Pérola foi conduzida a um enorme escritório muito bem decorado, e logo viu Márcio, que levantava-se devagar por trás da escrivaninha antiga, em estilo clássico. Mais uma vez pérola notou-lhe a elevada estatura e, ao mesmo tempo, achou que tal constatação era ridícula em vista da situação que estava prestes a enfrentar ali.
— Sente-se Márcio apontou para duas poltronas que ficavam diante de uma imponente lareira, a um cantos. Gostaria de ter uma conversa com você.
Em silêncio, pérola obedeceu, mas sentou-se, de propósito, sem o menor refinamento. Também queria deixar às claras algumas coisas àquele homem, embora sua figura grande e imponente inspirasse respeito. Achou que Márcio porto fosse repreendê-la por causa do delicado tecido de seda que cobria as poltronas, mas ele apenas sorriu e começou, gentil:
— Na verdade, quero fazer-lhe uma pergunta. Acomodou-se também, diante dela, ajeitou o vinco impecável da calça e recostou-se de maneira mais confortável, antes de continuar:
— Srta. Pérola, o que acha da ideia de ser minha noiva por algum tempo?
O olhar de Márcio porto era tão firme, seu sorriso tão sincero e sua voz tão direta e clara que, por alguns segundos, pérola não soube o que pensar.
No mínimo, aquele homem deveria estar louco. Como lidar com uma situação assim? Deveria rir da brincadeira? Deveria tentar fazê-lo ver que aquilo que propunha era absurdo? Poderia sair correndo e nunca mais voltar? Afinal, o que estava acontecendo?!
— Noiva… —
conseguiu murmurar, não está se referindo a… o que se costuma fazer antes de um casamento.— Para ser franco, é exatamente a isso que me refiro, mas… sem que precisemos nos casar. Aliás, este é o ponto a que quero chegar.
Pérola meneou a cabeça, sem entender.
— Poderia explicar-se melhor, por favor? Antes, porém, resolveu pedir Teria alguma cafeteira por aqui? Acho que vou precisar de um gole de café…
Márcio sorriu.
— Louise poderá providenciar isso em alguns minutos. Quer açúcar ou adoçante?
— Açúcar, obrigada.
Márcio foi até a porta e chamou pela secretária. Ao vê-lo de costas, pérola deu asas à imaginação. Ela sentia uma vontade imensa de escapar dali, mas algo dentro de seu peito parecia avisá-la de que, caso fosse possível fazê-lo, passaria o resto de sua vida arrependendo-se, querendo ter ouvido o que havia de tão interessante na proposta que Márcio porto iria lhe fazer.
Sim, porque, com certeza, a indagação que ele lhe fizera havia pouco era, no mínimo, intrigante.
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COISAS DO UNIVERSO (ADAPTAÇÃO)
RomanceSinopse: Ele era um pai solteiro... Ela, a mulher ideal! Márcio porto não tinha problemas em gerenciar um negócio de sucesso, mas, como um bom pai solteiro com uma adorável filhinha de quinze meses de idade, realmente encontrava problemas em lidar...