Relações rompidas

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Um barulho no meio do mato foi o suficiente para despertar os dois

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Um barulho no meio do mato foi o suficiente para despertar os dois. Giovana pareceu recobrar o bom senso e empurrou Gustavo para longe, afinal o que diabos ela estava fazendo? Os Claves olharam assustados um para o outro e depois voltaram o olhar para o mato atrás da pedra, mas não viram nada.

— Que merda eu fiz? – Giovana sussurrou para si mesma, com a consciência recobrada.

— Porque me beijou, Giovana? – Gustavo perguntou num tom mais alto que o normal, indignado e confuso demais.

— Eu não sei! – Ela protestou, confusa, pois não sabia mesmo.

— Por acaso foi uma ideia idiota de vingança? Pelo Guilherme ter beijado a Maria Luísa? Foi isso? – Em toda aquela semana, Gustavo sempre tinha se mostrado uma pessoa calma, que nunca levantava o tom de voz e que sempre tentava resolver tudo com conversa, mas naquele momento...

— Gusta! – Ela se sentia totalmente atingida pela acusação. – Claro que não! Porque eu faria isso com você? Você é meu amigo.

— Eu não sei. – Ele deu de ombros ainda nervoso demais com a possibilidade gritante e que fazia total sentindo na sua cabeça, de que Giovana o tivesse usado. – Você gosta da sua presilha e olha o que fez com ela?

Após ouvir aquilo, a garota em chamas que estava se preparando para defender sua inocência, fechou a boca. Ela engoliu em seco e colocou uma expressão neutra e assustadora no rosto. Gustavo percebeu o peso de suas palavras no segundo seguinte em que as proferiu, mas já era tarde demais, a amizade deles já havia sido abalada.

— Eu tinha minhas dúvidas do porque você era um Clave de Sol e não um Melódico, mas hoje, definitivamente, não tenho mais. – Giovana se levantou. – Obrigada por todos os seus conselhos, aproveita e enfia eles naquele lugar!

Ela deu as costas sem olhar pra trás e Gustavo fechou os olhos se xingando pela besteira que havia feito.

««« »»»

Laurinha estava parada em frente ao mural em que os horários e reservas das salas de ensaio estavam expostos. Já era a terceira vez que ela voltava ao local a mandos de alguém de seu grupo e não encontrava nada de errado. Quer dizer, tudo estava errado, mas os horários estavam batendo com o cronograma. Ela só não conseguia entender como os Claves estavam levando tanta vantagem descarada.

— Tio Tony! – Ela gritou da varanda do refeitório, assim que viu o antigo músico saindo de seu escritório. Laurinha saiu correndo até ele, quase engolindo o seu chiclete. – Tio Tony!

— Eu estou no telefone Laurinha. – Ele sussurrou dando uma bronca e tampando o autofalante do celular. – Depois.

— Mas tio Tony, tem algo errado com os horários de ensaio! – Ela insistiu daquele seu jeito agitado.

— Eu conferi tudo ontem, não tinha nada errado.

A garota protestou sem se dar conta de que estava sendo incoviniete, ou se dando conta e não liganodo, o que era mais provável. — Mas Tio Tony! Os Claves estão levando muita vantagem.

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