19. O Monstro da Arena

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Estávamos diante daquele brutamonte de músculos, aquele tridente me assustava, tinha um tamanho anormal, se me atingisse seria como furar com uma agulha, um novelo de lã. Podia ouvir da platéia,  Thaty gritava nossos nomes.

_Dener! Carl! Vocês conseguem!

  Não  sabia se realmente conseguiria, mas se Thaty acreditava em nós, já me sentia melhor.

_Vamos usar aquela estratégia - Carl apontou com o dedo mindinho para o homem gigante.

_Certo, a estratégia contra aranha!

  O brutamonte pegou pela cabeça, uma das pessoas que estavam desmaiadas próximas a ele, e arremessou em nossa direção.

_Se querem lutar,  parem de apontar dedos e venham aqui!

_Vamos!

  Fomos em direção ao brutamontes, mas eu fui por um lado e Carl pelo outro.

_Agora!

  Pulamos em direção a ele, eu mirava no peito, Carl na cabeça. Daquele ângulo ele não poderia desviar, se o atingisse no peito, ele poderia sentir no mínimo uma dor agonizante. O homem rapidamente girou seu tridente, e nos atingiu ao mesmo tempo, a parte das pontas atingiu à espada de Carl,  que a estava usando para diminuir o impacto. A outra parte me atingiu na barriga, fui jogado no chão, me sentia atordoado pela dor. O gigante ia me atingir com o tridente, Carl o acertou nas costas, ele se virou e fez um golpe para baixo, Carl tentou defender mas sua espada se quebrou com o golpe. Me levantei para tentar atacá-lo enquanto estava distraído, o atingi nas costas com a ponta da espada, ele aparentou não sentir. Se virou para mim novamente.

_Seu pirralho!

  Me afastei enquanto ele me seguia com o tridente. Ele repetiu o golpe vertical com o tridente,  desviei quando a arma se chocou contra o chão, Carl subiu pelas suas costas e o atingiu com um machado na cabeça, a lâmina do machado se soltou do cabo. Eu o acertei na mão, o gigante me tomou a espada e a quebrou como se fosse um galho, Carl jogou uma lança em seu ombro.

_Droga! Essas armas não servem para nada!

_Idiota! Minha pele é mais grossa que a de um humano normal!

  Peguei um martelo próximo a mim no chão, e o atingi no dedos do pé, ele resmungou, mas ainda não pareceu sentir uma dor favorável à nós. Carl subiu suas costas novamente,  mas dessa vez não o atacou,  mas saltou.

_Eu estou vendo algo que pode cortar até mesmo essa sua pele.

  Carl estendeu a mão para cima, o que caia do céu era sua foice dourada. Alguém a havia jogado para a arena, olhei para Thaty, ela também pareceu não entender. Carl pegou sua foice, se virou para o monstro, e o cortou pouco acima do peito. O gigante parecia sentir dor, agora que largou o tridente e cobriu o corte com as mãos. Carl o chutou a cabeça,  o fazendo perder equilíbrio e cair.

_Agora sim podemos brincar.

_Boa Carl!

_Se gostou disso... Então olha o que eu vou fazer!

  O gigante se levantou furioso, gritava de ódio . Carl começou a correr ao seu redor com uma velocidade impressionante,  fazendo vários cortes com a foice em seu corpo, o gigante tentava, mas não  conseguia pegá-lo. O gigante socou o chão, o fez tremer.

_Seus! Seus! Malditos! Eu matar vocês! Eu vou matar vocês! Eu vou matar vocês!

  O gigante tirou sua máscara, revelando o que realmente era. A pessoas se surpreenderam, assim como nós, não imaginávamos ver aquilo.

_Um ciclope!

  Revelando seu único olho,  começou a atirar raios pelo mesmo para todos os lados, desviamos, apesar de ele estar destruindo a arena. As pessoas começaram a sair em desespero da arena. Os raios começaram a vir rapidamente em nossa direção, não era fácil desviar. Carl bateu com sua foice em um dos raios e viu que eles podiam ser refletidos.

_Vai na frente! - eu disse.

_Tá!

  Carl foi em direção ao ciclope refletindo os lasers para os lados, eu o seguia para quando estivesse próximo pudesse atacar. Carl refletiu o raio de volta para o ciclope,  que o atingiu na barriga,  ele parou de atirar pela dor.

_Carl agora!

  Carl se ajoelhou e segurou a foice deitada acima de sua cabeça, e a usei para um pulo,  conseguindo uma atitude maior a do ciclope. Ele olhou para mim, pude ver seu olho brilhando,  iria atirar. Seu tiro foi interrompido por ser atingido por uma pedra no olho. Thaty a havia jogado, dos bancos da platéia, ela havia ficado para nos apoiar, mesmo com uma pedra ela conseguia ter a precisão que tem com o arco.

_Vai Dener! - ela gritou.

  Fechei minha mão e acumulei mofia em meu punho direito. O acertei com um soco na testa, pude sentir o vento do impacto,  isso o fez desmaiar e cair.

_Conseguimos! 

  Thaty pulou de lá e veio a nós.

_Vocês estão bem?

_Melhor agora - eu disse

_Aquele tridente é um lixo! - Carl resmungou

_Carl preocupe-se primeiro com você! - Thaty retrucou

_Mas eu estou bem.

  Thaty lhe deu um tapinha. E demos um abraço em grupo.

_Seus malditos!

  O ciclope se levantou, coberto de sangue, saindo até de seu olho, estava prestes a atirar em nós, estava muito perto para desviar. De repente ele começou a gritar, e caiu novamente. Atrás dele estava uma homem, tinha cabelo e olhos castanhos, usava uma armadura semelhantes a dos guardas, estava segurando uma espada suja de sangue.

_Obrigado por nos salvar, mas quem é você?

_Você não me conhece? Você não é daqui, é?

_Não, cheguei hoje pela primeira vez.

_Diga-me teu nome.

_Dener Rider.

_Dener Rider?

_Sim, por quê?

_Meu nome é Arthur Roy Rider.

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