cap.11

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De repente, Márcio estendeu-lhe a mão direita.

— Negócio fechado.

Pérola mal podia crer. Estava contente e aliviada, mas um pouco temerosa com a nova tarefa que a aguardava.

— Quero que comecemos de imediato, srta. pérola. Contarei a novidade a minha avó esta noite, e você poderá jantar conosco amanhã, para conhecê-la. Às sete e trinta.

Pérola, meneando a cabeça, interrompeu-o:

— Não posso, lembra-se? Trabalho no turno da noite, na produção.

Márcio ergueu as sobrancelhas.

— Achei que, com todo o dinheiro que vai receber, iria deixar o trabalho aqui na fábrica.

Ela poderia, com certeza, já que a quantia seria suficiente para pagar o que devia, bem como seus estudos atuais, além de mantê-la sem muito luxo até o fim da faculdade. Não precisaria mais enfrentar seus desagradáveis colegas, as máquinas perigosas, o ônibus tarde da noite…

Por outro lado, não possuía garantia alguma de que colocaria mesmo as mãos no dinheiro de seu patrão. Isso iria depender por completo do sucesso do plano, portanto, era melhor não abandonar a segurança de seu pagamento a cada final de mês. Com ele também conseguiria saldar as dívidas, embora muito devagar.

— Acho que continuarei trabalhando aqui mais um pouco. Márcio respirou fundo, mas não argumentou.

— Está certo. Combinamos para o almoço, então.

Pérola refletiu. O dia seguinte seria quarta-feira, véspera de Ação de Graças, e todas as aulas da tarde tinham sido canceladas.

— À uma hora? sugeriu.

— Ótimo. Eu a pegarei em casa, então. — Márcio levantou-se, como que dispensando-a.

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⏰ Última atualização: Apr 09, 2019 ⏰

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