Capítulo 5 - Sim, diretora.

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Point Of View: Camila Cabello.

O nome de Lauren era o ultimo no quadro negro, persistência demais era um ponto negativo dentro daquele trabalho. Saber quando desistir era necessário em todos os aspectos da vida, saber desistir também era uma ato de coragem, digno de medalhas. Quando as coisas começam a te sufocar e você percebe que não vai sobreviver mais um dia daquele jeito, mas você pensa que é um ato covarde desistir e insisti. Persiste com todas as suas forças em alguma coisa que já era pra você ter largado há muito tempo, o medo ofusca sua visão e você continua mesmo sufocando. Na maioria das vezes desistir exigia mais esforço do que persisti, percebe que andar em círculos não te levam a lugar algum, girar, girar, girar, só vai ter causar tontura e mais cedo ou mais tarde você vai vomitar tudo que juntou por tanto tempo engasgado em sua garganta, então, desistir de vez em quando era sábio.

Lauren ficaria furiosa, aquilo era obvio. Se ela viria ou não tirar satisfações comigo, não dava para prever. Naquele dia todos passariam pelo detectou de mentiras, após passarem a semana estudando as fichas uns dos outros. Acrescentamos várias informações falsas restava descobrir quais eram as verdadeiras, era um teste interessante. Daquela forma treinaríamos os agentes a omitir até mesmo com um detecto.

Eu estava na minha sala analisando a ficha de alguns quando a porta foi aberta bruscamente. Eu deveria apostar que ela viria.

Lauren estava com os punhos fechados e postura rígida, enquanto eu a olhava com curiosidade, logo em seguida vejo Dinah entrando na minha sala também.

– Então?... – quebrei o silêncio que persistia.

– A agente Jauregui veio até minha sala fazer algumas reclamações sobre sua conduta. – Dinah disse.

Mantive minha expressão fechada.

– Posso falar com você a sós, Diretora? – questionei seriamente.

Dinah assentiu e pediu gentilmente para Lauren esperar do lado de fora da sala.

– O que foi dessa vez, Dinah?

– Acho que você tá pegando pesado demais com ela, Camila. Você tem algo contra ela?

– Não! – exclamei rapidamente. – Claro que não tenho.

– Qual é o motivo disso então?

– Você viu as filmagens do treino? – indaguei.

– Não. – Dinah respondeu sentando-se na poltrona.

– Ela tava batendo em todos os agentes como se fosse a rainha do mundo, sem se importar se elas seus colegas ou não. Tudo bem, eu sei que nós estimulamos a competitividade aqui dentro. Contudo, não tinha nenhum agente capaz de parar aquela menina não naquele dia. Eu fiz o que era necessário, Dinah. Mesmo que tenha parecido uma atitude errada, eu fiz o necessário e ela não desistiu.

– Você poderia simplesmente ter encerrado o treinamento. – rebateu a diretora.

– Poderia. Mas ela se acharia superior.

– E o que você fez foi o que? Você só quis impor que era superior a ela.

– Não se trata de ego. – falei em tom alto, sentindo minha paciência se esvair.

– Não é isso que parece. – Dinah cruzou as pernas me encarando fixamente.

Assenti lentamente procurando argumentos para explicar o que eu havia feito. Pra mim não se tratava de quem era superior e sim de colocar algumas pessoas em seus devidos lugares. Me levantei indo em direção ao sofá, me deitando confortavelmente.

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