Part 11

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Perrie chamou um táxi e seguiu para o centro de Versalhes. Na avenida principal, se sentiu totalmente perdida. Não perdida no sentido geográfico, e sim mental.

A opção mais óbvia era um livro. Mas havia razões para ela não escolhê-la:

Era óbvia demais. Presentes têm de surpreender, ou estaria Perrie querendo surpreendê-la? Cale a boca, subconsciente, Jade já deve ter lido todos os livros do universo, Perrie não queria lhe dar um presente repetido, ela não fazia a menor ideia de que tipo de livro ela lia – Julia e Sabrina? Não, não faz o tipo dela, guerra, policial, arquitetura, física? Química?

A cabeça de Perrie era o caos Total.

Ela se pôs a andar a esmo pela avenida, ignorando aqui e ali olhares insinuantes. Passou por várias lojas, as despachando uma por uma.

Roupas? Que presente mais sem graça. Uma jóia? jade não parecia o tipo. Sapatos? Nunca prestara atenção nos sapatos dela...

Perrie chegou até a praça. Havia andado a esmo pela avenida sem escolher nada. Aborrecida, se sentou em um banco, tentando pensar.

O que eu quero?, pensou Perrie, tentando clarear a mente. Surpreendê-la, respondeu. Por que... bem, não sei!, exclamou para si mesma, fazendo um gesto exasperado com a mão.

Ok, se acalma. para surpreendê-la, tem que se fazer algo que ela não espera. Gênia... Enfim... Deixa eu ver... o que jade nunca esperaria... uma coruja empalhada?

Perrie se permitiu um minuto tentando imaginá-la ao receber o lindo presente, depois sacudiu a cabeça, voltando à realidade.

Melhor não. Humm... Jóias... não consigo vê-la ficando exatamente surpresa com isso. Feliz, talvez, mas nenhuma emoção a mais. Droga.

Foi quando passou uma garotinha de mãos dadas com os pais. *Epifania*

Não, não a garotinha.

O que ela abraçava.

X—-X

Perfeito, Perrie!, exclamou ela para si mesma, se congratulando por ser tão... perfeita. Ela estava no banco de trás do táxi, os presentes (iup, mais de um. Garota de sorte.) arrumadinhos ao seu lado.

Perrie passara os últimos trinta minutos rodando a avenida e outras ruas paralelas, em busca de três coisas, três coisas que Jade nunca esperaria.

Ha, eu sou demais.

x—-x

Pagando alguns euros pela corrida e alguns trocados a mais (o dinheiro não era dela mesmo), Perrie saiu do táxi em direção a casa.

Entrou, não se surpreendendo ao encontrá-la vazia no primeiro andar, pois podia ouvir o barulho do chuveiro lá em cima.

Se sentou no sofá, colocando os presentes sobre a mesinha e os admirando.

Talvez, pensou Perrie, eu deva trocar de roupa.

Ela subiu rapidamente as escadas, parando em frente ao armário com suas roupas, "vamos ver o que trouxeram pra mim" disse ela enquanto remexia as roupas procurando algo para vestir.

- Ah há! – Perrie gritou quando encontrou um vestido justo e vermelho, colocou-o o mais rápido que conseguiu, calçando um peep toe da mesma cor em seguida.

O cheiro da cozinha estava bom, admitiu Perrie descendo as escadas, indefinível, mas bom. Logo, esse cheiro culinário se mesclou com outro – um perfume suave e acalentador. Ela soube que Jade estava descendo as escadas, e se levantou para esperá-la.

–Já voltou? – perguntou Jade, surpresa.

Uau. Se Perrie tivesse um pouquinho menos de presença de espírito, teria se boquiaberto. Jade vestia um vestido vermelho assim como o dela, o tecido cintilava, e era um pouco justo até o quadril, ela havia feito a maquiagem também, os lábios pintados de vermelho destacavam seus intensos olhos castanhos.

–Não – disse Perrie, tentando recobrar o controle. – Estou lá ainda.

jade rolou os olhos.

–O jantar já está pronto.

–Não quer os presentes primeiro?

–Humm... O que você trouxe?

–Tem que abrir. Agora ou depois?

–Agora – respondeu Jade, sem se conter.

–Um número de um a três.

–Como?

–Me diga um número de um a três.

–Dois, eu acho.

- Vejamos... – Perrie fez um gesto teatral, apanhando um buquê de flores.

–Obrigada – respondeu Jade, ainda olhando as rosas vermelhas.

–Um ou três?

–Como?

–Qual vai ser o próximo?

–Tem mais?

–Não, eu fiquei quase uma hora na rua para comprar um buquê de flores.

–Idiota. Um.

– Hum... – murmurou Perrie, lhe estendendo uma caixa mais fina que comprida.

Jade pôs as flores sobre a poltrona e abriu a caixa – bombons em formato de coração.

–Own! – fez ela, incapaz de se conter.

–Assim você parece uma adolescente – ponderou Perrie.

–Ai, fica quieta, vai.

Perrie riu.

–E, agora, por último e melhor... O presente número três!

E lhe entregou uma caixa perfeitamente quadrada, com um antiquado laço vermelho em cima.

jade desfez o laço habilmente, tirou a tampa e uma expressão de surpresa, carinho, emoção e felicidade tomou seu rosto, fazendo-a sorrir.

Ela tirou o ursinho de pelúcia da caixa.

Era branco, não tinha mais que vinte e cinco centímetros de altura, sorria fofamente para ela e parecia bem macio. Usava um cachecol vermelho.

–Que fofo!

–Repito o que eu disse sobre a adolescente.

–Cale a boca. Ele é tão meigo!

–Dá vontade de abraçar – confessou Perrie.

–Obrigada – agradeceu Jade. Perrie lhe fez uma reverência.

Missão cumprida. Perrie, você é a foda!

Jade pegou as flores e fez um bonito arranjo em um vaso sobre a mesa.

Epa


epa, oi

The Experiment | JERRIEOnde histórias criam vida. Descubra agora