ᴀɴᴊᴏs ᴅᴀ ɴᴏɪᴛᴇ | taekook

Capítulo V

Estava ofegante, virava de um lado para o outro na cama, sua testa estava com o cabelo grudado por conta do suor, e murmurava coisas desconexas. O sonho que antes era bom, agora havia se tornado um pesadelo.

Jeongguk sonhava com seus pais, todos reunidos na sala de jantar, até que o sonho toma outro rumo, quando olhou em volta viu que todos estavam com as cabeças dentro do prato, e que sangue saiam dos corpos, seu irmão que estava ao seu lado sentado, estava com a cabeça para trás com o sangue escorrendo do corpo; ficou apavorado, não sabia o que fazer, seu corpo estava em estado de choque, e quando pensou que não poderia piorar, viu o corpo sem vida de seu pai levantar e olhar bem em seus olhos.

— Isso tudo é culpa sua, Jeongguk. – diz com o tom frio e depois seu corpo voltou a ficar sem vida novamente.

Jeon olhou e começou a olhar em suas mãos e viu que nelas havia sangue fresco. Gritou apavorado.

Acordou do pesadelo ofegante, nunca sonhara com algo do tipo, e ter a possibilidade de sonhar novamente o deixava apavorado. Suspirou e se levantou da cama, foi até a porta, abrindo-a e saiu fechando a mesma atrás de si; se dirigiu até as escadas descendo e indo até a sala, onde havia uma coleção de bebidas que Namjoon colecionava, pegou o Whisky, colocou no copo, levando até os lábios bebericando logo em seguida. Sentiu o gosto amargo da bebida descer garganta abaixo, de repente sentiu uma imensa vontade de chorar, aquele sonho querendo ou não deixou-o desestabilizado; terminou de beber, deixando o copo ao lado da garrafa, quando se virou para ir ao seu quarto, deu de cara com Namjoon.

Kim olhou atentamente para o outro e viu que Jeongguk estava com os olhos marejados, foi até o mais novo e puxou-o para um abraço, naquele momento não precisava de palavras e sim de um confortante abraço; sentiu Jeon fungar e sentiu sua camiseta molhar, deixou que ele chorasse o quanto quisesse, pois assim aquele peso que estava sentindo diminuiria.

Depois de alguns minutos, Jeongguk parou de chorar, levantou o olhar e viu que Namjoon o olhava com um misto de carinho e preocupação, o mais velho secou as lágrimas do rosto delicado de Jeon.

— Sabes que pode me falar o que quiser, não sabes? – disse.

— Eu sei, é só que eu tive um pesadelo e ele parecia tão real, simplesmente não consegui me controlar. – falou baixo, seu olhar era de dor e tristeza, coisa que fez o coração de Namjoon se apertar.

— Jeongguk – chamou-o e viu que o mesmo o olhou atentamente. — Não importa se este pesadelo foi real ou não, foi apenas um sonho ruim o que tenha acontecido nele, não é sua culpa e não pode ficar se lamentando. Tu és forte, não deixe um sonho ruim te dizer o que você é ou não, certo?

Jeon sentiu que poderia chorar a qualquer momento, foi até o mais velho e abraçou-o com força, sentiu Namjoon retribuir na mesma intensidade.

— Obrigado. – sussurrou.

E naquele momento soube que independente de tudo, ele sempre poderia contar com o mais velho, Namjoon cuidava de como se fosse seu filho e Jeongguk considerava o mesmo como um pai.

Não notaram, mas de longe alguém os observava com um sorriso enorme nos lábios; Jin acordou no quarto e viu que seu esposo não estava na cama, então resolveu descer para ver onde Namjoon havia se metido e quando chegou ao pé da escada viu a cena se desenrolar, sentindo o seu peito aquecer, não pode conter a felicidade, querendo ou não, Jeongguk sempre seria o filho que eles não poderiam ter, e de certa forma os três eram uma família linda e unida e estava de bom tamanho.

Os dois se separaram do abraço, Namjoon deixou um selar casto na testa do mais novo, o que fez o outro dar um sorriso tímido e feliz.

— Agora vá dormir, e lembre-se, você é a pessoa mais bondosa e carinhosa, não importa o que esses pesadelos dizem, ok?