| Chapter twenty |

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Jack Avery

Friday

Saí de lá rapidamente assim que escutei "Ponte de LA".

Só existe uma grande ponte aqui e eu sei exatamente onde fica.

Vou até lá no meu carro, dirijo pela ponte até o meio dela, onde estava Liz.

Estaciono o carro perto dela e saio do mesmo.

— LIZZIE! — Grito correndo até ela, que estava sentada na ponta, provavelmente preparada para pular.

Ela olha para mim, seu rosto estava vermelho e lágrimas escorriam.

— Jack por favor, sai daqui — Ela funga.

— Não Lizzie, quem tem que sair daqui é você. Por favor não faça isso — Me aproximo dela.

— Eu tenho que fazer isso. Eu não aguento mais sofrer, me cortar, meus tios não ligam para mim, Christina me odeia, Corbyn não me ama, você está com raiva de mim — Liz chora mais — Eu me odeio, Jack! Eu me odeio mais que tudo!

— Não diz isso Liz, eu não estou com raiva de você. Me desculpa por mais cedo, eu estava nervoso e confuso — Me sento ao seu lado.

O vento batia forte em nós, qualquer escorregão ele nos ajudaria a cair no mar que havia abaixo de nós dois e faria nós nos afogarmos e morrermos.

— Lizzie, você não merece isso, não merece nada disso. Pensa só, a sua vida pode estar ruim agora, mas depois tudo pode melhorar — seguro sua mão — você ainda tem tanta coisa pra viver, pense em um futuro bom, você com um emprego ótimo, uma casa grande, uma família linda que você vai criar...

— Eu não consigo fazer isso. Eu não consigo nem mais pensar em algum tipo de futuro onde eu esteja viva — Ela tenta enxugar as lágrimas, mas elas continuam caindo.

— Mas tenta por favor, eu te ajudo se precisar. Eu vou estar aqui ao seu lado para qualquer coisa — Começo a chorar — Mas por favor, não se mata. Não me deixa aqui sozinho. Eu preciso de você comigo.

Ela continua a chorar, nossos olhos cheios de lágrimas. Eu já não enxergava quase nada por conta delas, mas eu tentava continuar a olhar para Lizzie, eu tinha que passar confiança a ela.

— Por favor Lizzie. Não pense que o que eu te falei hoje foi verdade. Nada daquilo foi porque eu quis. Me desculpa por ter te magoado, mas eu nunca quero que você vá embora, eu nunca quero que você se mate.

— Tem certeza? Porque eu não quero magoar ninguém mais.

— Eu tenho muita certeza, Lizzie. Eu não quero que você se machuque nem nada do tipo porque eu te amo — Fungo.

— Você o que? — A de cabelos coloridos me olha surpresa.

— Eu te amo, te amo muito — Falo confiante — Todas as vezes que você falava do Corbyn, meu coração quebrava um pouco mais porque você só me considerava como um amigo e nada mais. Eu quero algo mais entre nós — Dou ênfase no "quero" — Eu quero ficar junto com você, porque eu te amo muito. Quero você ao meu lado, quero cuidar de você e te apoiar em tudo que você precisar. Eu só quero o seu bem, então por favor sai daí, não se mata. Faz isso por mim — Me levanto da ponta e estendo minha mão para ela.

Tento me equilibrar para não acabar caindo no mar por conta do vento forte.

Ela segura minha mão por um tempo, ainda chorando, mas na hora em que ela iria se soltar de mim, eu a seguro forte e tiro ela de perto da ponta.

Abraço ela forte e a mesma chora em meu ombro.

— Desculpa por ter tentado fazer isso — Ela fala com a voz abafada — Eu sou uma idiota.

𝐻𝑎𝑟𝑑 || 𝑊ℎ𝑦 𝐷𝑜𝑛'𝑡 𝑊𝑒 (𝐶𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖𝑑𝑎)Onde histórias criam vida. Descubra agora