Sob a luz das estrelas, envolvidos pelo amor

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Jeon Jeongguk arrebatava todo o meu ser.

Mentiria descaradamente se eu dissesse que não estava ansioso para passar um fim de semana inteirinho só com ele, em um lugar longe do barulho da cidade e dos olhares. Nosso relacionamento ia de melhor a perfeito e eu sentia meus dias vazios serem levemente preenchidos com a presença dele, com suas risadas, com seus carinhos.

Jungguk havia descoberto um trailer abandonado perto da floresta. Nós dois reformamos e limpamos tudo e batizamos aquela lata velha como o nosso lugar oficial, onde podíamos nos encontrar escondidos dos olhares reprovadores dos nossos pais e das outras pessoas que nada tinham a ver com nossa história. Foi ali que fizemos amor pela primeira vez, de uma forma toda desengonçada por causa da inexperiência de ambos, mas mágica para que marcar até o fim da minha vida.

Ainda posso sentir os dedos de Jungguk percorrendo todo o meu corpo, suas mãos ágeis apertando minha pele e a umidez de seus lábios trilhando caminhos por toda a extensão de meu pescoço. Lembrar de seu toque e de sua devoção a mim me causa calafrios, e não consigo conter a ansiedade de transar com ele de novo. Tinha a sensação de que todas as vezes após a primeira seriam mágicas, perdendo a timidez cada vez mais e se tornando mais experiente. Me excitava pensar nele daquela forma, me deixava pleno poder compartilhar aquelas sensações novas com alguém — com ele —.

Melhor do que o sexo, foi o que veio depois. Nós dois nus, com os corpos enroscados e os lençóis bagunçados atrapalhando nossas peles de respirarem. A nossa conversa, a forma como ele acariciava meu cabelo e minhas costas, as promessas que fizemos um ao outro. Tudo havia ficado cravado em minha memória, e eu poderia arriscar que aquele momento, com ele ali, foi o melhor de toda a minha vida.

Foi porque eu nem ao menos consegui lembrar de todos os motivos que me faziam ficar triste. Jungguk me fez esquecê-los por longas horas, mesmo que quando eu me encontrasse sozinho de novo fosse recepcionado por toda a força da crueldade de cada pedaço de situação que me fazia querer desistir de tudo, todos os dias.

Mas naquele fim de semana, naquelas horas com Jungguk, nada me feriria. 

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