A Warning

917 109 221
                                    


- Isso não é justo! – Adrien esbravejou.

- Também acho. Como assim não somos responsáveis o suficiente? – Alya andava de um lado para o outro, assim como o garoto loiro.

Os sete estavam sozinhos na sala do Conselho para conversarem o que precisava ser conversado, e por fim, entregarem seus Miraculous para Quon, o único mais velho – porém o mais novo do Conselho – que os acompanhava.

- Eles podem mesmo fazer isso?

- Esses caras são tão perigosos assim?

- São muito perigosos. – disse Quon.

- Acha que a gente não pode lidar com eles? Já lidamos com coisa pior.

- Você não os conhece. Essa guerra não é como as que vocês lutaram entre si em Paris. Desta vez vai ter sangue, mortes e muito mais. Quando você lida com o fanatismo de uma grande massa, lida com pessoas perdendo suas vidas por motivos por vezes irrelevantes mas que ficam anos na sua mente. O que quero dizer é que, pelo que o Mestre disse, vocês já tiveram um pequeno contato com isso, mas não o suficiente para estar na linha de frente.

- Não existe outra maneira de fazermos isso? – Marinette falou depois de muito tempo em silêncio – Não quero entregar meu Miraculous e não fazer nada.

- É, queremos pelo menos ajudar de alguma forma. – disse Chloé e Quon suspirou.

- Ser o Conselho acha perigoso que vocês entrem nessa guerra com seus Miraculous, imaginem sem eles? Sinto muito pessoal, mas já está decidido.

***

Depois da despedida melancólica com os seus kwamis, os Miraculous foram entregues ao Conselho.

- Sinceramente, nunca consegui me imaginar sem a Tikki. Agora que estou sem ela, parece que estou sem uma parte de mim. – Adrien se aproximou da namorada e sentou ao lado dela na cama em que dividiam, passando os braços ao redor do corpo dela e a trazendo para si.

- Sinto a mesma coisa em relação ao Plagg. É difícil, mas infelizmente não é uma escolha nossa.

- Isso é tão injusto! Eles não podem me separar dela! – os olhos tristes de Marinette valiam por mil palavras que a azulada pretendia dizer, mas simplesmente não tinha forças.

- Tem razão, eu entendo.

Batidas foram ouvidas na porta, interrompendo a conversa dos dois, e Adrien disse para que entrassem.

- Desculpem incomodar, mas acho que esse é um momento para ficarmos juntos. – Alya sugeriu.

- Também acho. – Marinette falou secando as lágrimas e os cinco heróis adentraram o quarto, se acomodando no tapete fofinho.

- Isso é péssimo! Me sinto derrotado! – Nino disse, deixando seus ombros caírem.

- Todos nos sentimos assim.

- Totalmente impotentes. – Alya bufou. – E sabe o que é pior? Não sabemos o que vai ser nessa guerra! Imagina se eles perderem!

- Vamos ficar sem nossos kwamis. – Chloé disse, desanimada.

- E se ganharem, não duvido de não quererem nos devolver por acharem que fazem um trabalho melhor que nós. – Marinette suspirou.

Um estrondo foi ouvido fora do palácio. Os sete heróis ficaram de pé rapidamente e logo a porta foi aberta por Quon.

- Qiji está sob ataque! Fiquem dentro dos quartos até segunda ordem. – disse e se afastou – Plagg, me transforme! – em seguida um brilho verde rodeou Quon, que foi transformado pelo kwami em Chat Noir, só que em uma versão menos moderna, parecida com as figuras do livro de Mestre Fu. – Voltarei já!

Assim que Quon saiu correndo, os adolescentes trocaram olhares entre si. Exceto Adrien, que encarava o chão com uma expressão tristonha, já que tinha visto seu kwami em posse de outra pessoa.

- É "Plagg, mostrar as garras!". – Adrien o corrigiu baixinho, por mais que já tivesse isso embora.

- Sinto muito por isso! – Marinette o abraçou.

- Tudo bem, sabíamos que isso aconteceria. – disse o loiro.

- Eles são doze, devem estar com os nossos kwamis e mais outros. – Alya considerou. E antes que mais alguém dissesse algo, outro estrondo foi ouvido. – Quem pode estar atacando Qiji? – a garota se deslocou até a janela e espiou pela fresta da cortina.

- O que você vê?

- Não muita coisa. Devem estar mais perto da floresta e dos portões.

- Seria a galera do Zi Hudie? – Nino jogou a pergunta no ar e os heróis se entreolharam novamente.

- Se é, eles quebraram o código de guerra.

- E se não honraram o código, Deus sabe do que mais eles são capazes. – Ali concluiu.

- Precisamos ajuda-los! – disse Marinette.

- Como? Você ouviu o que Quon disse ontem, se não nos querem com os Miraculous, imagine sem eles! – Lila exclamou.

- Eu sei, eu sei. Mas sinceramente, todo o nosso treinamento, todos os dias que Mestre Fu nos fez aprender golpes, foi pra momentos como esse. Foi para momentos onde precisamos lutar e não temos nossos Miraculous, como agora. – Marinette dizia com convicção – Vou entender se você acharem que não devemos nos meter nessa briga, afinal somos uma equipe e sofremos muito pra entender que devemos decidir as coisas juntos. Mas eu peço que pensem em tudo que passamos, acham que estamos aqui por nada?

- Sabe, eu acho que você tem razão! – Chloé se posicionou – Não acho que deveríamos ficar parados, somos heróis com ou sem nossos Miraculous.

- Concordo. – disse Nino. – E afinal, estamos na China. Não viemos tão longe pra nada.

Não demorou muito para que todos os sete heróis estivessem convencidos de que podiam ajudar Qiji que alguma forma. Esse era um dos motivos do qual Marinette era a líder, porque em momentos como esse, ninguém mais saberia conduzir a situação como ela.

- Qual é o plano, Ladybug? Digo, Marinette? – Alya se corrigiu.

- Bom, estamos sem nossos poderes. A melhor opção seria um ataque furtivo. Adrien e Lila, seus Miraculous forneciam habilidades para vocês nesse sentido. Liderem essa operação!

- Pode deixar com a gente! – os sete heróis saíram rapidamente do palácio e correram pelo vilarejo até onde estava acontecendo o ataque.

- Certo, temos doze guerreiros com Miraculous, mais o Mestre Fu que está usando o Wayzz. – Marinette recapitulou. – E os inimigos?

- Aproximadamente quinze homens encapuzados. – Ali disse depois de observar. – Se me permitem opinar, isso não chega perto de uma guerra.

- Talvez seja apenas um aviso. – Lila sugeriu observando também.

- Aviso ou não, temos mais inimigos do que soldados. Precisamos ajudar! – Marinette espiou – Adrien?

- Faremos o seguinte, Alya e Ali, eu preciso de vocês num ponto de observação bom. Comuniquem-se com a gente usando os sinais que Mestre Fu nos ensinou.

- Certo. – os dois responderam e correram para achar posições favoráveis.

- Marinette e Chloé, distração. Nino, Lila e eu, ataque furtivo.

- Vamos lá! – as duas garotas fizeram um toque com as mãos e saíram correndo em direção a briga entre os guerreiros. - Oi rapazes! – chamaram atenção dos encapuzados atirando pedras que haviam no chão e voltaram correndo com dois dos guerreiros que atacavam Haylin.

- O QUE ESTÃO FAZENDO? SAIAM DAÍ! – gritou a garota trajada como Ladybug, que logo foi interrompida por um ataque.


----------------------------------------

Fim da primeira parte. Assim que der postarei a segunda parte.

Espero que tenham gostado <3 xoxo

Miraculous: Civil War IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora