The Experiment | JERRIE

Part 33

att dupla só porque é o meu aniversário

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–Vamos? – chamou Perrie, baixinho, após alguns minutos.

– O Sol vai se pôr e ele fica mais bonito se o olharmos dali.

–Vamos – concordou Jade e a soltou.

perdoe se levantou e estendeu a mão para Jade, as duas desceram para mais perto do mar, Jade afundando os pés na areia molhada. O silêncio estava confortável, porque nenhuma delas estava com a mente longe, estavam de corpo e alma ali, aproveitando cada segundo juntas, andando em direção ao nada de forma completamente segura e foi nesse ritmo casual e impreciso que Jade procurou a mão de Perrie e a segurou ao redor da sua.

Jade sentiu primeiro a surpresa de Perrie, depois a compreensão e, enfim, o momento em que Perrie entrelaçou seus dedos nos de Jade, acariciando-­a com o polegar.

–Você sente falta disso? – perguntou Jade, olhando para o mar e adorando sentir a espuma da água molhar seus pés enquanto andava.

–Do quê?

–De... não, de... alguém para...

–Segurar a mão? – sugeriu Perrie e Jade assentiu.

– Na maioria das vezes. – Perrie suspirou. –Você não sente como as coisas deveriam ser? Foi o que você sentiu mais cedo, olhando o mar, era o cenário perfeito. Se você estivesse sozinha, esse momento teria se perdido, e são esses momentos que eu lamento ter que perder se estou sozinha. Como se uma parte da vida estivesse acontecendo e eu não percebesse.

Jade olhou pensativamente para frente, diminuindo o passo.

–Eu nunca havia pensado desse modo.

Perrie apertou a mão de Jade mais forte.

–Mas você já sentiu isso antes, não foi? Como se de repente ficar sozinha mais um minuto fosse te asfixiar.

Jade assentiu, olhando para Perrie.

–Muitas vezes e eu olhava pela janela e pensava o que estava faltando, o que eu não conseguia ver. Por que de repente tudo se tornara monótono. Quente, abafado e sem vida.

–Porque você precisava de alguém que atrapalhasse a sua vida meticulosamente organizada.

Jade riu, dando de ombros. Os raios já alaranjados do Sol batendo em seu rosto a faziam se sentir viva e leve.

–Talvez.

–Você fica bem quando está feliz – disse Perrie, diminuindo o passo.

As bochechas de Jade ficaram vermelhas.

–Obrigada.

–Gostaria de deixá-­la assim sempre – disse Perrie, fazendo-a sorrir.

–Você consegue ser encantadora quando quer.

Perrie sorriu.

–Vamos parar por aqui, o sol já vai se pôr.

Jade se virou para o horizonte, de fato, o sol estava começando a se fundir com o mar, o céu repleto de manchas que iam do rosado ao alaranjado. Perrie a colocou na sua frente, a abraçando por trás e estremecendo ao senti-­la aninhar-­se em seus braços, era um sensação completamente nova, aquele calor humano, os sorrisos, as pegadas lado a lado na areia. Era incrível, imprevisível e totalmente correto e natural.

Perrie a abraçou mais forte, e Jade fechou os olhos.

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Por alguns minutos, tudo parecia perfeito para Jade, como se Jade finalmente estivesse bem, tranquila, aceita, confortada, querida, ninguém nunca havia dito o quão perfeito um abraço de Perrie poderia ser, o quão a respiração de Perrie em seu cabelo poderia soar natural, o quão Jade ficaria bem só por estar perto de Perrie e, por alguns minutos, Jade realmente sentiu tudo o que tantas musicas diziam, Jade se sentiu amada, e essa constatação, forte e imutável, a fez abrir os olhos e descobrir que o Sol já se fora, que só restavam alguns raios alaranjados e tardios no horizonte.

Jade mordeu o lábio. Estaria sentindo isso mesmo? Estaria Jade realmente... Mas seus pensamentos se interromperam quando Jade sentiu seus pés na água gelada.

–Vamos para o mar?– perguntou Perrie com uma expressão pidonha.

Jade não respondeu, mas sorria de forma tranquila e segura, ela se virou para Perrie a acompanhando em direção ao mar.

–A água está gelada – disse Jade, uma onda quebrou não muito distante de onde elas estavam e a espuma foi até a cintura de Jade, a fazendo tremer de frio.

Perrie andou mais alguns passos, segurando uma das mãos de Jade. O vento do começo da noite soprou, fazendo Jade se retesar sob a água, as mãos de Perrie estavam em sua cintura, a segurando contra si. As mãos de Jade estavam apoiadas em seus ombros e suas roupas molhadas estavam grudadas. Perrie se aproximou de Jade, que mordeu o lábio inferior, seus narizes estavam a milímetros de se encontrarem e Perrie podia ver em seus olhos que Jade estava passando por um furacão de sensações e pensamentos e, em um movimento suave, Perrie se aproximou mais, seus lábios roçando nos de Jade.

–Não percebeu? Esse é mais um momento perfeito.

Jade estremeceu quando Perrie a beijou, não foi programado nem previsto pelo roteiro. Foi como deveria ser, impetuoso, calmo, quente, morno, carinhoso e possessivo, uma confusão de sentimentos que a entorpecia.

Jade acariciou sua nuca, seu corpo tremendo, ela nunca havia sentido aquilo antes; nada havia sido tão intenso, tão mágico. Elas se separam no momento em que as primeiras estrelas surgiram, como se elas estivessem se escondendo para dar-lhes privacidade.

–Agora eu percebi – sussurrou Jade, sorrindo.

O coração de Perrie se acelerou como se sob uma droga alucinógena. Perrie a abraçou mais forte e beijou seu nariz.

–Eu amo você.

O tempo parou para Jade, tudo entrou em câmera lenta, todas as sensações deixaram seu corpo. Foi só quando Jade compreendeu, como se uma gota de água gelada houvesse caído no vazio.

–Isso estava no Roteiro – murmurou Jade.

–Eu teria dito mesmo que não estivesse – respondeu Perrie, segura, beijando sua bochecha.

–Eu...

Jade enterrou o rosto na curva do pescoço de Perrie, a abraçando, o coração descompassado.

– Jade? O que foi? – perguntou Perrie, surpresa.

–Eu... –murmurou Jade. – Eu não posso, Perrie.

O mundo de Perrie saiu de foco.

– Jade...

–Eu estou confusa. Eu... – Jade mordeu o lábio, amaldiçoando-se por falar isso ao mesmo tempo em que o pescoço de Perrie era tão confortável.

Perrie olhou para o mar por alguns segundos, depois fechou os olhos.

–Tudo bem – sussurrou Perrie, surpreendendo-­a. – Vamos voltar para casa. Não me diga nada agora. Faça o que você sempre fez: Pense primeiro...