(...)
Jade ruborizou.
–Não no sentido figurado, claro – acrescentou Perrie.
Jade rolou os olhos.
–Só não entorne nada, por favor.
Mas Perrie já havia ido e voltado com copos e travessas na mão; quando Jade se sentou na cama, a mesa estava posta diante dela – só que sobre o colchão.
–É. Porque se cair um farelinho no colchão, milhões de vermes subirão nessa cama e te comerão viva – disse Perrie, tenebrosamente, se sentando ao lado de Jade.
–Engraçadinha. Eu nunca como na minha cama – acrescentou, pensativa.
–Eu gosto de fazer isso. Prato?
Jade passou o prato para Perrie, que a serviu.
–Hum! Está quente – exclamou Jade, pegando o prato por baixo.
Perrie soltou a colher com que se servia e pegou rapidamente uma almofada, a colocando no colo de Jade que colocou o prato sobre a almofada.
–Obrigada – agradeceu Jade.
–Salvei sua vida. Se fossemos romanas, você me deveria servidão eterna.
–Bem vinda à França, então.
Perrie deu de ombros como quem lamenta, terminando de se servir.
Jade serviu um pouco da torta no próprio garfo e levava até a boca de Perrie.
–Espera – disse Jade, parando no meio do caminho.
–Hum?
E Jade assoprou delicadamente, para esfriar. Qualquer coisa se aqueceu dentro de Perrie. E isso não tinha nada a ver com o prato quente sobre a almofada em seu colo. Não totalmente, pelo menos.
–Está quente? – perguntou Jade, depois de servi-la.
–Não – respondeu Perrie, sorrindo. – Mas sabe qual é a melhor parte?
–Não faço ideia.
–Você esfriou minha comida. Você está cuidando de mim.
E Perrie parecia genuinamente satisfeita com isso. Jade arqueou as sobrancelhas, um pouquinho ruborizada.
–E daí?
–E daí que você não quer minha língua queimada, no fim das contas.
–Lembra do item mais constrangedor do roteiro de hoje? – perguntou Jade.
–Humm... o coração na areia? – mas Jade semicerrou os olhos para Perrie, que deu de ombros. – Certo, o beijo.
–Exatamente. Eu não quero uma língua queimada na minha boca – e voltou a servi-la.
–Isso não mudaria nada. Eu consigo te dar o melhor beijo da sua vida com a língua queimada ou não – acrescentou Perrie, sorrindo de forma convencida, se encostando folgadamente sobre os travesseiros.
–O seu ego... me comove.
–Só fale quando eu lhe permitir, serva – Perrie afundou nas almofadas tal qual uma poderosa rainha faria. – Sirva meu vinho e me dê comida.
–E o que mais, te chamo de "majestade"? – perguntou Jade, cética.
–Sem dúvida – respondeu Perrie, untuosamente. – Onde está minha comida, serva?
– "Serva" é o seu nariz. Se sente direito, se não vou entornar comida na sua roupa.
–Por favor, faça isso. Assim vou ter uma desculpa para tirar esse forno ambulante.
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The Experiment | JERRIE
FanficUm milhão de dólares, esse era o valor do prêmio que a maior rede de cientistas do mundo estava oferecendo para duas pessoas que fossem escolhidas para fazer parte de um experimento social. Esse experimento se baseava em colocar duas pessoas de pers...