Festa no convento começa, Ruben e Tamara ficam a sós no Jardim

26 0 0
                                    

Começa a festa no convento, outras igrejas também participam da festa e alguns pobres da região. Eles cantam músicas agitadas e animam a missa. No final
Ruben vai até a Tamara e pergunta se ela gostou.

- Amei. Você canta muito bem, parabéns.

- Obrigado. 

- Agora vocês vão embora?

- Vamos lanchar e depois a gente volta pra nossa cidadezinha.

- Que pena!

- Vamos lá no jardim do convento pra gente conversar um pouco? Convida Ruben.

- Vamos, mas vamos escondidos da Madre e das meninas. Responde Tamara.

- Daqui a 5 minutos a gente se encontra no jardim. Diz Ruben.

Cinco minutos depois, Ruben e Tamara se encontram no Jardim.

- Se a madre souber vai dar uma bronca daquelas na gente. Diz Tamara com medo.

- Vai sim. E vai fazer a gente rezar duzentas ave maria e quatrocentos pai nosso.

Tamara olha pra umas flores no Jardim.

- Olha que flor linda nasceu aqui no jardim.

- Não mais linda que você. Sabe, todo ano eu venho fazer esse mesmo trabalho aqui e nunca tinha encontrado uma pessoa que mexesse comigo assim como você mexeu.

- Mas você precisa rezar contra isso. Nós não podemos ter um outro sentimental que não seja de irmãos. Nós somos separados. Eu vou ser freira e você freire.

- É algo mais forte que eu, Tamara. Nossa! Você é tão linda!

Ruben acarícia o rosto dela.

- Seu olhar é triste, mas seu sorriso é cativante.

Tamara fica sem graça. Ela abaixa a cabeça e ele levanta a cabeça dela. Eles se olham no olho e Ruben beija ela.

- Não Ruben, a gente não pode fazer isso.

- Verdade. Desculpa, mas eu gostei tanto.

- Foi a primeira vez que você beijou alguém?

- Não, claro que não. Até meus 20 anos eu namorava, até que eu fui traído por minha namorada. A gente tava juntos desde meus 17. Ela me traiu com meu irmão. Hoje eles são casados, tem um filho e eu me tranquei no convento e nunca mais quis saber deles. 

- Quanto tempo você está no convento?

- Eu vim pra cá com 21 anos, hoje to com 28 anos. Meu sobrinho deve ter 7 anos ou sobrinha, nunca fiquei sabendo o sexo.

- Tantos anos e ainda não conseguiu perdoar ela e seu irmão?

- Eu já perdoei, mas nunca mais vi eles, eles não vieram me procurar. Não me ligam, não me procuram. Acho que nem sabem onde estou.

- Mas você precisa procurá-los para liberar esse perdão, Ruben. Você que fala sobre o amor de Deus, vive com essa dor do passado?

- Acho que eu tive medo de procurar meu irmão e minha cunhada e tocar nessa cicatriz.

- Mas se a cicatriz tá doendo é porque ela ainda não foi curada. Você precisa curar.

- Acho que ainda não estou preparado.

- Eles moram longe daqui?

- Na mesma cidade do convento onde fico. Uma hora de carro.

- Se você quiser eu vou com você, no próximo final de semana e aí você conversa com eles.

- Você faria isso por mim?

- Claro.

- Obrigado.

Ruben abraça ela. A madre vê e grita ela.

- Irmã Tamara!

- Droga,a madre nos viu. Diz Tamara com vergonha.

- Vamos.

Eles chegam perto da Madre.

- O que os dois estavam fazendo agarrados no jardim?

- Nós fomos ver o jardim de perto.

- Mas não fizemos nada de errado.

- E porque estavam agarrados?

- O Ruben me contava os problemas da família dele, e eu propus ajudá-lo. Então, ele me abraçou. Foi só isso.

- É? Então vão me contando qual o problema do Ruben, quem sabe eu posso ajudar também.

- Vamos pro ar condicionado, porque eu to morrendo de calor.

Os três entram e Ruben conta tudo para Madre, ela se solidariza com ele.

A Impostora - Continuação...Onde histórias criam vida. Descubra agora