13. Vamos para o Reino

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Voltando à oficina do Tio Roy, estava uma noite agradável, a lua brilhava de forma intensa, passava um vento bom, uma noite agradável para fugir. O Tio Roy preparou algumas bolsas com comida e garrafas com água, eles teriam de ir para dar apoio ao reino. Thaty comentava com Rumia.

_Mesmo que ele possa fazer um exército de aranhas gigantes, ele não precisaria de muito tempo para hipnotizar todas?

_Bom, para hipnotizar cada ele precisaria de muito tempo em contato com elas - Cris deveria estar fazendo isso a muito tempo.

Carl conferiu todas as bolsas e entregou uma para Rumia e Thaty.

_Obrigado por nos ajudar - Rumia dizia.

_Se sobrevivermos iremos voltar - Carl dizia coisas estranhas as vezes, mas era pra disfarçar já que ele fez o sinal para mim fugir com eles.

Thaty chegou e me encarou. Em seguida me abraçou - Obrigada, por ter me salvado aquela hora.

Creio que ela não sabia que e iria com eles, mas decidi aproveitar o momento.

_Torne-se a melhor arqueira do mundo - falei para ela.

Em seguida saíram, indo em direção à floresta, no mesmo sentido que voltamos. Eu sobi para o quarto, achei que se fosse dormir cedo, acordaria quando o Tio Roy já estivesse dormindo. Deitei na minha cama, não estava com sono, mas cansando minha mente em pensamentos aleatórios consegui dormir.

Acordei no meio da noite, o Tio Roy estava dormindo ao meu lado em sua cama, roncando como sempre, eu poderia simplesmente sair pela porta, mas a mesma se encontrava fechada, com o armário a bloqueando. Se eu o tentasse tirar faria barulho. Entretanto a janela estava aberta, era uma altura grande para eu pular. Eu cheguei próximo a ela, olhando para baixo, minha visão se desfocava. Tentei não pensar, simplesmente pulei.

Caí de mal jeito mesmo na grama, havia machucado minha perna direita, estava rolando no chão agonizando de dor, dificilmente consegui me levantar. Fui entrando na oficina para pegar minha espada, estava mancando. Olhei para as escadas, haviam barras de ferro bloqueando o caminho. Ele havia pensado em tudo, só queria ver como ele iria tirar aquilo dali.

Encontrei minha espada e fui andando para a floresta, comecei a sentir algo na perna que havia machucado, ela brilhava com a chama roxa da Mofia, sentia minha perna melhor, acho que aquela energia também servia de cura.

Fui andando, quando estava quase entrando na floresta, ouvi chamar meu nome. Havia sido descoberto, não poderia fugir agora, olhei para trás que estava atrás de mim era Andrea. Seu cabelo cobria seu rosto, mal podia ver sua expressão.

_O que realmente aconteceu a Cris?

Eu não sabia o que dizer, ela sabia que menti. Sem opções decido contar a verdade. Ela se ajoelhou e começou a chorar, cobrindo seu rosto, e se agonizando de dor.

_Ele estava agindo estranho ultimamente, eu como mãe deveria ter feito algo.

_Como assim estranho?

_Ele não falava mais comigo, vivia sempre trancado em seu quarto, isso quando estava em casa, passava a maior parte de seu tempo fora, e eu nunca soube onde.

Então Cris já havia planejado tudo aquilo, antes de me contar da Mofia. Eu tenho de saber, o que está acontecendo com ele, mas não poderia deixar sua mãe naquele estado.

_Quando eu encontra-lo, vou saber o que aconteceu e vou traze-lo de volta.

_Obrigada - ela parecia bem melhor agora - você sempre foi um menino tão bom, espero que possa ajuda-lo e voltem à salvo.

Eu acenei com a cabeça e corri para a floresta. Silenciosa e escura, mas não podia me deixar enganar porque as aranhas também eram, enquanto corria pensava, como aquelas coisas poderiam existir, imaginava que fosse culpa da Mofia, se arainha tomasse posse da energia, seus filhos nasceriam daquele jeito.

Via uma delas a frente, ela estava de costas, chamei sua atenção com um grito, ao se virar para me ver, ataquei seu pescoço, vou uma decapitação rápida, apesar de ter o meu tamanho. Ainda correndo, pensava em que tamanho máximo elas poderiam crescer. Parei um pouco, estava diante da cratera do meteorito. Não pensava em falhar.

Surgiu uma às minhas costas. Era verde, com manchas vermelhas, em suas pastas dianteiras haviam algo prata. Eram as picaretas do Tio Roy, elas estavam implantadas diretamente nas pontas de suas pastas. Eu a observava com raiva, era a mesma com que Cris estava. Corri em sua direção, começamos a trocar golpes de espada com picareta, mas sua estrutura não era adequada para lutar daquele modo, rapidamente encontrei uma abertura, e quando fui ataca-lo na cabeça, minha espada se quebrou.

Ela não aguentou o inimigo, estava sozinho agora, desarmado, com um monstro a minha frente. Achei que o único modo de poder derrota-la era pela mofia que Rumia me mostrou, ela disse que eu poderia perder o controle se a usasse. Não via escolha, mas nesse momento a aranha começou a desferir golpes conta mim, eu desviava pulando para trás. Eu só poderia ativar a Mofia se me concentra-se, mas não havia tempo, não podia ficar nem parado naquela situação. Ela vinha em minha direção a medida que eu me afastava. Bati de costas com uma árvore, estava sem escapatória. Iria ser atingido agora, fechei os olhos e pude sentir um líquido em meu rosto.

Bem devagar abri meus olhos, quem estava a minha frente era a aranha com uma espada negra enfiada em sua cabeça, quem portava essa arma era, o Tio Roy.

Ele havia me seguido, agora que me encontrara não podia fazer mais nada.

_Você não me escuta não é moleque - ele retirou a espada do crânio da aranha, e a ergueu para mim. Ele ia me matar? Mesmo que não fossemos tão ligados, eu ia ser simplesmente ser descartado assim?

Ele sorriu.

_Você é tão teimoso quanto seu pai. Assim como Arthur Roy Rider levou seu reino para fora, você também quer ir embora, eu não posso mas deixa-lo viver assim - ele agora ergueu o cabo da espada para mim - Quando chegar ao reino diga para o inútil do meu irmão que estou vivo, e mesmo sem ele como rei aqui, estamos melhores do que nunca.

Não pode deixar de soltar uma lágrima, meu pai era Arthur Roy Rider e irmão de meu tio, que estava me dando liberdade, finalmente poderia ir para o mundo a fora. Peguei a espada, sua lâmina era negra, brilhava com o brilho da noite. Abracei meu tio.

_Salve seu amigo, e volte vivo... moleque - ele disse com um tom de carinho.

_Tio Roy, eu não tenho como agradece-lo por tudo que fez por mim - estava emotivo agora - Eu juro que voltarei para revê-lo.

Guardei a espada em na capa da minha que havia quebrado. Servia perfeitamente. Segui o meu caminho, e o Tio Roy o dele. Ao chegar à caverna, lá estavam eles me esperando. Thaty, Carl, Rumia e agora eu, estávamos prontos para ir para o reino.

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