Capítulo II

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Vazio; um vazio imenso.


Era assim que Jeongguk se sentia, afinal, um pedaço do seu coração fora arrancado quando seu amor morreu.

Sua mãe de tudo tentou para fazer o seu filho ficar bem, porém, nada fazia efeito; depois do velório, Jeon havia se trancado em seu quarto, não queria conversar, falar com alguém, não queria sair, nem mesmo se alimentava bem, deixava os pratos com o desjejum em sua porta, porém, quando voltava para pegar o prato, a comida estava intacta. Era de fato preocupante, muito preocupante.

Seu pai, tentava falar com o mais novo, mas não lhe dava ouvidos, o patriarca, ameaçou de arrombar a porta de seu quarto, mas não o fez.

— Filho, por favor, saia deste quarto, estamos preocupados com tu. – sua mãe mais uma vez, tentava o convencer a sair.

Pensou que seria ignorada como nas outras vezes, porém, ouviu a porta ser destrancada e a imagem de Jeongguk aparecer em sua frente.

Acabado seria a forma perfeita que daria para nomeá-lo; estava com o cabelo todo bagunçado – como um ninho de rato –, sua pele estava mais pálida do que o comum, sem falar das grandes olheiras que tinha debaixo de seus olhos. Estava sem saber como reagir, quando viu a expressão chorosa de seu filho mais novo, a primeira coisa que fez foi abraçá-lo, seu instinto maternal dizia que era a melhor coisa a se fazer nessa hora.

Só queria poder esquecer tudo, principalmente aquela dor que o acompanhava, queria que Seung ainda estivesse ali com ele, para fazê-lo rir ou até mesmo apenas para fazer o seu coração bater rápido e forte; só queria se sentir vivo novamente e não uma pessoa que estava sem um sentido na vida.

— Sei que nada que disser será suficiente para cobrir essa dor que estás sentindo, mas tenha a certeza que ela passa, meu filho – Soomin diz, afagando com carinho o cabelo negro de Jeongguk.

— Só queria poder acordar deste pesadelo, mamãe – disse fungando, só sabia que não tinha nem forças mais para chorar, estava esgotado.

A Jeon suspirou e deixou um beijo casto na testa de seu filho.

— Tenha forças meu filho, é tudo que precisará ter neste momento. Saiba que seu pai e seu irmão, até mesmo à mim, estaremos ao seu lado, para apoiá-lo em tudo.

Jeongguk olhou para sua mãe e deu um sorriso cansado e forçado. Pelo menos tinha o apoio da família e era só o que importava nesse momento.

~·°·°·°·~

 Seis meses depois…

Muita coisa havia mudado nesse período de tempo, a família de seu ex-namorado havia se mudado da cidade, alegando que não poderia ficar onde sempre lembram de seu precioso filho; então partiram para uma província longe dali.

A família Jeon estava no auge de riqueza, seu pai havia feito uma fortuna muito boa, e a fama dos Jeon's havia aumentado, mesmo que recentemente o Jeon mais novo tenha perdido o seu grande amor, às mulheres ainda tentavam enfiar suas filhas para cima do mesmo, este que estava quase mandando as mulheres ir catar coquinhos, sua paciência estava se esgotando com aquilo. Sempre que podia, Jeongguk ia visitar onde Seung foi enterrado, onde passava um bom tempo contando coisas para o mesmo – como as mulheres de idade o atazanando, e como todos a sua volta não lhe davam descanso, sempre estavam no seu pé –, e então saía do cemitério com um ar mais leve. Ele sabia que tinha que tocar sua vida para frente, mesmo sendo difícil. E como sua mãe sempre falava: “mesmo que a vida lhe coloque para baixo, sempre dê um jeito de dar a volta por cima”, e era isso que estava tentando fazer; levaria tempo, mas nada é impossível. Seguir em frente, é daria certo isso.

ᴀɴᴊᴏs ᴅᴀ ɴᴏɪᴛᴇ | taekookOnde histórias criam vida. Descubra agora