Cap 6

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No dia seguinte...

Acordo com a claridade da janela, e quando me deparo, o idiota do Gabriel está me olhando.

- a quanto tempo você tá acordado? - pergunto.

- não faz muito tempo - diz sorrindo - tu fica linda quando tá dormindo. Nem parece que é dona de um morro.

- cala a boca - digo rindo - mas então.... como se sente?

- bem pra uma pessoa que levou um tiro e ficou quase 4 horas em cirurgia - mas é idiota.

- nem assim você não consegue parar de ser debochado né garoto? - digo rindo.

- fazer o que né - diz.

- mas me responde, por que você tava sem o seu colete sendo que eu te dei um?? - pergunto e ele parece surpreso e logo em seguida o olhar dele é outro.

- ér... - ele diz

- o que foi Gabriel? - pergunto e ele me olha.

- é que quando tava rolando a invasão, eu vi uma menininha perdida.... ela tava assustada, então eu tirei o meu colete e dei pra ela - diz. Cara ele é gentil, puta merda.

- ah não se preocupe - digo e ele se relaxa - você se lembra como era essa menina? - pergunto de ele parece pensar.

- mais ou menos. - diz.

Algumas horas depois...

- com licença - diz o médico entrando na sala - o horário de visitas acabou - diz.

- ok obrigada doutor - digo e me levanto. Só agora que percebi que já tá de noite - tchau Gabriel. 

- tchau - diz e sorri.

Saio da sala dele e vejo a galera lá. 

- oi pessoal - digo e abraço as meninas.

- e aí como ele tá? - o Pedro pergunta.

A gente revezou, trocamos de hora em hora pra ficar no quarto do Gabriel fazendo companhia pra ele, menos na hora em que ele tava dormindo.

- ele tá bem - digo - acho que ele recebe alta amanhã.

- que bom - diz Sara.

- vamos voltar pra casa? - a Camis pergunta.

- claro - digo - meninos?

- Oi - dizem juntos.

- vocês querem dormir lá em casa? - pergunto.

- não precisa - diz e eu assinto.

Logo todos nós saímos do hospital e fomos cada um pra sua casa.

Chegando em casa, troco de roupa e coloco meu pijama.

- vamo ver filme aqui na sala? - Cami pergunta.

- vamooosss - diz Sara animada.

- pode ser - digo e sento no sofá.

- qual? - pergunta Sara.

- pode ser : "Hush, a morte ouve" - digo e a Cami logo põe.

O filme começa, no início não tinha entendido o que aconteceu. Mas depois percebi, que a mulher era surda, e que tinham vozes na cabeça dela, fazendo varios finais pra ela, e pro livro que ela estava escrevendo.

Logo que o filme termina, subimos cada uma pro seu quarto e dormimos.

Acordo com o meu celular tocando.

- mas que inferno - resmungo. Pego meu celular e vejo que é o Gabriel.

Ligação on - Gabriel

A dona do morro Onde histórias criam vida. Descubra agora