A fumaça subia cada vez mais alto e o cheiro de queimado começava a incomodar. Algum professor já havia chamado o corpo de bombeiros, mas o acampamento ficava afastado da civilização. Desnorteado, Guilherme olhava em volta procurando por uma cabeleira ruiva, desejando que ela estivesse no meio da multidão e não dentro daquele lugar. Seu desejo, obviamente, não se concretizou.
— A Cecília está lá dentro! – Igor gritou desesperado. O garoto tremia e Gui olhava para o seu amigo com desespero. Eles precisavam fazer alguma coisa.
— A Ceci está lá dentro? – Malu perguntou com pânico na voz. Sua inimiga morrer queimada, ok, um acidente. Mas Cecília, apesar de tudo, era sua amiga e ela não queria isso.
— Onde você estava droga?! – Igor esbraveja e Malu o olha com pânico, ela precisava arranjar um álibi urgente. – Rodei esse acampamento inteiro atrás de você!
— Eu estava nervosa com a apresentação. – A garota argumentou, fragilmente. – Aposto que não olhou no banheiro feminino.
Havia banheiros em vários locais, não só no dormitório, então seria difícil alguém desmentir aquilo.
— A gente tem que tirar ela de lá! – Igor grita novamente. Aquela situação estava o corroendo.
— Tem outro jeito de entrar? – Duda pergunta. A rainha estava tentando não se abalar, apesar de ser difícil, mas ela havia aprendido que manter a calma sempre era a melhor saída. Além disso, Eduarda acreditava na esperteza de Giovana. – Se elas não saíram deve ter algo de errado com a porta.
— A gente pode tentar quebrar a parede com alguma coisa. – Sugeriu Vick, nervosa como todos os presentes. Não era uma má ideia, mas talvez levasse tempo demais.
— Como essa droga começou? – Esbravejou Duda. Havia uma ideia que passava por sua cabeça e ela se recusava a acreditar naquilo, mas dado ao estado de Giovana naquela noite era apenas nisso que ela conseguia pensar.
— Alguém precisa entrar lá, alguém precisa entrar lá. – Igor murmura passando as mãos por seu cabelo, completamente desesperado. O garoto tremia tanto com o turbilhão que se passava em sua cabeça que não conseguia raciocinar direito.
— Calma, Igor. – Nanda se aproximou tentando acalmar o amigo, mesmo estando apavorada na mesma medida. – Merda! Vamos explodir a porra dessa porta!
— Ninguém vai entrar lá dentro! – A voz autoritária de Tony reverberou. Ele não podia deixar que outros campistas se machucassem e que arriscassem sua vida. – Vamos esperar os bombeiros!
— Esperar os bombeiros? – Eduarda gritou indignada. – E por acaso você acha que temos tempo, Tony?!
Uma discussão começou entre os campistas e Anthony Reis. O antigo músico só queria preservar os jovens que estavam sob sua responsabilidade e com seu otimismo acreditava no melhor, acreditava completamente que os bombeiros chegariam a tempo. Ele não podia arriscas mais vidas, ele não podia deixar isso acontecer. Tio Tony estava confuso com sua decisão, mas sabia que aquilo era o mais responsável a se fazer.
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Acampamento de Verão para Jovens Artistas
Ficțiune adolescențiAnthony Reis, um antigo músico, é dono de um acampamento de verão para jovens artistas. Todo ano diversos adolescentes com talentos diferentes nas áreas da música, dança e teatro passam duas semanas nesse incrível lugar aprendendo e se divertindo. N...