Point Of View: Lauren Jauregui.
Dia 1.
A vida muda como a cor dos frutos.
Lentamente e para sempre.
A vida muda como a flor em fruto.
Velozmente.
A vida muda como a água em folhas.
O sonho em luz elétrica.
A rosa desembrulha do carbono
O pássaro, da boca.
Mas quando for tempo.
E é tempo todo tempo.
Mas não basta um século para fazer a pétala.
Que um só minuto faz ou não.
A vida muda.
A vida muda o morto em multidão. – Ferreira Gulla.
°°°
Havia chegado o momento da despedida, minhas malas estavam em cima da minha cama. Hoje era o dia que minha vida mudaria completamente, eu estava indo para universidade de Miami. Bom, ou pelo menos, era isso que minha Mãe achava.
– Lauren, você vai se atrasar. – Clara gritou no andar de baixo.
Coloquei a alça da minha mala sob o ombro, ignorando os protestos da minha mãe.
– Já estou indo. Por que a pressa? – disse assim que desci o último degrau da escada, tendo uma ampla visão da cozinha.
– Porque você vai perder o avião? – rebateu cruzando os braços em baixo dos seios.
– Não vou. – revirei os olhos.
– Mãe, para de pegar no pé da Lauren. – Taylor entrou na pequena discussão.
Clara se deu por vencida e eu terminei dando um beijo em sua bochecha.
– Sente pra tomar café. – retornou a falar.
Eu prontamente obedeci.
– Bom dia. – cumprimentei Taylor e Chris.
– Bom dia, maninha. – responderam uníssono.
O café ocorreu silenciosamente, era uma despedida sem palavras, contudo todos tinham que seguir seu próprio caminho, aquele era o meu. Uma nova etapa da minha vida começava.
– O táxi chegou. – meu irmão anunciou olhando a janela. Em seguida ouvirmos o mesmo buzinar.
Então havia chegado a hora, apanhei as malas que estavam próximas à escada, Chris me ajudou a leva-las até o carro.
– Venha nos visitar nas férias. – ele falou um pouco triste.
– Claro que eu venho. – respondi. – Não coloca essa carinha.
Ela suspirou tristemente, contudo tentou dá um sorriso. Era fraco mais ainda era um sorriso, sempre fomos muito apegados, e Chris também iria para faculdade no ano seguinte. Sendo assim dificultava mais nossos encontros. Taylor ainda cursava o ensino médio e demoraria aproximadamente três anos para seguir o caminho de Chris.
– Vou sentir sua falta. – ela sussurrou enquanto me abraçava.
Minha mãe se juntou a nós e um simples abraço se tornou um abraço coletivo, eu sentiria falta de casa, mas não poderia voltar.