórias criam vida. Descubra agora