Um anjo do céu

6 1 0
                                    

-Amor fica quietinha. –Ele disse me levando para a parede de um beco mais do que escuro. Meu sangue gelou, eu estava paralisada e ele me puxando. Eu só conseguia gritar, mas não tinha ninguém naquele local deserto a essa hora da noite. Eu deveria saber que não era uma boa idéia eu sair com Debby hoje.

-Me larga. –Gritei e enfim consegui acertar um chute nele e comecei a correr, ele me alcançou e me empurrou contra a parede.

–Você não vai escapar assim tão fácil amor, acho que vou resolver nosso probleminha rápido antes de você tentar fugir de mim de novo. –Ele começou a beijar minha boca, que nojo que senti nesse momento, tanto que o mordi e ele me deu bateu e doeu.

–Acho que você viu que não estou brincando não é?-Ele falou isso e puxou minha blusa, três dos seus botões se arrebentaram deixando a mostra meu sutiã. Eu tremia, e não via jeito de escapar das mãos daquele cara.

-Me solta, me solta me solta. –Berrei em meio às lágrimas que caiam e escorriam pelo meu rosto.

-Eu acho que ouvi a moça implorar pra você solta-la. –Ouvi a voz de um desconhecido vindo da entrada do beco.

-O que você perdeu aqui? Veio estragar a minha diversão? Saia daqui e não se meta.

-Eu vou sair sim e ela vai comigo. – O louco e bêbado me soltou com uma gargalhada que faz todo o meu corpo tremer e foi em direção ao desconhecido que ouviu meus gritos e veio me ajudar. Ele chega perto do desconhecido e lhe dá um soco, eu juro que tentei correr, mas fiquei com pena da pessoa que veio me ajudar e acabou apanhando por minha culpa. Mas logo vejo que minha pena é exagero, vejo que o tal desconhecido se levantou do chão e está socando com toda a sua força a cara do maluco bêbado, quando o maluco bêbado cai no chão ele dá mais uns ponta pés nele e isso o faz ficar desacordado. Ainda estou tremendo quando o desconhecido chega perto de mim e fala: - Desculpa por isso. Você está bem? Esse cara te machucou? –Faço que não com a cabeça e olho pra ele de cima abaixo. Vejo que ele é lindo, moreno de olhos castanhos e cabelos pretos.

-Prazer meu nome é Felipe Elard. -Ele fala com um jeito preocupado.

-Acredite que o prazer e meu, se não fosse você eu nem sei o que esse cara teria feito comigo. –Me enrolo ao falar e tentar consertar o estrago que o maluco bêbado fez na minha blusa. –Meu nome é Cecília, Cecília Marian.

-Aceita uma carona Cecília? –Balanço a cabeça dizendo que sim, não confio na minha voz e tão pouco na minha sanidade mental, acabo de me livrar de um estranho e aceito a carona de outro. Mas infelizmente acho que não agüento ficar sozinha, e não quero em arriscar a voltar para encontrar a Debby.

-Vamos, o meu carro está ali na frente. Tome fique com meu casaco, está precisando muito mais do que eu.

-Obrigada, pelo casaco e pela carona. –Agradeço de verdade, não sei o que teria me acontecido se ele não tivesse chegado aqui.

-Como você me encontrou? – pergunto curiosa.

- Eu vi um carro parado e comecei a passar um pouco devagar, pensei que pudessem estar assaltando o motorista do carro, isso não é muito difícil de acontecer. –Responde ele, e não é muito difícil de acreditar. – Eu sou policial e quando ouvi gritos parei o carro imediatamente e o resto você já sabe. – Ele disse isso com um sorriso de desculpa nos lábios, afinal eu o presenciei batendo em uma pessoa e o deixando lá no chão. -Como se estivesse lendo meus pensamentos, eu o vi pegar o celular e discar para a emergência o ouvi dizer que era da policia e que tinha uma pessoa ferida por uma briga.

Andando ele me levou até o seu carro e abriu a porta, eu queria e não queria entrar ao mesmo tempo, mas ficar sozinha não era uma opção para mim. Ele poderia me deixar em algum hotel por perto. Qualquer local com muitas pessoas era melhor que o meu apartamento onde eu era a única no meu andar.

- Você vai ficar onde? – ele me perguntou e fiquei em silencio até que respondi. – Pode me deixar em um hotel, o mais próximo que tiver, não quero o incomodar.

-Não há incômodo nenhum Cecília. –Disse ele com um sorriso no rosto.

-Obrigada de novo.

-De nada de novo. –E nós rimos.

-Tem certeza de que quer ficar em um hotel? Eu não moro muito longe daqui, se quiser ficar por lá, eu... é não queria te deixar sozinha depois disso. –Ele diz e seu olhar de preocupação é verdadeiro. – Eu não quero ficar sozinha e acabo aceitando seu convite.

-Tá ok, só vou deixar uma mensagem pra uma amiga, pode me passar seu endereço?- Ele me dá o endereço e entende automaticamente que estou com medo de sair com um estranho e quero alguma garantia de que alguém saiba onde eu estou.

-Não precisa ficar com medo eu sou o bonzinho, lembra? –Eu caio na gargalhada, é verdade eu nem quero imaginar o que seria de mim se ele não aparecesse naquele momento.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 17, 2014 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Tudo pode acontecerOnde histórias criam vida. Descubra agora