Coração partido

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Por favor entendam, eu ainda amava Isabel. Eu achava que não, por ter me acostumado com a ausência dela, eu achei que a tivesse esquecido. Por não ver aquele sorriso iluminado por tanto tempo, achei que outro sorriso era capaz de aquecer minha alma. Por não olhar para aquele rosto, aqueles cabelos, aquele corpo, eu achei que poderia haver outra mulher tão perfeita. Mas eu estava enganado.

Bastou estar com Isabel por um minuto. Não, se eu for honesto comigo mesmo, desde que eu li a mensagem dela havia alguns dias e imaginei sua voz e seu sorriso me dizendo aquelas palavras, e senti meu coração bater tão forte que doeu, desde aquele momento eu percebi que ela ainda era o centro do meu universo. Eu tentei resistir, pelo menos eu quis tentar resistir, embora não tenha tentado de verdade, mas eu não era capaz. Eu a amava.

Ela disse que queria fazer amor, e eu fui com ela ao seu quarto de hotel. Eu estava nervoso, me sentia culpado. Mas assim que ela me beijou, ainda na porta do restaurante, todo o nervosismo se dissipou. Eu a queria. Mais do que isso, eu precisava dela.

Fomos andando até o hotel, que ficava do outro lado da rua. Não dissemos nada, apreensivos pelo que aconteceria em alguns minutos, ela olhava para mim e sorria, como se fosse uma criança prestes a ganhar um presente. Eu sentia tanta ternura por ela que queria mesmo ser esse presente maravilhoso que ela esperava. Nós entramos no elevador e ela beijou meu rosto, com ternura e delicadeza. Eu a abracei pela cintura e ela e enlaçou meu pescoço em seus braços. Eu fechei os olhos e suspirei, absorvendo o cheiro gostoso do seu cabelo.

Entramos no quarto já nos beijando. Nossos corpos absolutamente unidos. Eu apertava sua cintura, apertando-a contra mim com uma das mãos, a outra segurava sua nuca. Ela me agarrava pelo pescoço, enquanto ficava nas pontas dos pés, para que nossos rostos ficassem próximos durante o beijo. Aquele era um beijo passional, urgente e cheio de desejos. Não só de tesão, mas de necessidade, ela queria estar junto de mim e eu queria estar junto dela, sentir sua pele, seu cheiro irresistível, seu sabor inigualável. Não havia outra mulher para mim, não a ponto de fazer com que eu me perdesse com Isa fazia. Com ela eu era uma pessoa diferente. Eu era eu mesmo.

Nós nos despimos sem nos separar. Meus lábios desceram dos lábios dela pelo queixo, pela linha do maxilar, pela curva de seu pescoço. Isabel virou o rosto para me dar acesso ali, eu continuei descendo pelos ombros, clavícula, enquanto minhas mãos exploravam suas costas, descendo ali lentamente até os quadris, que eu agarrei com força, puxando-a para mim. Minha ereção encostava em sua barriga. Ela se remexia, esfregando-se em mim freneticamente enquanto eu apertava e sugava seus seios com vontade.

Nós fomos para a cama e ela se levantou, levemente assustada.

—Camisinha!

—Foda-se a camisinha, vem cá. — Eu a puxei de volta para cima de mim e nós voltamos para aquele beijo quente e enlouquecedor, que ela interrompeu sorrindo.

—Foda-se nada!. Eu não estou tomando pílula! Não queremos um bebezinho agora, não é mesmo?

Eu ri sem graça enquanto ela se levantou e entrou no banheiro. Aquela frase me perturbou um pouco. Se ela não estava usando pílula, era porque não estava em um relacionamento por algum tempo. E quando ela disse que "não queremos um bebê agora", me pareceu que ela ainda tinha planos de ter bebês comigo. Eu precisava dizer a verdade a ela.

Mas então ela voltou para o quarto, nua, segurando a camisinha e sorrindo. Senti a minha determinação cair e minha ereção voltar ao ápice. Ela sentou-se sobre a minha coxa, uma perna de cada lado e me beijou, esfregando seu sexo em mim, deixando-me louco de tesão, mais uma vez. Eu não era capaz de pensar direito diante daquela mulher. Eu só pensava nela e em como eu precisava me unir ao corpo dela.

Amor, em primeira pessoaOnde histórias criam vida. Descubra agora